Raíza Tourinho l A TARDE
Este ano o Papai Noel não apareceu somente nos shopping centers. Para marcar a semana de luta contra a Aids, no último sábado, o Instituto Kaplan, em parceria com a empresa farmacêutica Abbott, enviou um Papai Noel às ruas do Pelourinho para divulgar a campanha “10 mitos e uma verdade: a Aids existe”.
O coordenador da ação, Claudio Nossa, afirmou que o Papai Noel é o jeito lúdico de chamar a atenção para os mitos da doença. “A conscientização é a melhor forma de prevenir e o personagem atrai as pessoas”, enfatiza.
Foi o caso de Cristiano Silva, que levou o filho Tiago para pegar o panfleto da campanha. “Tem que educar desde pequeno para prevenir”, comenta. A estudante Solange Santos, 35, achou a campanha uma boa iniciativa. “É importante, pois incentiva o uso do preservativo”, salienta.
Erros – “Você acredita em Papai Noel? Mas na Aids você deve acreditar”, afirma o folheto da campanha. “Os principais mitos em relação à Aids são propagados pelo preconceito e falta de conhecimento”, explica Cláudio Nossa.
Segundo dados do Instituto Kaplan é mito, por exemplo, a crença de que o HIV e a Aids são a mesma coisa (o HIV é o vírus causador da Aids, mas nem sempre ocasiona a doença) e que o sexo oral não transmite o HIV (é perigoso, principalmente se houver ferimentos na boca).
O folheto esclarece ainda que a Aids não pode ser transmitida pelo beijo – a saliva é pobre em células sanguíneas – e que quem tem o HIV pode ter filhos, já que o vírus não afeta a fertilidade, só exige cuidados durante a gestação.
Outros mitos também são perigosos, como a ideia de que um casal virgem não corre risco de pegar HIV e que quem tem parceiro fixo não corre o risco de ter o vírus.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), somente este ano foram diagnosticados 375 casos de Aids na capital baiana. Deste total, 227 são homens e 148 são mulheres. Geralmente, são jovens, em uma faixa etária que varia de 20 a 35 anos.
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