A advogada e ex-Procuradora-Geral do Município de Vit. da Conquista, Nadjara Régis, em entrevista recente afirma que, “Numa administração moderna, nós temos que valorizar e ganhar o servidor para ele não ser servidor apenas da porta da Prefeitura para dentro, ele tem que olhar para a demanda do cidadão como cidadão, não como defensor do que vai na cabeça de um chefe do executivo… E diz ainda que: “o servidor precisa estar embebido dos valores de defesa da vida, da saúde, de dar uma decisão fundamentada a cada pessoa, para que o cidadão não saia do órgão com um não no vazio, sem poder sequer recorrer à justiça porque não está fundamentada a decisão”. Enfatiza a ex-Procuradora – Geral do Município. A observação, embora, não exporta de forma direta, recai sobre a forma de gestão que ocorre em conquista, que o governo usa de algumas ferramentas- a exemplo – governo participativo – mas que no dia-a-dia, não é o que ocorre junto as instancias governamentais, os setores da gestão quando procurado para que equacione ou resolva alguma questão do Munícipe, não se empenham e muitas dificuldades são apontadas para equacionar ou resolver a demanda do cidadão. A prefeitura de Vitória da Conquista, ainda na gestão de Zé Raimundo, construiu um equipamento publico na lagoa das bateias – ampliação de uma lagoa de decantação e uma rotatória que margeia a lagoa e para isso utilizou parte de um loteamento – o cidade Serrinha – utilizando mais de 40 lotes e só indenizou parte destes, e o restante, que são mais de 20. Os proprietários dos terrenos vivenciam uma via cruz, semana a semana, cobrando do atual gestor que faça a indenização do seu bem, sem o sucesso devido. As justificativas são inúmeras cada uma diferente da outra – mas ate então, o prefeito de Vitória da Conquista Guilherme Menezes não se pronunciou sobre o assunto deixando apenas para que os seus assessores se pronuncie acerca do mesmo.
Quanto a candidatura – Régis está disposta a correr trecho para apresentar suas ideias ao eleitorado
Em entrevista ao nosso blog, ela falou sobre alguns temas que pretende discutir durante a campanha eleitoral, principalmente a necessidade de o Brasil modernizar a administração pública que, segundo ela, precisa ser mais horizontal e estar mais próxima da sociedade. “Numa administração moderna, nós temos que valorizar e ganhar o servidor para ele não ser servidor apenas da porta da Prefeitura para dentro, e da porta para fora ser cidadão. Ele tem que ser cidadão entrando na Prefeitura, ele tem que olhar para a demanda do cidadão como cidadão, não como defensor do que vai na cabeça de um chefe do executivo, seja governador, seja prefeito, seja presidente da República, mas sobretudo nas administrações municipais”. Nesse modelo de administração, afirma Nadjara Régis, o servidor precisa estar “embebido dos valores de defesa da vida, da saúde, de dar uma decisão fundamentada a cada pessoa, para que o cidadão não saia do órgão com um não no vazio, sem poder sequer recorrer à justiça porque não está fundamentada a decisão”. Segundo Nadjara, é perceptível o fato de cada vez mais aumentar a distância entre Estado e sociedade. “Essa distância está fazendo as pessoas irem às ruas, mesmo com tantas políticas implementadas. Porque os valores foram perdidos. Nós temos que ter um projeto que resgate nossas utopias, e a utopia é pensar para frente, porque quando a gente perde a esperança a gente envelhece, e o envelhecimento não tem a ver com a idade, tem a ver com a perda de utopia. E também infelizmente, hoje a definição que boa parte das pessoas têm é de não participar de partidos políticos, o que é muito ruim para o exercício e aprimoramento da cidadania”. A advogada defende, ainda, uma nova forma de relação dos movimentos sociais com os governos. “Passamos por um processo, num governo de esquerda, de colonização dos movimentos sociais. Temos excelentes lideranças comunitárias, mas há um processo de colonização pelos governos e os movimentos sociais estão