Parte 2
Irineu de Lion, um dos pais da igreja, nasceu em Esmirna em 130 d.C, e foi especialmente notável por sua defesa veemente a favor da ordodoxia cristã, em face da objeção apresentada pelo gnosticismo.
Sua obra mais importante foi “Contra as Heresias” (adversus Haereses) onde fez uma defesa brilhante a respeito da salvação, e, especialmente, do papel da tradição em se manter fiel ao testemunho apostólico, diante de interpretações não-cristãs.
Contudo Irineu compreendeu muito mal a doutrina da criação. Ele defendeu a existência de dois deuses, um Deus supremo que era a origem do mundo espiritual invisível, e um deus inferior que criara o mundo material, cedendo assim, neste ponto teológico, a influência do gnosticismo que ele tanto combateu.
Pois bem, devemos recordar que o cristianismo inicialmente criou raízes no mundo mediterrâneo oriental, que era dominado pela filosofia grega. A visão geral dos gregos sobre a origem do mundo era de que Deus não criara o mundo material, a matéria já existia e Deus era considerado apenas o arquiteto e não o criador do universo físico.
Em outras palavras, a criação não ocorrera ex nihilo (do nada), o gnosticismo era a versão cristã dessa idéia grega. Nosso querido combatente da fé sucumbiu aquele sofisma. Eeeeeeeeee Irineu!
A doutrina da criação afirma que o mundo material foi criado por Deus e era essencialmente bom, apesar de ter sido posteriormente corrompido pelo pecado.
Hoje vivemos um gnosticismo as avessas, a teologia da prosperidade enfatiza tanto a riqueza mundo material em detrimento da riqueza celestial que muitos Irineus que antes defendiam de forma brilhante a sã doutrina estão hoje pedindo dinheiro na mídia.
Quem dá mais novecentos e onze reais?
Irineu, Irineu cuidado Irineu!
Pr. Stenio Verde
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