“Ora, claro que ninguém em bom juízo vai defender cortes em áreas sociais sensíveis como educação, saúde e saneamento básico, por exemplo. Ocorre que não há política social alguma num país com grave crise financeira.”
A PEC 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, é um mal necessário.
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A PEC 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos, é um mal necessário.
Não se trata de um “golpe” conservador como muitos apregoam, pois mesmo se a presidente Dilma tivesse pulado a fogueira do impeachment, a petista teria que enfrentar de frente esta questão.
O principal comandante da PEC 241 é o ministro Henrique Meirelles, o mesminho que Lula sempre defendeu para conduzir a economia na gestão petista, mas que Dilma nunca lhe dera ouvidos – era possível passasse a dar caso ela não tivesse perdido o mandato.
Ora, claro que ninguém em bom juízo vai defender cortes em áreas sociais sensíveis como educação, saúde e saneamento básico, por exemplo. Ocorre que não há política social alguma num país com grave crise financeira.
O Brasil precisa crescer, gerar empregos, renda e ter uma política fiscal mais eficiente, onde os tributos possam efetivamente cumprir com seu objetivo maior que é viabilizar serviços públicos de qualidade.
É evidente também que não será apenas essa PEC 241 que trará bonança econômica para o país. Ao lado dela, devem seguir outras medidas duras como as reformas previdenciária, tributária e uma mudança profunda no nosso falido Pacto Federativo.
Ocorre, que a política nacional ficou muito radicalizada a ponto das principais lideranças políticas, tanto do governo quanto da oposição, perderem o grau de razoabilidade.
Antes, quando estava na oposição, era o trio PSDB/PMDB/DEM o acusado de apostar no “quanto pior, melhor”. Agora mudou, quem vê conspiração contra o Brasil é outro trio: PT/PCdoB/PSOL.
O que nos leva a crer que tão quanto importante as reformas previdenciária, tributária e um novo Pacto Federativo é uma reforma política, partidária e eleitoral.
Enfim, a PEC 241 é amarga, mas não tem um jeito menos traumático e mais doce, no momento, para controlar os gastos públicos e resgatar o crescimento do Brasil.
As corporações públicas (Ministério Público e Judiciário à frente), claro, esperneiam.
Porém, vivem em deitados em berço esplendido como se pensassem igual aquele personagem Justo Veríssimo, do saudoso Chico Anísio, que dizia: “Eu quero é que pobre se exploda”.
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