DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR
Subsérie: Um novo ponto de vista sobre os raciocínios e os fundamentos da sua origem e elaboração.
Por: Edimilson Santos Silva Movér
1*Existem 8 (oito) afecções, modos ou práticas atuando ao se iniciar um raciocínio qualquer, ou seja, todo raciocínio compõe-se de: ou inicia-se com: 1) – uma indagação; 2) – uma proposição; 3) – uma afirmação, 4) – uma negação. Ou 5) – um enlace de uma indagação com algo anteriormente, proposto, afirmado ou negado, ou 6) – um enlace de uma proposição com algo anteriormente, afirmado, negado ou indagado, ou 7) – um enlace de uma afirmação com algo anteriormente, negado, indagado, ou proposto, ou 8) – um enlace de uma negação de algo anteriormente, indagado, proposto ou afirmado. Todo novo raciocínio será sempre precedido de uma dessas afecções ou atuações, ou de um dos enlaces dessas afecções. Sendo estes os únicos fundamentos lógicos que afetam a elaboração de um raciocínio qualquer. Esta é a base fundamental do raciocínio, pensamento ou “cogito” a que se refere Descartes, e que a ciência moderna delega aos nossos neurônios, portanto, a um órgão ou fonte material. Os gregos pré-socráticos denominavam essa luz mental de “espanto”. Poucos pensadores modernos, atentaram para o fato do porquê, dos primeiros pensadores gregos nominarem um raciocínio novo de “espanto”, pois, se o fizeram não comentaram, ou não tive acesso a este comentário, (o que seria o mais provável).
2*
Depois de explicado e analisado à luz da lógica, é fácil ver que um raciocínio novo realmente causa um “espanto”. Hegel e Nietzsche com seus estudos sobre os pré-socráticos, muito nos facilitou o entendimento de muitos de seus raciocínios, (ou espantos), contidos nos fragmentos, observe o que nos transfere Plutarco sobre Demócrito no fragmento 159. Idem, sobre o (Desejo e a Dor)2. – É natural que o corpo tenha esta antiga” acusação contra a alma a respeito das paixões. E Demócrito imputando à alma a causa da infelicidade, nos diz: – Se o corpo instaurasse um processo contra a alma pelas dores que padeceu e pelos maus tratos que sofreu e se fosse eu o juiz da acusação, com prazer condenaria a alma, alegando que, de um lado, ela fez perecer o corpo por suas negligências e o exauriu com a embriaguez e, de outro, o destruiu e dilacerou com o amor do prazer, como se, estando um instrumento ou utensílio em mau estado, eu acusasse quem o emprega sem cuidado. – Se este fragmento faz parte dos estudos de Hegel ou de Nietzsche, não importa! Podemos deduzir desse fragmento que a distinção entre a alma e o corpo antecede de muito os arrazoados de Anaxágoras e de Demócrito, pois nesta época, a acusação já é reportada como uma “antiga” acusação, o que nos leva a dedução de que desde os primórdios do raciocínio lógico já se separava a alma, “ânima”, do corpo, e, isto muito antes do século V aC. As proposições dos pré-socráticos, nos deixam claro a “distinção” entre os modos de raciocinar, deles e dos pensadores ditos, pós-socráticos, assim, este divisor pode-se tomar claro a partir de Sócrates. O problema, (a meu ver), é que à medida que o homem evolui dentro do tempo, e com o passar das gerações e dos séculos, sua visão de mundo ou paradigma evolui, este evoluir dentro do tempo, não impede que uma visão geral de mundo dure por décadas, séculos ou milênios. Só a evolução do “Ser” e suas ações frente ao mundo, altera esta visão independentemente do tempo! A evolução da visão de mundo, não está no mundo, mas, sim na evolução da percepção do observador! O efeito do tempo neste caso não é significativo, predomina a priori o efeito da evolução do entendimento do “Ser”. Enquanto o tempo provoca a mudança da visão de mundo muito vagarosamente, um fator ou causa evolutiva forte, o faz rapidamente.
