Em discurso proferido na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, ao receber o título de Doutor Honoris Causa em 4/3/1982. Dom Helder disse:
… A falta de respeito e de atenção para com o povo funciona até quando se trata de assuntos ligados diretamente à nossa gente. Ora, não só o povo não teve explicação clara, objetiva sobre o montante real dos desvios ocorridos e sobre o que aconteceu aos responsáveis, mas o País assiste aos mais estranhos pagamentos de um prejuízo sofrido: são as vítimas que estão pagando, notando-se que nem os aposentos escaparam à estranha medida que oxalá, não se torne roteiro para casos semelhantes… (Dom Helder).
Por que orçamento secreto? Qual o motivo dessa medida? Secreto mesmo só o voto do eleitor. A origem do dinheiro público vem do povo, portanto a ele se deve explicações quanto ao seu destino e qual o benefício para as comunidades favorecidas.
O deputado estadual e o federal, têm esse compromisso, de beneficiar a localidade do seu reduto eleitoral, ele é eleito para representar e trabalhar a favor das comunidades que politicamente as representam – seu reduto eleitoral.
A construção das grandes obras faraônicas é um prato cheio para os desvios de verbas. Aí a corrupção impera.
Nestas obras, com o deslocamento da população e promessas de indenização, que muitas vezes o pagamento é irrisório, não condiz com a realidade. Além das consequências ambientais. O povo precisa ser ouvido e dar a sua opinião e decidir sobre a execução da obra, pois eles têm a capacidade de discernir sobre o risco para a população local, que pode advir desse empreendimento. Um exemplo disso foi a construção da usina nuclear, que está inacabada, e o povo não foi consultado sobre a localização desta obra de consequências imprevisíveis.
Diz a Constituição: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos”, portanto, devem prestar conta aos seus eleitores dos seus atos visando a melhoria social, o progresso e desenvolvimento da cidade beneficiada.
Os políticos, por determinação constitucional, devem observar e obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Quem não obedecer a esses princípios éticos, certamente será repudiado, não obterá êxito para a reeleição, por motivos óbvios.
Cabe ao povo agir, avaliar o candidato, vasculhar seu passado e escutar com interesse as suas promessas de trabalhar para o povo, desde que tenha aprovação do eleitor. Da escolha consciente do candidato probo, depende o futuro do País e o dele próprio. O voto dado por interesse pessoal, tem graves consequências. O candidato corrupto, comprou e pagou, não tem compromisso. Quem compra voto é criminoso, não representa os interesses da comunidade, propugna pela vantagem pecuniária do toma lá, dá cá, em proveito próprio.
“É o povo de modo geral o verdadeiro portador do futuro”, que sejam responsáveis pela sua decisão e escolha correta, dela depende o futuro da população.
DIGA NÃO A CORRUPÇÃO!
Que assim seja.
Antonio Novais Torres
Brumado, em 26/12/2025.








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