Alunos do ensino fundamental de Curitiba estão tendo contato com uma habitante do futuro. A personagem Sofia, criada para falar sobre o projeto Curitiba 2030, está fazendo apresentações nas escolas da capital, onde explica conceitos como sustentabilidade, mobilidade e ensino à distância. Sofia vive em 2030 e conta como é a vida na cidade do futuro.
O Curitiba 2030 é um projeto de desenvolvimento de longo prazo criado por iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Ele é composto por um plano elaborado por mais de 200 especialistas e que traça mais de 60 ações para melhorar a qualidade de vida na cidade nos próximos 20 anos. “Nosso objetivo é falar com o público que vai ser protagonista em 2030. Queremos que eles acreditem que as mudanças para tornar a cidade melhor começam hoje e levem essa noção para dentro de casa”, explica Fabiana Skrobot, coordenadora de projetos da Fiep.
Até agora, foram feitas apresentações em cinco escolas da capital – em 2011, devem ser oito por mês. No encontro com a personagem Sofia, as crianças são instigadas a imaginar uma Curitiba onde todos têm acesso a saúde e moradia de qualidade, espaços para a prática de esportes, e onde existe até um campeonato de pesca em seus rios. “As crianças ficam surpresas porque ainda não conseguem imaginar uma cidade com menos carros e rios despoluídos”, conta a atriz Lubieska Berg, que interpreta a Sofia.
A última apresentação deste ano foi na Escola Municipal Augusta Ribas, no bairro Sítio Cercado. Na opinião da diretora da escola, Silvana Saskoski, a apresentação ajudou a reforçar alguns conceitos que já são trabalhados em sala de aula, como respeito ao meio ambiente. “A conscientização de que depende de cada um criar uma vida melhor é muito importante para que a gente veja melhorias na prática”, ressalta.
Ações – O plano Curitiba 2030 propõe ações em sete áreas principais: governança, cidade do conhecimento, cidade em rede, transporte e mobilidade, meio ambiente e biodiversidade, saúde e bem-estar, e coexistência em uma cidade global. Essas linhas de atuação estão em um documento apresentado em março deste ano, durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras 2010 (CICI 2010). Agora, o projeto está na fase de debates detalhados sobre cada tema.
O primeiro debate foi na área de meio ambiente e teve foco na destinação de resíduos na cidade. No dia 30 de novembro, haverá um encontro sobre a Universidade da Cidade, ideia que foi inspirada no conceito de “universidade aberta” e que faz parte do tema cidade do conhecimento.
Além de Curitiba, outros municípios do Estado estão articulando seus planos de desenvolvimento usando a metodologia trazida pela Fiep. O projeto Londrina 2030, por exemplo, já tem um comitê técnico que está organizando grupos para debater sete temas principais: educação, capital técnico e tecnológico, saúde e bem-estar, cultura, lazer e turismo, transporte e mobilidade, governança e segurança. Também demonstraram interesse pelo projeto as cidades de Cascavel e São José dos Pinhais
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