Condições expunham os trabalhadores a jornadas exaustivas e descansos inadequados, configurando graves violações trabalhistas
Foto: Arquivo pessoal
Cerca de 163 trabalhadores chineses foram resgatados de condições análogas à escravidão em alojamentos de uma empresa terceirizada responsável por serviços na construção da fábrica da BYD, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A fiscalização encontrou ambientes insalubres, como camas sem colchões, banheiros insuficientes e em estado precário, além da falta de armários e alimentos armazenados junto a itens pessoais.
As condições expunham os trabalhadores a jornadas exaustivas e descansos inadequados, configurando graves violações trabalhistas. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), também foram constatados indícios de trabalho forçado, como retenção de passaportes e salários, além de dificuldades para rescisão contratual.
Os trabalhadores tinham 60% dos pagamentos retidos e recebiam apenas 40% em moeda chinesa. As áreas de alimentação eram improvisadas e insalubres, e acidentes foram relatados devido às condições de trabalho e à privação de sono. Os alojamentos e a obra foram interditados até regularização completa. Parte dos trabalhadores está hospedada em um hotel e outra permanece em alojamentos provisórios. As empresas envolvidas deverão apresentar providências em audiência marcada para esta quinta-feira (26).
A força-tarefa, composta por diversos órgãos, como MPT, Ministério do Trabalho e Polícia Federal, continua investigando o caso. Novas fiscalizações e análises documentais ainda podem ocorrer para assegurar que os direitos dos trabalhadores sejam devidamente restabelecidos Conteúdo Metro1 no
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