O Blog da Oposição, na sua querida “Parabólica”, ponta de lança da oposição na estratégia da guerra contra o prefeito Guilherme Menezes, publicou nota criticando a criação de duas secretarias por parte do atual e próximo gestor municipal, dizendo que está promovendo o inchaço da máquina em consequência de “negociata” com outros partidos que apoiaram o PT nas últimas eleições, inclusive comparando a estrutura pública da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista com a de Salvador. No entanto, se esquece o nobre editor desta coluna de que, na época da campanha para as eleições municipais deste ano, a mesma querida Resenha espalhava para os quatro cantos do mundo que Vitória da Conquista deveria se espelhar em cidades como Uberlândia e Montes Claros, ambas de Minas Gerais.
Pois bem, vamos lá. A começar, então, pela composição de suas secretarias. Uberlândia, em consulta ao site da Prefeitura de lá, constatei que a principal cidade do sul de Minas Gerais tem 19 secretarias. São elas: Administração; Agropecuária e Abastecimento; Antidrogas e Defesa Social; Comunicação Social; Cultura; Desenvolvimento Econômico e Turismo; Desenvolvimento Social e Trabalho; Educação; Finanças; Gestão Estratégica; Governo; Habitação; Meio Ambiente; Obras; Planejamento Urbano; Procuradoria Geral do Município; Saúde; Serviços Urbanos e Trânsito e Transportes. Montes Claros, o principal centro regional do norte mineiro, por sua vez, tem 18: Administração; Agropecuária; Comunicação; Cultura; Desenvolvimento Econômico; Educação; Fazenda; Política e Ação Comunitária; Juventude, Esporte e Lazer; Obras; Serviços Urbanos; Meio Ambiente; Planejamento; Desenvolvimento Social; Defesa Social; Procuradoria; Controladoria e Saúde.
Na época, a oposição estava certa, pois Vitória da Conquista tem, realmente, um perfil de cidade parecido ao de Montes Claros e uma projeção de crescimento semelhante à de Uberlândia. Agora erra, ao querer diminuir a importância que deve dar aos diversos setores da administração pública, quando aponta para a diminuição da máquina, querendo comparar Conquista com Salvador, que tem uma realidade completamente diferente da nossa. Uberlândia e Montes Claros, ao contrário, tem uma realidade próxima à nossa. Mas, vou um pouco mais próximo e aponto outra cidade que é, inclusive, a menina dos olhos do DEM no interior da Bahia (partido coligado ao Blog da Oposição). Trata-se de Feira de Santana, outra cidade de perfil próximo ao nosso. Lá, são 21 secretarias. Senão, vejamos: Gabinete do Prefeito; Secretaria de Governo; Administração; Fazenda; Comunicação Social; Educação; Cultura, Esporte e Lazer; Trabalho Turismo e Econômico; Desenvolvimento Social; Desenvolvimento Urbano; Prevenção e Violência; Planejamento; Serviços Públicos; Saúde; Agricultura e Recursos Hídricos; Transportes e Trânsito; Habitação; Meio Ambiente; FHFS; Procuradoria Geral do Município e ARSEPUC.
Isso sem falar que o candidato da oposição resenhista, em seu programa de governo na campanha próxima passada, apontava para a criação de subprefeituras em nossa cidade. Esta, sim, seria uma medida de inchaço à máquina, pois Conquista ainda não comporta uma estrutura administrativa para tal. Somente grandes capitais, a exemplo de São Paulo, podem dispor de subprefeituras, pois lá na capital dos bandeirantes tudo é muito distante do centro administrativo. Então, facilita a descentralização nos bairros longínquos, pois, os mais equidistantes da Prefeitura situam-se, em termos comparativos, entre Conquista e Barra do Choça.
Este específico enredo prova as dificuldades de ser oposição sem responsabilidade. É preciso recorrer a dilações que funcionam como a bola de ferro atada aos pés do convicto e padecer como o representante de um partido pronto a acusar a todo o momento. Resta o fato: a mídia resenhista não tem limites para “bater”. De todo modo, os senhores, de um jeito ou de outro, caem na mesma esparrela de sempre: falam e escrevem sem refletir. Os editores do blog e seus patrões agarram-se, quase sempre, em fio desencapado, e não percebem que a tentativa de demonizar Menezes consegue é endeusá-lo.
E sempre há quem apareça para nos definir como “chapa-branca”, mas não tem como deixar de criticar este tipo de oposição obsessiva, mesmo porque o solerte editor reseniano constantemente está sendo infeliz em suas colocações impensadas para fazer somente a crítica pela crítica.
Luis Fernandes é jornalista fonte blog do Fabio Sena
Luis Fernandes é jornalista
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