3*
Na leitura dos fragmentos, dos séculos VIII até o V (aC). (Talvez! Até por sua dispersão dentro do tempo), nestes fragmentos, é onde uma visão de mundo torna-se mais notada, quanto mais disperso está o enfoque desta visão, mais atenção recebe no estudo e, torna-se mais evidente este paradigma. (E isto, pode ter sido motivado por problemas de tradução, não sei ao certo). O certo, é que os fragmentos, no geral contém uma só visão de mundo, parece que a visão de mundo foi transferida de filósofo para filósofo, sendo esta visão dos pré-socráticos diferente da visão de mundo do século V, época em que viveu Sócrates – 469 a.C. – 399 a.C. – pelo menos, no que restou dos escritos dos pré-socráticos a não dispersão do ponto de vista de mundo, pode ser originária do tão pouco que restou, tanto é que estes escritos ficaram conhecidos como “fragmentos”. A mudança da visão de mundo é fácil de ser percebida. Antes de Galileu a visão do universo era de um universo estático à exceção dos planetas. Depois, com o telescópio outra! E recentemente, em 1925 com a descoberta das galáxias, outra completamente diferente! No entanto, o universo não mudou, o que mudou não foi o mundo, mas sim, nossa visão de mundo.
4*
Nesta minha análise sobre o raciocínio, quero deixar bem claro o meu ponto de vista, de que é a intensidade, e não a origem ou a fonte, desse fenômeno, (raciocínio)! Que nos separa dos nossos irmãos animais, indevidamente chamados de irracionais, quem é mais irracional! O cão que defende a prole até a morte, ou um humano que mata pai e mãe por alguns dinheiros? Sendo, portanto, a intensidade do raciocínio o que marca e separa o falante do não falante, a razão e o bom senso nos diz que os não falantes tomam decisões, e estas decisões não são decisões instintivas, estas decisões estão fundamentadas em raciocínios, certamente, não tão elaborados quanto os do falante, mas com certeza, trata-se de raciocínios. Portanto o que nos separa dos não falantes, é somente o grau ou nível de elaboração do raciocínio! A que chamo de “intensidade de raciocínio”, distintos em que cada espécie, mas, raciocínios. O resto é pura semântica. Dar novos nomes aos bois, não os fazem deixar de comer capim. A voz de um tribal numa taba, e a voz de uma soprano num teatro, são cantos ou coisas diferentes?
5*
Voltemos aos filósofos: Embora conheça o assunto, nunca me ative a nenhuma discussão ou tomei posição sobre a diferença entre a alma, (espírito), e o ente, (tomado como o corpo senciente), ou o (o “tò” grego e o corpo), a que se reportaram Anaxágoras e Demócrito. Julgo ser esta, uma discussão inócua, (dentro do enfoque dos pré-socráticos). O grande pensador Demócrito, discípulo de Leucipo, (o dos átomos), considerava a alma, como algo com a forma esférica, assim, não entro nessa discussão. Não creio que um raciocínio ou pensamento seja algo material ou possa ter sua origem num órgão material, muito menos que tenha uma forma geométrica e definida. Deixo claro, bem claro, que creio na existência do espírito, embora não possa explicar “a todos”, sua origem, nem sua forma, nem todos seus atributos e muito menos sua essência! Mas, creio que um dos seus atributos é exatamente o “cogito” humano. Creio que a maioria dos animais superiores possua um tipo de “pensar”. Com certeza inferior ao “cogito” de Descartes, mas, o possuem, assim, eu, particularmente não vejo problema algum em admitir a existência de um espírito em todos os seres vivos da natureza, sem distinção de reino ou de fase evolutiva, muito naturalmente creio e admito que para cada fase evolutiva da vida de cada espécie exista um tipo de espírito, com: “também”, sua própria fase evolutiva. Pois a evolução é inerente à vida, e não tão somente, inerente aos seres falantes. Tenho o hábito de tentar deixar bem claro meus pontos de vista, ponto em que a maioria dos filósofos falharam, senão, seus pontos de vista não seriam alvo de tantas críticas e tantas interpretações díspares. O que é um grande mal para a filosofia, que devido a isso se tornou, desculpem-me a expressão, um grande “balaio de gatos”. Passei boa parte de minha vida estudando os filósofos e foi isto o que encontrei! Hobbes por exemplo; era sem o saber um douto mecanicista, no tempo de Hobbes nem se falava em postura mecanicista, ele acreditava e já dizia que: – No que se refere aos pensamentos do homem, considerá-los-ei primeiro isoladamente, e depois em cadeia, ou dependentes uns dos outros. Isoladamente, cada um deles é uma representação ou aparência de alguma qualidade, ou outro acidente de um corpo exterior a nós, o que comumente se chama de objeto. O qual objeto atua nos olhos, nos ouvidos, e em outras partes do corpo do homem, e pela forma diversa como atua produz aparências diversas. Hobbes continua: A origem de todas elas é aquilo que denominamos sensação (pois não há nenhuma concepção no espírito do homem, que primeiro não tenha sido originada, total ou parcialmente, nos órgãos dos sentidos). O resto deriva daquela origem -. Viu! Mecanicismo puro, tudo deriva do “Ser” material! “nos órgãos dos sentidos”, nos diz isso.
