Desafio principal da atual direção é fazer com que o futebol rubro-negro decole, algo que não aconteceu nas últimas três temporadas, principalmente no Brasileiro
Sem dar chances aos adversários, Eduardo Bandeira de Mello se reelegeu, na noite desta segunda-feira, presidente do Flamengo para os próximos três anos – 2016, 2017 e 2018 -, em votação realizada na sede do clube, na Gávea. Com pauta de boa saúde financeira e redução de dívidas em seu primeiro mandato, o líder da Chapa Azul conquistou vitória folgada. Arrebatou 1.632 votos, contra 834 de Wallim Vasconcellos, da Chapa Verde, e 259 de Cacau Cotta, da Chapa Branca. Foram 14 nulos e 14 em branco.
– Não preparei nada, não (discurso). Em nome de todo o grupo, quero agradecer e falar em nome deles. Essa vitória é deles e não minha. Quero agradecer muito a todos os sócios do Flamengo por me darem mais três anos para seguirmos na jornada de recuperação do nosso Mengão. Não poderia deixar de agradecer à minha família. Meu pai, minha mãe, filhos, irmãos, sogro e sogra, sobrinhos. Quero agradecer a essa massa de militância. A Chapa Azul não tem essa de ter o melhor callcenter, mas tem essa massa aqui. Isso não perde eleição. É impossível perder eleição assim. Muito obrigado a todos os nossos apoiadores. Não vou nem falar o nome de todo mundo. Brigadão! Saudações Rubro-Negras!
Não foi apenas o presidente que tocou muito na questão política após a vitória. Membros do SoFla (Sócios pelo Flamengo), principais apoiadores da candidatura do mandatário reeleito, gritaram “recordar é viver, SoFla acabou com você”. Também fizeram uma paródia de uma provocação dos flamenguistas à torcida do Botafogo.
O grande desafio agora é fazer com que o futebol, enfim, engrene. Para triunfar no carro-chefe do clube, a aposta é no técnico Muricy Ramalho. Apesar das conquistas da Copa do Brasil (2013) e do Carioca (2014), o desempenho ruim no Brasileiro marcou a gestão negativamente. Sua melhor colocação foi registrada no ano passado – 10ª. Em 2013, o Fla foi 16º e em 2015, 12º.
Administrador de 62 anos, Bandeira de Mello entrou na vida política do Flamengo quase que por acaso. Colega de Wallim no BNDES, Bandeira teve de substituí-lo nas eleições passadas após o antigo aliado ter sido impugnado, situação que se estendeu ao seu vice, Rodolfo Landim. Em 2012, Bandeira conquistou vitória com larga vantagem, arrebatando 1414 votos de 2675 válidos – 52,85%. Foi seguido por Patrícia Amorim, sua antecessora, que registrou 914 votos (34,16% dos válidos). Jorge Rodrigues, com 347 votos (12,97% dos válidos), terminou na terceira colocação.
Globo Esporte
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