Artigo:RÉQUIEM PARA O AMOR SEPULTO – A GENTE DIZ, LÊ, PENSA, ABSORVE E ENTENDE COMO DIVULGAÇÃO DO CONHECIMENTO

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Inúteis são os prantos por amores já sepultos…

REQUIESCAT IN PACE

 

Prantos inúteis nas vãs e tristes despedidas

Dos perdidos amores que já não voltam mais.

Caminhos já percorridos, fechadas as saídas

Todos os corações vazios de amor, certezas tais!…

Deixem-me morrer na dor e na tristeza… Viver jamais!

 

Prantos inúteis, amargor e dores desmedidas

Todas envoltas nas brumas dos tempos invernais,

Amores sufocantes de primaveras já esquecidas

Emoções mortas, oh! Dores amargas e desiguais!…

Deixem-me morrer na dor e na tristeza… Viver jamais!…

 

Prantos inúteis, dores ferais tristes e sentidas

Lembrar em vão, os sonhos que não voltam mais,

Sonhos sombrios e loucos, paixões empedernidas

Tristeza infinita de sofrer por coisas tão banais!…

Deixem-me morrer na dor e na tristeza… Viver jamais!

 

Prantos inúteis, sentir paixões enlouquecidas

É querer todos os princípios sem os seus finais,

Querer no mundo mudar coisas já estabelecidas

Amores perdidos não gritem não me enlouqueçais!…

Deixem-me morrer na dor e na tristeza… Viver jamais!

 

Prantos inúteis, sofrer pelas paixões perdidas

Só a dor a nos pungir nos percursos infernais,

O desamor cobre a alma com suas chagas doloridas

Desatinadas dores, ferem-me com tormentos bestiais!

Deixem-me morrer na dor e na tristeza… Viver jamais!

 

Prantos inúteis, por obscuras esperanças decaídas

Ser ou não Ser? Sem amor e com desamores tão brutais,

Não estanquem o sangue das minhas chagas e minhas feridas

O último canto do amor nos fere a alma com versos mortais,

Deixem-me morrer na dor e na tristeza… Viver jamais!

 

 

Numa madrugada de imensa solidão, e tristeza infinita.

Vitória da Conquista,Ba. – 13 de novembro de 2006

Edimilson Santos Silva Movér