A mineração baiana continua se destacando no cenário nacional. Na contramão da queda do faturamento brasileiro, a Bahia registrou um crescimento de 8%, em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM). No primeiro trimestre de 2022 o faturamento foi de R$ 2,2 bilhões, contra R$ 2,1 computados em 2021. Já o faturamento nacional teve uma queda de 20%. O estado, que ocupa a terceira posição na lista de maiores arrecadadores de CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) do país, vem se destacado, este ano, principalmente na produção de cobre, ouro, níquel e ferro que juntos representam mais de 70% de todo o valor arrecadado (até o fechamento desta matéria). Dos mais de R$ 54 milhões arrecadados de CFEM, mais de R$ 19 milhões vieram do cobre, R$ 10 milhões do ouro, R$ 5 milhões do níquel e mais R$ 3 milhões do ferro. O cenário é diferente do que aconteceu com a mineração brasileira de forma geral. Na comparação entre o 1º trimestre de 2022 e o de 2021, estima-se que a produção em toneladas caiu 13% e o faturamento baixou 20%, de acordo com dados divulgados pelo IBRAM. Para a instituição, alguns fatores contribuíram para estes resultados, a exemplo das medidas de isolamento decretadas pela China, em reação à pandemia de Covid-19, a queda na produção de minério de ferro, dentre outros. “Quando a China promove alguma mudança na condução de suas políticas, a indústria mineral brasileira fica à mercê. Precisamos refletir se esta dependência não está em níveis excessivos”, avaliou Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, na apresentação dos dados setoriais.
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