perdendo autonomia em suas decisões. Sabe porquê? Porque democracia não é retórica. Democracia é método. Não adianta entregar uma obra, um asfalto, eu tenho que criar um método democrático para que aquilo gere na consciência das pessoas um valor, porque uma nação é formada de valores, não de bens materiais que chegam às portas delas. Não é à tôa que, às vezes, mesmo uma cidade repleta de obras, tem uma população insatisfeita”. A advogada ainda acrescenta: “E também infelizmente, hoje a definição que boa parte das pessoas têm é de não participar de partidos políticos. Passamos por um processo, num governo de esquerda, de colonização dos movimentos sociais. Temos excelentes lideranças comunitárias, mas há um processo de colonização pelos governos e os movimentos sociais estão perdendo autonomia em suas decisões. Sabe porquê? Porque democracia não é retórica. Democracia é método. Não adianta entregar uma obra, um asfalto, eu tenho que criar um método democrático para que aquilo gere na consciência das pessoas um valor, porque uma nação é formada de valores, não de bens materiais que chegam às portas delas. Não é à tôa que, às vezes, mesmo uma cidade repleta de obras tem uma população insatisfeita. Por que será? O nosso projeto de esquerda sempre foi de transformação da mentalidade das pessoas, para que as pessoas se sintam pertencidas ao mundo em que vivem, não alienadas. Para mim, esse é o ponto crucial na relação entre democracia e sociedade. mais governo, mais sociedade; a do povo brasileiro. A ideologia está na cabeça e na atitude de cada um de nós”. A candidata ainda comenta sobre a ‘onda’ de partidos que existem no país atualmente. “Hoje, com o troca-troca de partidos, que vai nesse sentido da tal governabilidade, com um governo integrado por vinte partidos de diferentes matizes ideológicas, quem consegue identificar o que é direita e esquerda? Ser esquerda ou direita é apenas o fato de estar em um partido ou a gente sabe que podemos ter pessoas dentro de partidos sem necessariamente terem qualquer afinidade com a ideologia de sua própria agremiação? E nesse processo de mudança cultural, precisamos resgatar para dentro do partido uma coisa essencial, que é a confiança. Precisamos ter confiança em cada pessoa que aperta nossa mão dentro do partido. Temos uma pauta que está sendo muito pouco encarada, que é a pauta da segurança pública. Nós temos um contingenciamento de cerca de 50% ou mais no Orçamento de Segurança Pública nacional, assim como também há todo ano 50% de orçamento para a cultura, dos quais outros 50% também são contingenciados. Então, nós temos como apresentar alternativa com o projeto de governo nacional. A gente quer que a segurança pública não seja pauta de emergência, que seja uma pauta compreendida por cada cidadão. Não seja uma pauta sanguinária, uma pauta de pessoas que pedem a redução da maioridade penal, ou que pede a ampliação da pena de condenação como se isso resolvesse nosso problema, nós cujo sistema penitenciário está falido. Temos que trabalhar com prevenção. E essa pauta de segurança será assumida por nós porque temos um candidato a presidente que reduziu significativamente os índices de violência num dos estados que era considerado um dos mais violentos do Brasil, Pernambuco; nós estamos numa cidade onde se morrem adolescentes todos os dias. Então, é preciso dar qualificação à polícia, melhorar as condições materiais das pessoas que cuidam de nossa segurança, isso é fundamental, discutir o plano de carreiras dessa importante categoria; mas também é preciso discutir como será a intervenção em cultura e em esporte para reduzir drasticamente a presença de crianças e adolescentes no mundo do crime, que vem com a expansão das drogas, por exemplo. Temos que tem uma política municipal voltada à cultura e ao esporte, que seja preventiva à violência. A ONU já demonstrou o quanto políticas nessas áreas reduzem o envolvimento ” parte da entrevista para o blog Rodrigo ferraz
Deixe seu comentário