Filsofia – DA SÉRIE: AMENIDADES PARA O QUE A GENTE DIZ -AINDA SEREMOS CINQUENTA BILHÕES DE FALANTES!

phpThumb_generated_thumbnailjpgCAULOV70Oitavo ensaio da obra “21”

 

Edimilson Santos Silva Movér

 

Uma utopia: ainda seremos cinquenta bilhões de falantes?

Será realidade? Ou ficção? Talvez seja mais uma poesia com uma pitada de profecia, talvez seja! Ou, quem sabe, uma esperança teleológica humana!

Será que o existir tem um fim último, pré-estabelecido?

Às vezes desconfio que a teoria copernicana de Jonh Richard Gott esteja certa…

 

300 mil anos após o Big-Bang, o hidrogênio primordial formou as galáxias e dentro das galáxias as estrelas primordiais, estas estrelas depois se colapsaram e se transformaram em estrelas de segunda e de terceira geração, somente na geração destas novas estrelas é que se formaram os elementos da tabela periódica, elementos necessários para o surgimento da vida… Consequentemente, somos os filhos do hidrogênio primitivo!… Interessante é que no planeta Terra, como fonte de energia, só existe o hidrogênio em quantidade suficiente para garantir a energia necessária para o futuro da humanidade. Isto, pelo menos, até o fim da humanidade como espécie, que tem uma duração máxima prevista pelo princípio copernicano de 7.800.000 anos… (sete milhões e oitocentos mil anos), no fim deste ensaio, um resumo do princípio copernicano, assim, o leitor poderá fazer seu próprio cálculo! Se encontrarmos uma fonte de energia inesgotável, limpa e barata, para podermos separar o hidrogênio do oxigênio da água dos oceanos, então será viável chegarmos aos cinqüenta bilhões de Seres. Ficção? Vejamos… No mínimo, dirão: É louco! Mas, algumas propostas estimulam nossa imaginação…

 Li há pouco tempo que, segundo um estudo encomendado pela ONU feito por renomados cientistas (a ONU está sempre à frente destas pesquisas), as terras emersas do planeta, sua flora e sua fauna, isto é, a sua biosfera, têm condições ou capacidade natural de suportar confortavelmente 1,6 bilhão (um bilhão e seiscentos milhões), de Seres, sem provocar nenhum impacto ambiental, sem ocorrer, como resultante da atividade deste número de Seres, nenhum ato predatório de monta na fauna ou na flora do planeta, incluindo aqui o ambiente marinho. Somos obrigados a concordar com a proposição dos cientistas, em torno de 1900, essa era a população aproximada do planeta, e o planeta estava, pode-se dizer, “quase” intacto. Em 1900, independentemente da explosão da revolução industrial no século anterior, tudo corria às mil maravilhas quanto ao meio ambiente, principalmente quanto ao clima! Estávamos praticamente no início da grande revolução tecnológica. Depois do ano de 1900, iniciava-se a era do automóvel, a exploração do petróleo estava começando, o motor à explosão era um bebê, a frota pesqueira mundial tocada a vapor nem arranhava os grandes cardumes dos mares! Tudo ia às mil maravilhas! Será? Ah! Sarajevo, Ah! Ferdinando, que passeio infeliz, não por tua culpa, bem sei! Os maquinadores das guerras sempre arranjam desculpas, fostes somente a primeira vítima… A primeira guerra fez explodir a indústria da guerra, fez explodir a indústria naval pesada, a indústria automotiva iniciada no princípio do século, com a invenção da linha de montagem por Ford, entrou na linha ascendente de produção, requerendo mais e mais combustível oriundo do petróleo. Assim, sangraram profundamente as carnes da Terra em busca do ouro negro! Inventaram os tratores e depois as motosserras e fizeram os cabelos da Terra! A forte curva ascendente da explosão demográfica teve inicio em 1900.

