Apesar do Estado ocupar a segunda colocação como produtora de carne de frangos na região Nordeste e décima no ranking nacional, com 150 milhões de aves, ganhar o mercado externo ainda é um sonho distante para os produtores baianos.
Hoje a produção interna da Bahia é insuficiente para atender o volume de carne consumida no estado. De acordo com a Associação Baiana de Avicultura (ABA), 40% da carne consumida aqui vem de outros estados brasileiros.
Ainda de acordo com informações da associação, apenas um frigorífico baiano tem habilitação para exportar o produto. “A tendência para os próximos anos é de um aumento expressivo em nossa produção. Toda a atividade já se adequou às mais rigorosas exigências técnicas”, diz o secretário executivo da ABA, Guilherme Vieira Augusto.
Nos últimos doze anos, a atividade apresentou uma expansão de 278%. Em 2000, o número de frangos para abate alojados na Bahia era de 29 milhões. No ano passado, este volume chegou aos 144 milhões de animais e a expectativa para este ano é de 150 milhões.
Atualmente, o estado conta com nove abatedouros de aves, sete com selos de inspeção estaduais e dois com selos federais de operação.
Agroindústrias – De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Agricultura do Estado (Seagri), o governo vem buscando atrair investimentos para ampliar o número de granjas, atualmente estimado em 4 mil unidades pela ABA. “Nós temos a matéria-prima suficiente para desenvolver a atividade”, afirma o secretário Eduardo Salles através da assessoria de imprensa.
Ele lembra o volume de grãos produzidos anualmente na região Oeste da Bahia. A ração à base de milho é fundamental para desenvolver a atividade. “É importante atrair novas indústrias para transformar essa matéria prima (milho) em proteína. Há espaço para aumentar a produção de frangos”, destaca. A avicultura emprega 80 mil pessoas no estado.
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