Família diz que ataque não comprometeu desempenho físico da criança, mas que ele não consegue nem ficar sozinho.
O menino de 6 anos que foi atacado por uma cadela da raça rottweiller e salvo por um cachorro vita-lata, em Vitória da Conquista, cidade no sudoeste da Bahia, está em estado de choque e não consegue andar. Segundo relatou o pai da criança nesta segunda-feira (19), Célio Brito, ele está se recuperando ferimentos, mas o que preocupa mais é que o garotinho não consegue ficar sozinho.
Além disso, mesmo sem qualquer comprometimento físico, Israel Brito não consegue andar. O problema, conforme relato do pai, é emocional. “Desde o dia do acontecido ele não consegue andar. Nós iremos levá-lo à medicina especializada para que nos esclareça a razão dessa imobilidade momentânea dele. Quando ele fica sozinho em um ambiente em que ele tem aquela sensação psicológica que vai ser atacado, grita logo pela mãe ou pelo pai”, revelou Célio. Assista:
Israel teve ferimentos na cabeça, no braço e na orelha. Ele foi atacado pela cadela quando brincava na rua onde avó mora. O pai tentou impedir, mas foi empurrado pelo animal. Só o cão vira-lata conseguiu que a cadela soltasse a criança.“A extrema e essencial ajuda de um vira-lata, da minha mãe inclusive, que apareceu ali e atacou aquele cachorro de forma que ele soltou a criança, e eu consegui trazer ele [o filho] pra mim”, lembrou. Os donos da rotweiller não quiseram gravar entrevista, mas informaram que apesar de grande, a cadela é dócil e nunca agrediu ninguém.
Cães ‘violentos’
Segundo o médico veterinário Adriano Borges, qualquer cachorro pode ser agressivo. Depende da forma como é criado e se está submetido a estresse. “Cães dóceis são dóceis com quem convive com eles. Ou seja, se ele é dócil com o cão, aquela criança que habitualmente brinca com o animal, ele vai até proteger aquela criança. Todas as raças podem agredir alguém, morder até o dono, sob stress”, explicou. A instrutora Patrícia dos Santos tem um pitbull, que é criado em um apartamento junto com o filho dela de sete anos. Ela conta que o cão é dócil e jamais teve qualquer problema de agressividade. “Eu peguei ele com 15 dias de nascido, fui colocando da minha forma, do meu ritmo, com muito carinho. E também por morar em apartamento, eu tive que dar limites para ele. Eu vivo para ele, ele vive para mim e é muito carinho um com outro. Ele dorme comigo na cama, é amigo do meu filho”, revelou. // G1 Bahia . TV Sudoeste.
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