      Quando toda a humanidade festejou o nascimento do século XX, a Terra chorou copiosamente pelo seu futuro… Em 24 horas uma onda de silêncio percorreu toda a superfície de Gaia… Toda a vida “não humana” do planeta fez como uma grande “ola”, de um minuto de silêncio. Em todo o mundo, as brisas balançaram com infinita tristeza as folhas das árvores, todos os pássaros emudeceram, as florestas se calaram, toda a fauna emudeceu, os fundos dos mares ficaram parados, todo Ser luminescente não piscou por um minuto em respeito às desgraças que se abateriam sobre o planeta, pelos absurdos que o homem praticaria no século nascente. Os vulcões emudeceram, os pólos transidos de frio viram o nascer do século que acabaria com os gelos dos pólos, sem nada puder fazer! Todos os pinguins mergulharam de uma só vez para não ver o século da insensatez nascer… A Antártida ficou visceralmente branca, pois, todos os pingüins estavam mergulhados no mar… Os Ursos no Ártico em pleno verão procuraram suas covas de inverno ao verem o estranho bailar da estrela polar! As estrelas no alto dos céus perderam seu rumo, o silêncio do planeta as desnorteou!  Galáxias distantes choraram pelo nosso infortúnio! Quasars distantes tremeluziram de tristeza! Nunca mais o planeta seria o mesmo… Só o homem continuava indiferente… O século que nascia anunciava o fim da espécie humana; o clangor do infinito fora ouvido por toda Gaia. James Lovelock neste ano de 2008 completou 89 anos e a humanidade insensível, deu-lhe como resposta a seus brilhantes raciocínios, um epíteto: o catastrofista.

 A nação que primeiro dominar a tecnologia do hidrogênio primeiro chegará às estrelas. Ontem a ONU inaugurou na Noruega um imenso banco de sementes! (A ONU está sempre à frente destas pesquisas), a terra é a mãe de todos, mas, a terra é a mãe natural da flora, as sementes renascerão, isto o sabemos, mas o que farão com os óvulos dos animais mamíferos, sem as mães com os seus úteros, como efetuar a reprodução? O planeta terá sua fase de ovíparos! Os ovovivíparos inexoravelmente desaparecerão junto com os mamíferos. Difícil predizer o que ocorrerá com a fauna marinha. Se os insetos forem extintos será um desastre para a reprodução da flora; basta desaparecerem as abelhas, para que se perceba o tamanho do desastre! A ausência dos pássaros semeadores será outro grande desastre. Os roedores e pequenos animais são os transportadores naturais das sementes das grandes árvores, eles são os pés das florestas, as bordas das florestas só andam com os pés destes animais. Quem ouvirá o tombar da última árvore?  Quem ouvirá o bater das asas ligeiras do último colibri? Abram os olhos! Bem abertos! E leiam! Se não conseguirem entender, tentem ver com os olhos da alma, com os olhos do entendimento. Limpem bem os ouvidos e escutem com sutil atenção! Nostradamus, ao dizer Papa Negro, dizia com todas as letras (Mandante máximo negro!). O Apocalipse se aproxima, quem tiver entendimento para entender entenda! Estamos próximos da irreversibilidade, muito próximos…

E ninguém escuta o James Lovelock, insanos que são! O número do ano é 13 e o nome da hecatombe é CAOS. Se tendes entendimento, juntai-os e afastai-vos desta junção… Esclareço-vos mais uma vez, assim, depois desta data, onde houver confusão afastai-vos dali. Eis algumas perguntas sem respostas – então é inútil fazê-las? Mas, assim mesmo, as faço: para que tanta insensatez? Para que tanta ganância? Que farão com as fortunas amealhadas com a destruição da flora e da fauna? Onde gastarão estas imensas fortunas? Ó homens insensatos! Não vedes que estais destruindo tua própria e única morada? No Setentrião uma nação que será odiada pela maioria dos povos espera pacientemente que a nau dos insensatos dê, no máximo, em torno de mais seis dúzias de voltas em torno da grande fonte produtora da vida. Daqui a setenta anos, no máximo, estarão completamente esgotadas todas as reservas dos combustíveis fósseis. Nessa altura a população do planeta estará reduzida a, talvez, nem a um bilhão de almas, talvez muito menos. E, então, a nação que controlar em larga escala a produção de hidrogênio! Controlará o mundo e se tornará, com o passar dos tempos a única nação existente no planeta. Todos falarão sua língua e todos usarão sua bandeira apensa no bolso da camisa! Todos os Seres falantes terão implantado um chip no seu corpo! Todos serão rastreados! Aquele que retirar o chip será rastreado como não “chipado” e eliminado pelos satélites de busca automática de não “chipados” e serão julgados como Prejudiciais ao Futuro do Planeta (PFP) e extintos! É a única maneira de manter a paz e garantir o futuro da humanidade! Aqui não me refiro a organismos como: BILDERBERG, UNIÃO TRILATERAL, ILUMINATIS ou ao CLUBE DE ROMA do Aurélio Peccei. Refiro-me à grande nação que surgirá no futuro! Com vagar, o planeta se recomporá lentamente, mas, se recomporá, mas, naturalmente com uma nova estrutura, social, uma nova política e com uma nova economia.

