Recentemente, foram notificados na região oeste do estado, acidentes com animais silvestres infectados com o vírus da raiva. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebeu o comunicado de risco do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado da Bahia (Cievs) e alerta a população para riscos da doença.
Em Vitória da Conquista não há registros de casos de raiva humana ou animal nos últimos anos, mas com o intuito de evitar a ocorrência de casos da doença, o Serviço de Controle de Zoonoses orienta à população que:
Em caso de acidente causado por algum animal, procurar o serviço de saúde;
Procure o atendimento antirrábico humano o mais rápido possível, para aplicação do medicamento pós-exposição;
Caso o animal doméstico (cão e gato) agrida alguém, manter em observação afastado de outros animais e de humanos;
Notifique a VIEP/Zoonoses (Morte ou adoecimento de cães e gatos com sintomatologia neurológica) imediatamente;
Manter a carteira de vacinação dos animais domésticos em dias, levando-os para serem vacinados contra a raiva anualmente;
Evitar tocar em animais estranhos, feridos ou doentes;
Evitar entrar em grutas ou furnas e tocar em qualquer tipo de morcego (vivo ou morto);
Não criar qualquer tipo de animais silvestres ou tirá-los de seu “habitat” natural;
Não caçar animais silvestres e evitar o contato com animal potencialmente transmissor da raiva.
Sobre a Raiva
De acordo com o coordenador do Serviço de Controle de Zoonoses, Luís Cláudio Moura, a raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, que acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda, com letalidade de aproximadamente 100%. “É transmitida ao homem ou outros animais, pela saliva de animais infectados, principalmente pela mordida, podendo ser transmitida também pela arranhaduras ou lambedura desses animais”, complementou Luís.
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de dois a cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e persiste durante toda a evolução da doença (período de transmissibilidade). A morte do animal acontece, em média, entre o quinto e sétimo dia após a apresentação dos sintomas. Não se sabe ao certo qual o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres. Entretanto, sabe-se que os quirópteros (morcegos) podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente.
Para mais informações e esclarecimento de dúvidas, entre em contato com a Viep/Zoonoses pelo e-mail [email protected], ou telefone (77) 3429-7403/ 7405.
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