Bahia está em primeiro lugar no ranking de cobertura nacional de mamografia. Um estudo realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Mastologia, em parceria com a Sociedade Brasileira de Mastologia, analisou a porcentagem de mulheres entre 50 e 69 anos atendidas pelo SUS que fizeram mamografia no ano passado. Apesar de o índice nacional ter caído, a Bahia é o estado que mais realizou mamografias pelo SUS no ano passado, apresentando uma cobertura de 33,8%.
Segundo a pesquisa, para atender as mulheres na faixa etária preconizada pelo Ministério da Saúde para fazer o rastreamento do câncer de mama, deveriam ter sido realizadas 11,5 milhões de mamografias no país. No entanto, apenas 2,7 milhões foram feitas, uma cobertura de 24,1%. O Brasil tem quase cinco mil mamógrafos. “Não faltam equipamentos, mas gestão. Cerca de 5% dessas máquinas estão fora de uso, uma parte delas também não funciona o período integral porque faltam técnicos, faltam radiologistas para dar laudo. Quem paga por essa desorganização são as mulheres”, apontou o coordenador da pesquisa, Ruffo de Freitas Júnior, professor da Universidade Feral de Goiás e presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Segundo o jornal Extra, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rotina seja feita a partir dos 50 anos, a cada dois anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), indica que o exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos. “Isso significa que, se fôssemos ampliar a abrangência do estudo, o cenário é ainda bem mais complexo, desesperador”, diz o presidente da SBM, Antônio Frasson, que também acrescenta que o acesso é uma dar principais bandeiras que os mastologistas têm levantado durante os últimos anos.
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