6*
Dá para perceber claramente que a origem do pensamento ou raciocínio, conforme Hobbes tem origem na percepção do mundo material que nos cerca através dos nossos sentidos, sendo estas sensações transmitidas ao nosso entendimento, ou alma, ou espírito. Ora! Se nossos raciocínios são o resultado somente da afecção, esta, no sentido de atuação da matéria sobre os nossos sentidos, se isso fosse verdade, todos nossos raciocínios seriam objetivos, e o que dizer dos nossos raciocínios subjetivos? Observem bem! Que o discurso de Hobbes sobre o assunto está embasado no conhecimento científico de sua época, e de que ele não era um ateu, mas também não era um religioso convicto. E que aqui não teço uma crítica aos raciocínios de Hobbes, somente observo que o fundamento do seu pensar é notadamente mecanicista. Thomas Hobbes escreveu estes pontos de vista, no primeiro quarto do século XVII. Leibniz, foi contemporâneo de Hobbes, quando Hobbes morreu em 1679 Liebniz estava com 33 anos, no entanto, Liebniz nos seus “Novos Ensaios Sobre o Entendimento Humano”, no capítulo XII faz uma abordagem diferente sobre este mesmo entendimento, ou “apercepção” do raciocínio. 70 anos depois Kant nos traz um enfoque muito mais elaborado sobre o raciocínio, no seu primeiro livro da analítica transcendental que ele chama de (analítica dos conceitos).
7*
Aqui, a abordagem de Kant é muito complexa e “explicitatória”, ele começa separando sua analítica dos conceitos em quatro títulos, cada um com três momentos a saber:
1) Quantidades dos juízos: Universais, Particulares e Singulares, 2) Qualidades: afirmativos, Negativos e Infinitos, 3) Relação: Categóricos, Hipotéticos e Disjuntivos, 4) Modalidade: Problemáticos, Assertóricos e Apodíticos, a partir daí Kant começa a se defender de futuras críticas dos lógicos, talvez, já por perceber algumas incompatibilidades no tratamento dados aos juízos singulares e universais pelos lógicos. Pude agora observar, que este assunto tratado com brilhantismo por Immanuel Kant ocuparia um grande espaço, merecendo um ensaio à parte, o que vos fico devendo.
Quanto ao meu entendimento do que seja, ou de onde se origina nossos raciocínios, diferentemente dos filósofos e dos cientistas; eu não creio que nossos raciocínios tenham origem num órgão “físico” do nosso organismo. A ordem natural no universo é de que os organismos ou sistemas mais importantes (ou mais complexos), tenham prevalência sobre os menos importantes, (ou menos complexos), sendo de se esperar que o mesmo ocorra conosco, como somos um organismo extremamente complexo, qualquer falante independentemente de sua cultura, dirá que a parte menos importante de nós, seja a parte material. Assim, não vejo por que, esta parte menos importante seria a causa e a fonte da parte imaterial, que por sua vez é a mais importante! Antes de tomar conhecimento da teoria geral dos sistemas de Bertalanffy, eu já tinha pendores para o holismo e não para o monismo, minha busca pelo conhecimento muito se deve a minha insatisfação com o modelo de mundo que o cientificismo me apresentava! Desde cedo, que o mecanicismo laplaciano levava o meu “eu interior”, de Schopenhauer a contradições nada aceitáveis, e às vezes terríveis! Nesta época o comportamento das religiões e dos humanos religiosos, para mim, era incompreensível! Nunca entendi porque os filósofos e os cientistas, tão questionadores e inteligentes, (principalmente os da renascença), não conseguiam compreender a essência e a lógica da existência de um Deus Cósmico. Ou seja, de uma inteligência com transcendência sobre o universo, e logicamente sobre o nosso “raciocínio” ou nosso “Ser”. Claro, que não trato aqui do Deus das religiões! Este foi posto de lado, pelos filósofos e cientistas desde o iluminismo. Fora do holismo não há a menor possibilidade de se compreender a lógica da existência de um Deus Universal. A divindade só faz sentido de forma impessoal, infinita e universal. E assim, minha busca continuava. Pensando bem! Foi necessário que a ciência do homem primeiro se desenvolvesse e nos mostrasse este novo universo, que visualizamos hoje, para que pudéssemos ter esta tênue visão de uma Divindade, não subjacente, mas transcendente ao universo como um todo. Com o passar do tempo, em 1998 ou 99 me deparei, (ainda com respeito à origem do nosso raciocínio), com uma teoria científica bastante “intrigante”, no princípio não a compreendi totalmente, depois de buscar mais esclarecimentos sobre esta nova teoria, eu a compreendi melhor, e nela encontrei muitas explicações para a maioria dos meus questionamentos existenciais. Esta teoria é a teoria da Ressonância Mórfica, do Rupert Sheldrake, trato muito superficialmente dela, nos meus ensaios postados aqui nos blogs. Veja a lista dos ensaios no final deste ensaio, em que trato da problemática existencial.
