A resistência popular não permitiu e as duas imagens participam do cortejo. O Caboclo vestido como guerreiro, matando a serpente com sua lança, e a Cabocla Catarina acolhendo o português Diogo Álvares Correia, o Caramuru.
O 2 de Julho sempre foi tenso em Salvador. As comemorações, durante o Império, incluíam o que os soteropolitanos chamavam de “mata-marotos”, ou saques às casas dos portugueses.
Na República, as elites baianas chegaram a retirar os caboclos do desfile, mas sempre que isso acontecia a população não participava da festa, que se esvaziava, organizando o desfile em outras datas.
Nas comemorações do centenário, em 1923, os caboclos não desfilaram. Para que a festa não se esvaziasse, colocaram no cortejo a imagem do Senhor do Bonfim.
Apesar da pressão, a tradição popular resistiu ao longo dos anos e os caboclos continuam a desfila rno 2 de Julho. “Chorar no pé do Caboclo” tornou-se jargão do baianês para representar uma reclação ou queixa.
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