Militantes do PT usam máscaras com o rosto de Lula na convenção do partido, no início deste mês, em SP (Foto: Suamy Beydoun/Agif/Estadão Conteúdo)
Advogados do PT avaliam nos bastidores que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode julgar o registro de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declarando-o inelegível, antes do início do horário eleitoral, previsto para 31 de agosto. O assunto foi tratado entre Lula, que está preso em Curitiba, e aliados, na semana passada.
Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).
A estratégia do PT é manter Lula como candidato à Presidência da República até a Justiça Eleitoral decidir, com base na Lei da Ficha Limpa, se o ex-presidente poderá ou não disputar as eleições de 2018.
Na avaliação do partido, após o registro de Lula como candidato na próxima quarta-feira (15), o tribunal tem dado sinais – por declarações de ministros – de que o caso não deve se prolongar, e Lula, enquadrado na Lei da Ficha Limpa, não poderá ser candidato.
Os advogados do PT tinham uma expectativa de que o TSE analisasse a questão na semana do dia 12 de setembro. O tribunal tem até o dia 17 – 20 dias antes das eleições – para julgar casos de inelegibilidade.
O cenário que prolonga o julgamento do registro é o desejado pelo PT porque o partido quer incluir Lula como candidato à Presidência na propaganda na TV – que começa dia 31 de agosto.
Procurado pelo blog, Fernando Haddad, vice na chapa de Lula, admitiu que o cenário em que o TSE julgue o registro antes do horário eleitoral está sendo avaliado pelo partido. “Está sendo considerado, por conta da propaganda na TV”, disse.
O ex-prefeito, que assume a chapa se Lula for declarado inelegível, visitou o ex-presidente na semana passada.
Ficou acertado também que, até a palavra final da Justiça sobre a candidatura do ex-presidente, o material de campanha do PT contará com Lula e Haddad, sem Manuela D’Ávila (PcdoB), “por uma questão jurídica”, segundo ele.
Por Andréia Sadi G1
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