No século que passou, a grita dos ambientalistas foi de ensurdecer! Ninguém lhes deu ouvidos. No entanto,  convenhamos! Com o concurso destes mesmos ambientalistas, alcançamos o patamar da irreversibilidade, sem que a cantilena destes mesmos ambientalistas se voltasse para o problema maior, que, indiscutivelmente, é a pressão demográfica sobre a fauna e a flora do planeta. Será que estavam cegos? Ou se faziam de cegos? Todos os Seres do planeta se tornaram ambientalista, (parecia que tinha virado moda, todo mundo era ambientalista), no entanto os humanos se multiplicaram como ratos, e assim mataram o planeta (minha certeza é tamanha, que estou falando no tempo passado!). Como se eu já estivesse vivendo no futuro! Falta de aviso não foi! Alguns Seres mais argutos, logo no início do desastre enxergaram o quadro vindouro! É um quadro estarrecedor! Quem me chamou atenção, me alertou foi um cientista de uma universidade Italiana de nome Enrico Turrini, com sua obra La via del Sole, com título em português de O caminho do Sol. Eu tomei conhecimento da obra deste Italiano no ano de 1998, ela foi publicada aqui no Brasil em 1993 pela editora Vozes. Nesta obra ele nos faz ver que a energia atômica é um mito e de que o custo da expansão desenfreada da produção industrial ou de um crescimento ilimitado da atividade predadora do homem com relação ao meio ambiente nos levará ao caos, e, sobretudo nos faz ver que o crescimento da exploração da energia atômica nos levará ao caminho desastroso da via energética “DURA” e de que o calcanhar de Aquiles da energia atômica é o rejeito final desta atividade. Nenhuma nação do clube atômico (mesmo as mais ricas e com maior domínio tecnológico na área) conseguiu uma forma segura de se desfazer destes rejeitos. Mesmo se conseguíssemos resolver o problema dos rejeitos! Surgiria outro grande problema é que as reservas de minérios radioativos em todo o planeta não durariam nem 500 anos! E, depois disso, que faríamos? Teríamos que resolver a tecnologia do hidrogênio, mas o grande problema é que o hidrogênio em abundância no planeta só se encontra na forma associada ao oxigênio, está na forma de água e, para separar os átomos do hidrogênio dos átomos do oxigênio da água, é necessário utilizar energia elétrica. Um dos princípios físicos menos oneroso para efetuar a separação desses átomos é a eletrólise. A eletrólise consome energia elétrica em larga escala, e, para termos energia elétrica em larga escala limpa e barata, é necessária uma fonte de energia em larga escala limpa e barata, e a única fonte de energia em larga escala limpa e barata que possuímos é a energia solar. A nação que até o ano de 2060 tiver dominado a captação da energia do Sol em escala planetária, através de imensos painéis solares (20×20 km. ou mais disso) “geoestacionários” postos no espaço em altitude conveniente, (500 a 1000 km, ou mais), de forma que a energia captada pelas estações estacionárias iluminadas pelo Sol possa ser distribuída para as outras estações que estão no lado escuro do planeta, de maneira tal que, em qualquer instante, a totalidade das estações emita para a superfície do planeta uma mesma quantidade de energia calorífica em forma de microondas para grandes fábricas de hidrogênio ao longo de todas as costas continentais, as imensas fábricas (onde necessário for), sendo alimentadas com energia limpa e barata, produzirão o hidrogênio que será aí mesmo comprimido e injetado em “hidrogenodutos”, sendo distribuído para todo o interior dos continentes para onde e para o que necessário for: fábricas, siderúrgicas, sistemas de transporte urbano, caminhões, ônibus, automóveis, motos, usinas geradoras de energia elétrica, tratores, aviões, foguetes, helicópteros, navios, Lanchas, trens de ferro etc. E isto num processo contínuo… Serão desativadas todas as outras formas de geração de energia, atômica, hidrelétrica, eólica, geotérmica, “maremotriz” etc. Serão desativadas principalmente as hidrelétricas, seus reservatórios serão utilizados como fontes de água para o consumo humano.  Com a energia limpa e barata do hidrogênio, esta água poderá ser bombeada para grandes distâncias. Poderemos resolver o difícil problema da produção de alimentos para cinqüenta bilhões de falantes. Ao longo de todas as costas dos continentes será reservada uma faixa com 200 Km de largura. (Não será econômico nem lógico bombear água para irrigação para longas distâncias continentes adentro) esta faixa será para produção agrícola e pecuária. Uma infinidade de estações de dessalinização com suas respectivas estações de bombeamento, postadas ao longo das costas de todos os continentes fornecerão de forma contínua, toda a água necessária as atividades, agrícolas e pastoris. Estes anéis de produção abrigarão toda a agricultura, e a pecuária será confinada em imensas estufas! Lembrem-se das areias dos desertos, que é sílica pura, estas estufas serão feitas com vidro e nada mais. Não haverá mais pecuária extensiva. Os gases resultantes dessa intensa atividade pecuária serão tratados convenientemente. As áreas dos centros dos continentes serão reservadas para uma completa reposição das vegetações típicas de cada região. Dentro de 150 ou 200 anos a flora e a fauna serão quase que completamente restauradas, e teremos um novo planeta, e uma nova humanidade surgirá, fruto de um rígido controle demográfico. Esta é a única maneira do planeta e da humanidade sobreviverem… É o único caminho!  Este é o caminho do Sol (Do Enrico Turrini e do Movér)…

