Artigo: HOMENAGEM AO PROFESSOR

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PARABÉNS, PROFESSORES!

 

Homenageio aos valorosos professores pela passagem da comemoração do seu dia, (15/10). Dentre eles cito com ênfase os do ensino fundamental, os que lidam com crianças ainda em formação do aprendizado. Fazendo pesquisas sobre o assunto, deparei-me com um artigo da Ir. Lídia, da Pastoral da Criança que, pela abrangência e realidade do seu conteúdo, coincide com os meus sentimentos e esperanças. Transcrevo na íntegra por achar justas, perfeitas e realistas as colocações nele contido.

 

“PARABÉNS PROFESSOR!”

 

“Por ocasião do Dia do Professor, saudamos com respeito e consideração a vocês que se dedicam com entusiasmo à educação e a compreendem como um processo histórico e social que atinge o ser humano em todas as suas dimensões e relações, impulsionando o seu desenvolvimento, colaborando para atualizar suas potencialidades e capacidades, buscando sua realização como pessoa humana e criatura de Deus.

 

A educação é um serviço para a construção de uma sociedade onde todos tenham vida digna, capacidade crítica e ação transformadora, visando ao bem comum.

 

A dignidade do professor é decorrente da opção que fez ao colocar-se a serviço da pessoa humana, assumindo a missão educadora, comprometendo-se numa comunidade educativa que visa humanizar, personalizar, desenvolver os relacionamentos da pessoa consigo, com os outros e com Deus, colaborar no desenvolvimento das potencialidades humanas.

 

Nessa perspectiva trabalham, por vocação, com os valores mais altos quais sejam: a vida, o amor, a justiça, a solidariedade, a participação, a cidadania, o trabalho, a consciência ética, dons intelectuais e espirituais encontrando sua realização pessoal em colaborar para a plena realização daqueles a quem está a serviço.

 

Diante dessa dedicação generosa e tão nobre causa, é correta a luta que realizam por uma política educacional autêntica que possibilite alcançar a finalidade da educação, escola para todos, condições de trabalho, respeito à sua dignidade, remuneração justa.

 

Animamos e acompanhamos os desafios que agridem o campo da educação no seu aspecto social: a pobreza, a marginalização, doenças; no campo político: a falta de políticas educacionais adequadas; no campo moral: a corrupção; no campo econômico: o custo de vida, os salários baixos, a competição desleal.

 

Animamos os professores que buscam uma espiritualidade, uma mística, que os sustentem em seu trabalho. Optem pela defesa da vida, acreditam no valor da pessoa humana, defendem um processo educativo libertador, não aceitam ser meramente um profissional, associam-se na busca de novos métodos e pela coesão do grêmio.

 

A pedagogia de Deus na educação de seu povo em busca de libertação e da terra prometida tem sido a inspiração para a atividade de muitos professores. Ele parte da realidade concreta de um povo que necessita de vida, liberdade e condições humanas e sociais. Com amor, paciência, generosidade, ajuda o povo, num crescimento progressivo, a alcançar um objetivo definido: ser livre e encontrar a salvação. Corrige-o nas fraquezas e infidelidades e se alegra com sua organização e com as conquistas alcançadas.

 

Por isso agradecemos àqueles que buscam aprimorar a sua formação para que o exercício de sua missão seja testemunho marcante na vida dos educandos”. (Irmã Lídia, Pastoral da Criança).

 

O professor é o luminar da sociedade, o qual a ajuda modelar com toda sua experiência, competência e comprometimento com a causa da formação educacional e os princípios básicos da cidadania. Com a riqueza da sua sapiência são os formadores dos futuros cidadãos, a quem cabe, patrioticamente, cuidar da Pátria honrando-a e dignificando-a, defendendo-a através da responsável participação social e política, com atitudes, comportamentos e exemplos dignificantes como os preconcebidos pela instrução moral e cívica e em respeito aos ensinamentos dos sábios.

 

No meu tempo de estudante, recebíamos instrução religiosa, moral e cívica. Matérias imprescindíveis na formação da personalidade e caráter do indivíduo e que foram, absurdamente, retiradas da grade curricular.

 

É preciso levar a esperança aos que estão fraquejados pela incredulidade na capacidade dos gestores públicos de fazerem as transformações exigidas pela sociedade. Cabe também aos docentes a responsabilidade de transmitir, como formadores de opinião, respeitando os princípios da legalidade, o exercício da cidadania.

 

Ao homenagear os professores, faço-o também a todas as outras classes e categorias de profissionais, porque daqueles dependem todos para a sua formação intelectual e profissional. O governo, infelizmente, privilegia uma política globalizada que adotou a especulação financeira como prioridade em detrimento dos trabalhadores.

 

Antonio Novais Torres

[email protected]

Brumado, em 15/10/2002.