8*
Quem me contradizer, (uso o infinito flexionado mesmo), não penetrou fundo nos problemas da filosofia. Nem Hegel nem Nietzsche explicitaram por que gostavam tanto dos pré-socráticos, dirão que não se tratava de gostar, mas, era gostar mesmo, não se dedica tanto tempo a algo que não se gosta. Lá, eu creio que eles encontraram a essência do raciocínio grego, quem se aprofundar na análise do conteúdo dos fragmentos que nos restaram dos pré-socráticos, entenderá o que digo. Considero todos os filósofos como seres lúcidos, os mais lúcidos do planeta, isto quanto a sua capacidade de analisar os assuntos abstratos da filosofia. Mas, quanto a Georg Wilhelm Friedrich Hegel e Friedrich Wilhelm Nietzsche, estes, são de uma lucidez impressionante. Só que Hegel é realmente, às vezes, muito obscuro. Nos meus primeiros contatos com Nietzsche o considerei um ser extremamente pessimista e niilista, e me afastei dele, só voltei a sua obra depois de adulto. Só então assim, o compreendi, (em parte), e pude ver toda sua lucidez. Lendo seus críticos pude esclarecer alguns pontos obscuros dos seus raciocínios, ao entender Nietzsche eu pude entender que a filosofia é como uma imensa teia de aranha, embora seja algo radialmente dispersa, ela é uma só, o problema é que nenhum filósofo, no passado, no presente ou no futuro abarcará toda a filosofia. Cada filósofo é como uma aranha, que faz a sua teia, mora na teia, vive na teia, e vive da teia, mas, nunca terá toda a teia sobre seus pés. A única diferença entre a filosofia e a teia de aranha, é que a teia por ser algo físico possui um limite, enquanto a filosofia, por não ser algo físico crescerá eternamente, ou enquanto durar a humanidade. O que me faz crer que a filosofia está chegando ao fim.
9*
Este raciocínio me leva a encerrar o ensaio sobre o raciocínio, com um raciocínio nada alentador! O caminho que a humanidade escolheu para se desenvolver, (que é o crescimento ilimitado do capitalismo), a levará, assim creio eu, inexoravelmente a sua autodestruição. Disto já tratei em outro ensaio. Infelizmente, nós gastamos nossos recursos naturais como se eles fossem inesgotáveis, e isto eles não o são!!!… Todos os governos do mundo sabem disso, mas, fazem de conta que não sabem, todos os flagelos a que a humanidade for submetida no futuro próximo, o será, pela irresponsabilidade dos governantes do planeta.
10*
A história da humanidade me faz lembrar a história dos perus! Um criador de perus convencido que aquela era uma atividade lucrativa, resolveu vender tudo que tinha e investir no crescimento daquela atividade. E assim o fez: vendeu, fazenda, carro, mulher, filhos, jegues, gatos, cachorros, pulgas, tudo enfim. Comprou um número de perus compatível com seu capital, alugou um terreno e ali pôs seus perus, comprou ração e iniciou seu negócio, ao chegar o fim do mês vendeu alguns perus, pagou o aluguel, comprou mais ração, ao chegar o fim do mês vendeu alguns perus, pagou o aluguel, comprou mais ração, ao chegar o fim do mês vendeu alguns perus, pagou o aluguel, quando só restava um peru, ele para não morrer de fome comeu o peru, não chegou ao fim do mês, ele educadamente morreu de fome, e “c’est fini”.
11*
Escrever ensaios pode não servir para ganhar dinheiro, mas, que é divertido, isso é.
