Ação contra Universal não anda devido ao caos da 2.ª Vara

 

Devido à precariedade do sistema de funcionamento da 2.ª Vara Criminal Federal, em São Paulo, uma denúncia contra o bispo Edir Macedo e a cúpula da Igreja Universal do Reino de Deus tende a permanecer engavetada por muito tempo. A 2.ª Vara não tem juiz permanente em seus quadros, com isso, nada anda. A presidência do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) adotou para a Vara o sistema do “juiz de passagem”, onde cada magistrado não fica mais que dois dias na função, o que torna inviável dar conta de uma demanda como a da Universal. Focada em ações sobre crimes financeiros, lavagem de capitais e evasão de divisas, a 2.ª Vara se tornou responsável pela ação contra o bispo Macedo e seus aliados há 15 dias, através de sorteio eletrônico. Contudo, na última semana, a 2.ª Vara experimentou um grande rodízio, com pelo menos quatro juízes diferentes: média de um por dia útil. Nenhum deles teve condições materiais nem tempo para se debruçar sobre a montanha de papéis que acompanham a denúncia de 28 páginas do Ministério Público Federal contra os dirigentes da Universal. Resultado: não há juiz que se sinta seguro para decidir. Parece que nem a igreja está gostando. “Uma coisa grave é que tive de pedir vista da denúncia, mas nem isso me deram, sob argumento de que o juiz estava de passagem”, desabafa o criminalista Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, que defende a Universal. Informações do Estadão.