Nestas condições, o planeta suportará por mais 7.800.000 (sete milhões e oitocentos mil anos, uma população de até 50.000.000.000 (cinqüenta bilhões de falantes). Isto, se a teoria copernicana de John Richard Gott estiver certa.

No entanto, se a teoria copernicana estiver errada, a humanidade poderá habitar o planeta por mais 5.000.000.000 (cinco bilhões) de anos, (existen estudos feitos por alguns cientistas, e seus resultados nos dizem que resta ao Sol somente 1,6 bilhão de anos de vida), decorrido este tempo, o Sol esgotará seu hidrogênio, e se expandirá tornando-se uma gigante vermelha, nesta fase o Sol engolirá a Terra, seu tamanho ultrapassará a órbita de Marte. Na fase seguinte o Sol, colapsará e se tornará uma anã branca passando a ter 18 quilômetros de diâmetro,

 

Abaixo, o prometido princípio copernicano do John Richard Gott, podemos observar que este princípio nada, mas é que um princípio antrópico, embora não seja o mesmo princípio antrópico de Dicke ou do Hawking, um princípio antrópico é um princípio relativo ou pertencente ao homem ou ao seu período de existência na Terra, o princípio antrópico data de 1961 e segue uma linha de raciocínio do professor de Princeton “Robert Dicke” e pode ser definido pela seguinte afirmativa: vemos o universo da forma que o vemos porque existimos num universo da forma que ele o é, ou, conforme Hawking, vemos o universo da maneira que o vemos porque, se fosse diferente, não estaríamos aqui para vê-lo.   Há ainda o princípio antrópicos forte e o princípio antrópico fraco, formulados pelo físico britânico Brandon Carter, em 1974.

 

Agora eis o enunciado do princípio copernicano do Gott.

 

Princípio CopernicanoNicolau Copérnico demonstrou de forma contundente que não ocupamos uma posição especial no espaço; depois das descobertas modernas, de que habitamos um planeta comum, um sistema solar comum, uma galáxia comum, um aglomerado de galáxias comuns: tomamos conhecimento mais uma vez, de que de maneira nenhuma somos o centro do universo. O Dr. J. Richard Gott, professor de ciências astrofísicas na Universidade de Princeton, Nova Jersey,  com base neste  fato, criou o argumento copernicano, obedecendo aos seguintes argumentos ou princípios:

PRIMEIRO ARGUMENTO de 50 %.  Se você observa algo em um momento aleatório, há uma chance de 50 % de você o capturar nos dois quartos centrais de seu período de observabilidade, no quarto final o futuro é três vezes mais longo que o passado, ao passo que no primeiro quarto, o futuro tem um terço da duração do passado. Existe uma chance de 50 % de você estar confinado entre esses dois extremos e de a duração do futuro ser de um terço a três vezes o passado.

SEGUNDO ARGUMENTO de 95 %. Se você observa algo em um momento aleatório, há uma chance de 95 % de você o capturar nos 95 % centrais do seu período de observabilidade, nos 2,5 % do início do seu período de observabilidade, o futuro é 39 vezes mais longo que o passado,  ao passo que nos 2,5 % do final do seu período de observabilidade o futuro tem 1/39 da duração do passado. Existe uma chance de 95 % de você estar situado entre esses dois extremos e de a duração do futuro ser de 1/39 a 39 vezes o passado. O professor J. Richard Gott considerou o Homo sapiens sapiens, como existente desde 200.000 (duzentos mil anos).

O professor de astrofísica J. Richard Gott é considerado como uma das mais brilhantes mentes da atualidade.

 

Qualquer pessoa de raciocínio mediano conseguirá absorver os conceitos deste princípio, e assim, fazer seus próprios cálculos. Portanto mãos à obra…

 

A linguagem cabalista, torna-se necessária, pois, ela acura e estimula o entendimento das “singularidades” que aos falantes, são à primeira vista “coisas” obscuras…

 

Vitória da Conquista, Ba. – 03 de março de 2008

Revisado e atualizado em novembro de 2010

Edimilson Santos Silva – Movér