Um dos investigados na Operação Faroeste, que apura denúncias contra um esquema de grilagem de terras no Oeste por meio de venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia, o advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira fechou um acordo de delação premiada, homologado pelo ministro Og Fernandes no último dia 30 de março.
Ele apresentou provas que foram divididas em 25 anexos, delatando diversas autoridades dos mais variados órgãos, dos quais magistrados com foro privilegiado na Bahia. Em troca do acordo, ele ainda devolveu, em dinheiro, R$ 2.257.473,61 aos cofres públicos e mais quatro veículos, diz cópia da delação obtida com exclusividade por este Política Livre.
São três automóveis – um Cerato, um Corolla e uma BMW 535i – e uma moto Harley Davidson. Todos os recursos, conforme o ministro, serão destinados a ações para o combate à Covid 19. Também foi ajustada uma pena de 16 anos de prisão, de forma progressiva, dos quais seis meses de reclusão em regime fechado no Distrito Federal.
Em seguida, o advogado cumprirá mais dois anos e seis meses no regime semi-aberto e cinco anos de reclusão no regime aberto, em sua residência. Júlio César é o primeiro investigado na Operação a firmar o acordo, o que é esperado também que aconteça com os magistrados presos.
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