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Depois de contratações de impacto, diretoria investe agora em jogadores menos conhecidos e com salários bem menores.
A saída de Roberto Carlos e a aposentadoria de Ronaldo colocam um ponto final no ciclo de contratações de impacto no Corinthians. Apesar de seguir à caça de um zagueiro e um volante renomados, o Timão não deve insistir tão cedo na vinda de galácticos e volta a esbarrar nas dificuldades para atrair estrelas para o mercado brasileiro.
A chegada de Ronaldo, em outubro de 2008, através de um ambicioso plano de marketing, aumentou as receitas, deu maior visibilidade, mas não reduziu a dívida do Corinthians, hoje ainda na casa dos R$ 100 milhões. O presidente Andrés Sanches reconhece que gastou muito e, por isso, quer fechar a torneira para encerrar seu mandato, em dezembro de 2011, sem novas contas elevadas.
As contratações para este ano já exemplificam o novo comportamento dos dirigentes. O Timão buscou atletas que se destacaram por clubes menores e que não custaram tão caro, como o zagueiro Wallace, ex-Vitória, o atacante Willian, ex-Figueirense, e o peruano Luiz Ramírez. O único trazido de outro grande clube é o lateral-esquerdo Fábio Santos, porém, vindo em fim de contrato com o Grêmio.
A ordem de Sanches é economizar. Os salários no padrão europeu, como o Corinthians chegou a pagar durante a Libertadores 2009, acabaram. Somente para a montagem daquele time, o Alvinegro desembolsou mais de R$ 36 milhões. O resultado, contudo, foi péssimo. A equipe acabou eliminada logo nas oitavas de final, e a diretoria ficou com a conta. Tcheco, Iarley e outros deram adeus. Restou apenas Danilo, ainda bastante contestado.
A estratégia usada para contratar Ronaldo, repartindo com ele parte dos patrocínios adquiridos, dificilmente voltará a ser usada. O Timão tem dificuldades para encontrar no mercado jogadores com o perfil de atrair investidores. Adriano, que chegou a ser procurado, não se encaixa por conta dos inúmeros atos de indisciplina e da vida repleta de polêmica fora dos gramados. Já Luis Fabiano, outro sonho da direção, não tem o mesmo apelo publicitário.
A dificuldade aumenta também para convencer jogadores renomados a voltar ao país. Imperador e Fabuloso falavam diretamente por Ronaldo e Roberto Carlos, com quem atuaram na Seleção Brasileira. A amizade e a história da dupla tiveram poder para convencê-los. Faltou “apenas” a
liberação do Roma-ITA e do Sevilla-ESP, respectivamente.
A diretoria do Corinthians continua procurando reforços. O gerente de futebol, William Machado, reconhece que o clube tenta trazer um zagueiro e um volante experientes internacionalmente. Cris, do Lyon-FRA, e Cristian, do Fenerbahce-TUR, são os preferidos, mas também esbarram no aval de seus clubes. A Fiel, portanto, não deve esperar por um novo Ronaldo tão cedo com a camisa alvinegra.
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