Chamo a atenção para o fato de que: este ensaio é somente um ensaio, não o tomem como um postulado filosófico. Estou querendo dizer humildemente com isso, que não sou um filósofo, nem nunca o serei. Eu escrevi este ensaio somente como um aprendizado. Na realidade, escrever qualquer coisa, é como levar o cérebro, (espírito ou entendimento), para a academia da escrita, e ler é levar nosso cérebro, (espírito ou entendimento), para a academia da leitura, só que na academia da escrita tem poucos frequentadores, e a academia da leitura anda “quase” sempre lotada, eu disse “quase”, porque na academia da leitura por certo, que cabe toda a humanidade. São nestas duas academias que são projetados todos os atos responsáveis pelo desenvolvimento de toda a humanidade. Estes atos a que me refiro, são os novos raciocínios que levam os falantes a novos raciocínios, que por sua vez amplia de forma exponencial o desenvolvimento humano.
12*
Ah! Os jornalistas: um dos motivos do meu respeito pelos jornalistas é que estes, diferentemente dos escritores, escrevem todos os dias, eles são diferentes dos escritores sim embora alguns também sejam escritores, a diferença entre um jornalista e um escritor é a capa. A capa é que encarece o que se escreve, e quanto mais cara é a capa, mais longe estará o que se escreve do grande público frequentador da imensurável academia da leitura. O problema é que o raciocínio do jornalista alcança um número maior de leitores que o raciocínio do escritor.
A capa a que me refiro, (naturalmente que não é a capa material do livro em si). É a capa da (usura), que recobre o livro editado, representado pelo lucro atribuído à edição e distribuição do material escrito. Uma editora de São Paulo me convidou para fazer uma parceria com a mesma, na edição e distribuição do livro “21” na forma de e-book, em condições humilhantes, eu entendi, (humildemente com meu parco entendimento), que os ditos senhores, estavam acreditando que eu estivesse numa UTI, em fase terminal, sofrendo da mais terrível peste que assola a humanidade: A burrice.
13*
Só através da imprensa, (isto é, do conhecimento distribuído em larga escala, num futuro próximo, isto, em meio digital), o mundo se tornará culto e raciocinará mais! Também, através da imprensa escrita e falada, na formas de livros, jornais, revistas ou TV, que ainda durará muito tempo. Atenção a imprensa de que falo é a coisa escrita, que nada tem a ver com a mídia ou imprensa digital, sendo que, inescapavelmente a substituirá: moderna no futuro. Mormente na nova forma de livros digitais, os e-books, estas modernas formas ou maneiras de veicular as informações que abarquem todo o conhecimento humano oriundo dos raciocínios dos falantes, tornarão possível fazer o conhecimento alcançar toda a humanidade, o grande diferencial dos e-books é sua natural universalidade. Seu mal atual, naturalmente, como nos livros escritos, é a usura de quem edita o pensar humano, em meio material ou virtual. Não importa! Pois, isto no futuro será superado.
14*
Nestes ensaios listados abaixo: trato em alguns, da teoria da ressonância mórfica, e em todos da problemática existencial. (Todos nas páginas de meus ensaios, e não nas páginas do Blog Ameno), estes ensaios possuem os títulos de: (A VIOLÊNCIA EM NOSSO PAÍS, na 1ª página) – (UMA ENFÁTICA E REAL VISÃO ESPIRITUAL DO “SER”, na 2ª página) – (UMA PÁLIDA E SURREAL VISÃO QUÂNTICA DO “SER”, na 2ª página) – (A EVOLUÇÃO DA VIDA, na 2ª página) – (A COMPLEXIDADE DO “SER”, na 2ª página) – (A ETERNIDADE), na 3ª página).
15*
Nada, absolutamente nada, existente no mundo pode ser tomado como definitivo e permanente, como diziam os pré-socráticos, a única coisa permanente no universo é a impermanência, devido a este raciocínio, costumo mudar de ponto de vista, como jogador e treinador de futebol mudam de clube. Sempre acreditei que é salutar termos coragem suficiente para mudar de opinião, isto, quando necessário, pois uma antiga opinião pode eventualmente perder seu valor ou sua função.
Em tempo:
16*
No princípio do texto utilizo o termo “Afecção” – Num sentido amplo e filosófico de atuação, onde, afectar significa atuar sobre um ser vivo, especialmente consciente, máxime em sua sensibilidade e sentimentalidade no pensar, e em seus interesses vitais, com forte enfoque na formação de seus raciocínios.
17*
Minhas férias terminaram, e não alcancei a sonhada Pasárgada.
Saudações moverianas…
Edimilson Santos Silva Movér
Vitória da Conquista, setembro de 2010
25/03/2018
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