A semana na Câmara Municipal de Vitória da Conquista (CMVC) começou com uma discussão sobre o associativismo nos bairros da cidade. A discussão aconteceu na manhã desta segunda-feira, 17, através de uma audiência pública, fruto da iniciativa do mandato do vereador Jorge Bezerra (SD).
Em seu pronunciamento, o vereador proponente da audiência, Jorge Bezerra explicou que a iniciativa de propor a audiência surgiu após perceber as dificuldades enfrentadas pelos presidentes de associações de moradores de vários bairros da cidade em conseguirem fazer com que as demandas dos bairros sejam atendidas pelo poder público.
Jorge Bezerra defendeu que haja um diálogo permanente da Prefeitura Municipal com os presidentes de associação de moradores. “Eu gostaria de solicitar ao Governo Municipal uma agenda permanente com os presidentes de associações, independente de siglas partidárias”, cobrou o parlamentar. Bezerra destacou também a importância da atuação do líder comunitário. “O presidente de associação é a pessoa mais próxima do povo”, disse ele.
Associações tiveram passado de sucesso – O representante da associação dos bairros Brasil e Cidade Maravilhosa, Aminadab Rodrigues, frisou que para ele o momento é desafiador para o associativismo. Em sua fala, destacou os serviços prestados por associações ao longo da história de Conquista, destacando as décadas de 1980 e 1990 como marcantes. Aminadab salientou que o segmento precisa de estímulo e apoio para atingirem a potencialidade que já teve no passado.
No passado, associações recebiam mais atenção – O ex-presidente da associação de moradores do bairro Kadija, Ranulfo Dias, lembrou que o associativismo é uma atividade importante presente em sociedades evoluídas, pois denota a organização da sociedade civil. Dias apontou que durante o governo de Murilo Mármore as associações de moradores tinham diálogo facilitado com o prefeito, com um dia por semana voltado ao atendimento dos presidentes de associações de moradores.
De acordo com Ranulfo, essa postura do Executivo Municipal fazia com que os bairros recebessem maior atenção do poder público, de modo que suas demandas era atendidas.
Poucos bairros possuem uma associação – A presidente da Associação do bairro Santa Teresinha, Maria Helena Lisboa, lamentou o pouco público na audiência e lembrou que o tema é fundamental para a melhoria das condições de vida nos bairros da cidade. Helena afirmou que poucos bairros possuem uma associação, ferramenta que, para ela, tem muito potencial na dinâmica das demandas sociais, sobretudo na reivindicação de projetos e ações como asfaltamento de ruas, creches, escolas, lazer e saneamento. Em sua fala, pediu que a Prefeitura Municipal, independente de política partidária, dê atenção às demandas das associações. Sobre seu bairro, solicitou asfaltamento de ruas e manutenção do posto de saúde, da escola e creche existentes.
Falta respaldo da prefeitura – O presidente da Associação de Moradores do Bruno Bacelar, Marcelo Alves, reclamou da demora ou mesmo ausência de resposta da gestão às demandas da entidade. “Muitas vezes ficamos esquecidos. A Prefeitura não dá nenhum respaldo pra gente”, disse. Marcelo afirmou que a associação quer que a prefeitura olhe “diferente pra gente, desse uma resposta, que sim ou que não”. O associado frisou que é na porta dos dirigentes dessas entidades que os moradores batem porque “confiam em nós, acreditam no potencial”. Entretanto, salientou que respostas à comunidade só acontecem com respaldo da prefeitura.
Dificuldade no atendimento – A presidente da associação de moradores do Morada Nova, Rosângela Gusmão, se queixou da dificuldade dos representantes em serem atendidos nas demandas de seus bairros. “Nós temos corrido atrás, mas não temos conseguido”, lamentou ela. Ela aproveitou para apontar a falta de estrutura do loteamento Morada Nova, com falta de pavimentação nas ruas. Segundo ela, o Executivo Municipal ainda está distante do loteamento, sem realizar ações de melhorias na localidade.
Rosângela destacou o caráter voluntário dos presidentes de associações de bairro pois não recebem salários, trabalhando com o único objetivo de buscar melhorias para os bairros, atendendo à população de toda a cidade.
F/Ascom Câmara
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