A Operação Mato Cerrada deu inicio em 2015, através de uma ação cautelar acatada pelo juiz da 2ª Vara Federal Fábio Stief Marmund. E Já contabiliza mais 22 mandados de busca e apreensões cumpridos nas cidades de Vitória da Conquista, Caatiba, Planalto e Salvador, todas na Bahia. A equipe é formada por 70 policiais federais, 22 servidores da Receita Federal e 11 auditores da CGU.
O mais recente desdobramento das investigações, cuja petição é de Quebra de Sigilo Bancário, Fiscal e Telefônico, ocorreu nesta quarta-feira, 25, com o cumprimento de mandado de busca e apreensão na sede da Superintendência da Regional Sudoeste do Banco Bradesco, em Vitória da Conquista, a 517km de Salvador.
A decisão foi publicada em 17 de janeiro. A medida visa encontrar contratos bancários de financiamento e outros documentos associados a empresário investigado em procedimentos conduzidos pelo MPF e pela Polícia Federal, relacionados à operação da Polícia Federal.
O banco já havia sido oficiado em outubro e em dezembro do ano passado para que apresentasse os documentos, mas vinha resistindo a colaborar com as investigações, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Em agosto do ano passado a Justiça Federal determinou o afastamento de Joaquim Mendes de Sousa Júnior e Maria Tânia Ribeiro Sousa dos cargos de prefeito e vice-prefeita de Caatiba (BA) após ação de improbidade por fraude em licitações e desvio de verbas públicas destinadas à educação municipal.
Ainda foi determinado o bloqueio de bens dos dois e de mais 12 envolvidos nas irregularidades até o valor de R$ 1.154.000,00
A análise do sigilo dos dados bancários e telemáticos pela Assessoria de Pesquisa e Análise do MPF na Bahia demonstrou que os investigados superfaturavam as notas fiscais, incluíam parentes na folha de pagamento e apropriavam-se de verba pública. Tânia Ribeiro, segundo as investigações, recebeu suborno de cooperativa contratada ilicitamente e foi responsável pela contratação de seu filho pela mesma empresa, praticando nepotismo, apesar da vedação legal.
Recém-eleita prefeita para esta legislatura, Tânia não tomou posse, pois a Justiça Federal em Vitória da Conquista garantiu o seu afastamento da prefeitura de Caatiba até 17 de fevereiro deste ano. A decisão foi motivada por pedido do MPF. A intenção é garantir que Tânia Ribeiro permaneça sem acesso a documentos da prefeitura que comprovam o ocorrido, além de evitar que ela faça uso de seu cargo para seguir praticando atos ímprobos. O pedido é previsto pelo artigo 20 da Lei 8.429/92.
O MPF disponibilizou acesso aos nomes dos réus no processo : Joaquim Mendes de Sousa Junior; Capital Cred Intermediações e Assessoria Financeira Ltda; Cleveland Bispo dos Santos; Cooperativa de Administração e Apoio Logístico; Gilmar Pereira Santos; Jacirene Oliveira dos Santos; José dos Santos Pereira Neto; Juracy Silva Varges; Kelle Greyse Santana Santos Mendes; Luzes Patrimonial Ltda; Maria Tânia Ribeiro Sousa; Paulo de Almeida Luz; Thiago Lemos Cardoso e Welbe de Almeida Silva. O advogado das partes acusadas pelo MPF, André Sampaio Viana, não foi localizado pelo Blog.
Fonte: Blog do Celino Souza
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