Erro do piloto pode ter causado o acidente que matou Lech Kaczynski
Os pilotos do avião que caiu neste sábado (10) em Smolensk, matando o presidente da Polônia, Lech Kaczyinski, 60 anos, ignoraram as instruções dos controladores aéreos russos. A afirmação é do subcomandante do Estado-Maior das Forças Aéreas russas, Alexander Alyoshin, citado pelas agências de notícias locais. No acidente morreram 96 pessoas, entre elas a primeira-dama, Maria, e mais de 80 autoridades do país.
O avião caiu às 10h50 no horário local (2h50 no horário de Brasília), perto de uma pista de pouso que fica na periferia da cidade de Pechersk, a alguns quilômetros de Smolensk.
Alyoshin declarou que os pilotos posicionaram o avião de maneira incorreta para o pouso.
– A uma distância de 1,5 km [da pista], o grupo de controle aéreo detectou que os pilotos haviam acelerado a descida estando abaixo do nível de aproximação (determinado para a pista).
Depois, o militar descreveu a como os controladores tentaram corrigir o erro.
– [O chefe dos controladores] ordenou, então, à tripulação que retornasse a um voo horizontal nivelado e, ao verificar que as instruções não estavam sendo obedecidas, determinou várias vezes que pousassem em outro aeroporto.
Mas, segundo o Alyoshin, a ordem não foi cumprida.
– Lamentavelmente, prosseguiram a descida que terminou em tragédia.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores informou, em um comunicado, que a aterrissagem ocorreu “em condições de névoa espessa”. A suspeita é que o acidente tenha sido causado por um erro do piloto, informou a agência RIA Novosti, citando fonte das forças de segurança russas.
Segundo a agência Interfax, as autoridades russas propuseram à tripulação polonesa o pouso em Minsk ou em Moscou, devido à névoa, mas o piloto preferiu descer perto de Smolensk.
O acidente ocorreu quando o piloto tentava aterrissar pela quarta vez, diz a Interfax. A televisão russa divulgou imagens dos restos do avião espalhados por um bosque – nas quais era possível ver os fragmentos em chamas do aparelho.
O presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, e o primeiro-ministro, Vladimir Putin, prometeram investigação minuciosa sobre as causas do acidente.
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