O Brasil vive um novo ciclo do ouro. Ao menos dez novos projetos de mineração do metal precioso devem iniciar produção legal entre este ano e 2027, com investimentos de R$ 7,6 bilhões em nove estados. Novos empreendimentos surgem, puxados pela valorização de 54% da cotação internacional do ouro nos últimos três anos.
A Bahia é o segundo estado na produção de ouro e Jacobina é o 3º maior município produtor do país e novos projetos estão surgindo no Estado.
Um exemplo é uma nova área de produção de ouro na Bahia que está sendo ofertada à iniciativa privada pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) nos municípios de Brumado e Aracatu.
Por outro lado, a canadense Pan American Silver, dona de um complexo de sete minas de ouro subterrâneas na cidade baiana de Jacobina, está investindo entre US$ 20 milhões e US$ 30 milhões para aumentar a produção, que foi de 195 mil onças de ouro em 2022. Uma nova fase pode alcançar 350 mil onças anuais em 2027.
A Bahia também abriga as minas Fazenda Brasileiro e Santa Luz, nos municípios de Barrocas e Santaluz, ambas da Equinox Gold, autodeclarada maior produtora de ouro das Américas, que também atua em Minas e no Maranhão.
— A mina de Jacobina é explorada desde os tempos do Império, mas a tradição das grandes minas é evoluir. Aumentam a produção com novas tecnologias — diz Manoel Barretto, diretor técnico da (CBPM), que faz o mapeamento e as licitações de áreas de mineração, que rendem royalties de 2% a 6%.
A alta do ouro tem a ver com a China, que desde o fim de 2022, vem comprando ouro num ritmo nunca visto para engordar suas reservas internacionais e ter uma alternativa ao dólar dos EUA. As tensões entre os dois países somadas às guerras na Ucrânia e no Oriente Médio, mudanças climáticas e o temor de novas pandemias contribuem para a maior demanda global de países, bancos e investidores pelo metal precioso (Veja aqui). Com informações de O Globo.
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