Doze escolas concorrem ao título; apuração começa a partir das 16h45. As seis melhores colocadas voltam a desfilar na Sapucaí no sábado (21).
Em seu retorno ao Grupo Especial, a Viradouro desfilou com o samba-enredo “Nas veias do Brasil, é a Viradouro em um dia de graça”, sobre a importância da raça negra na formação do povo brasileiro. A escola sofreu um pouco com a chuva e foi prejudicada também com falhas no som. O último carro entrou com uma das figuras de anjos negros com o braço danificado. Juliana Paes, principal musa da escola, veio logo na comissão de frente (leia o relato completo). MANGUEIRA
A Estação Primeira veio mais rosa do que verde para cantar as grandes mulheres da história do Brasil e da escola. O carnavalesco Cid Carvalho, que neste ano voltou para a Mangueira, preferiu um desfile mais tradicional e sem muitos futurismos. O abre-alas foi o destaque com uma escultura de 9,5 metros de um menino dormindo à sombra de um jequitibá. A verde e rosa enfrentou uma série de problemas e pelo menos três carros apresentaram contratempos (leia o relato completo). MOCIDADE
Na estreia de Paulo Barros na verde e branco, com um enredo que brincou com o “fim do mundo”, a Mocidade Independente de Padre Miguel apresentou um show de efeitos visuais, luzes de LED e fogo para tentar por fim ao jejum de 18 anos sem um título. A comissão de frente literalmente pegou fogo na avenida e ousou ao interagir com um casal de mestre-sala e porta-bandeira, cuja saia também ficou em chamas na avenida. Um carro repleto de peladões causou frisson. Outro destaque foi a alegoria em que dezenas de camas surgiam nas laterais com casais (até trios) de todos os gêneros. Em sua estreia no carnaval carioca, Claudia Leitte desfilou fantasiada de sol (leia o relato completo). VILA ISABEL
A Vila Isabel homenageou Isaac Karabtchevsky, maestro paulistano de 80 anos, em um desfile de superação do trauma de 2014, quando sofreu com falta de fantasias. A azul e branca teve a seu favor a trégua da chuva e fez uma apresentação marcada por carros de visual impactante. A comissão de frente teve bailarinos, alguns deles representando notas musicais, pulando em uma cama elástica. Sabrina Sato veio à frente da bateria, vestida de “Cisne Negro (leia o relato completo). SALGUEIRO
Consagrado na Mocidade com o estilo high-tech que marcou o carnaval dos anos 90, Renato Lage resgatou essa tendência no desfile deste ano. A comissão de frente usou um cobertor com centenas de luzes de LED que fazia projeções. O item pesa 100 kg e exigiu força e coordenação dos componentes da comissão. Outras alegorias tinham luzes estroboscópicas, efeitos holográficos, neons e espelhos. Além da rainha de bateria Viviane Araújo, que sambou e tocou tamborim, o elenco da novela “Império” desfilou pela escola vermelha e branca (leia o relato completo). GRANDE RIO
Última escola a entrar na Sapucaí, a Grande Rio apostou todas as suas cartas no baralho. As alegorias não chegaram a impactar, mas a escola trouxe um bom samba-enredo e fez um desfile colorido e divertido, repleto de truques e números circenses, terminando a apresentação dentro do tempo limite, sem contratempos. A grande cartada foi lançada já na comissão de frente com uma coreografia cheia de truques ao redor do universo de “Alice no País das Maravilhas”, incluindo até troca de roupa em plena avenida e momentos de ilusionismo (leia o relato completo). SÃO CLEMENTE
Primeira a desfilar, a escola da Zona Sul fez uma homenagem ao carnavalesco Fernando Pamplona (1926-2013), conhecido por seu trabalho no Salgueiro e pela renovação estética trazida aos desfiles. Em sua estreia na São Clemente, a carnavalesca Rosa Magalhães apostou num desfile cheio de assombrações, caveiras, mitos do folclore acreano que fascinavam Pamplona, e ícones do carnaval de rua. Já a bateria teve em sua frente Rafaela Gomes, de 16 anos, a mais jovem rainha deste ano no Grupo Especial (leia o relato completo). PORTELA
Com um enredo sobre os 450 anos do Rio, a Portela fez um desfile-ostentação, com direito a uma “Águia Cristo Redentor” se curvando diante do público e paraquedistas pousando em plena avenida com sinalizadores para anunciar a entrada da escola. Apesar de alguns problemas em evolução e alegorias, como o de um carro que desfilou com as luzes apagadas e sem chafariz, a azul e branca saiu da Sapucaí aos gritos de “é campeã”. A Tabajara, como é conhecida a bateria, tocou num ritmo frenético e contagiante, que levantou a arquibancada, e trouxe à sua frente, além da rainha Patrícia Nery, o cantor Carlinhos Brown (leia o relato completo). BEIJA-FLOR
A escola de Nilópolis resgatou neste carnaval a exaltação da cultura e a alma africana com um enredo em homenagem à Guiné Equatorial. A Beija-Flor optou mais uma vez pelo luxo e tradição para esquecer o 7º lugar do ano passado e voltar a sonhar com as primeiras colocações. A escola procurou deixar o polêmico regime político do país homenageado de lado e focou nas belezas do país, apresentando um desfile poderoso, de alegorias e fantasias impactantes e rebuscadas, com uma profusão de máscaras, carrancas, búzios, plumas, palha e sisal (leia o relato completo). UNIÃO DA ILHA
Com o enredo “Beleza pura”, a União da Ilha propôs uma discussão sobre a vaidade e o culto ao belo, de Cleópatra e Renascimento a selfies e malhação, em um desfile repleto de citações a histórias infantis e desenhos animados, com direito a personagens em versões plus size. A comissão de frente trouxe a atriz Cacau Protássio fantasiada de Branca de Neve. As alas brincaram com contos de fadas, teorias de filósofos, artes plásticas e moda, lembrando inclusive o “reino dos excluídos”, com Betty a feia, Corcunda de Notre Dame, Frankestein e o patinho feio. Um problema em um dos carros deixou um grande buraco na avenida, o que pode tirar pontos da escola (leia o relato completo). IMPERATRIZ
O fio condutor do carnavalesco Cahê Rodrigues, que começou como assistente de Joãozinho Trinta ainda adolescente, foi a África de Nelson Mandela, líder da luta contra o apartheid na África do Sul. A escola apostou numa África “pop” com fantasias e alegorias de cores flourescentes, inspiradas na arte africana. Uma das alegorias, que teve Eliza Lucinda e Antonio Pintanga, tinha luzes de neon coloridas. A jornalista Glória Maria também foi destaque, ao lado do jogador Zico, tema da escola no ano passado. A atriz Adriana Lessa também desfilou pela Imperatriz (leia o relato completo). TIJUCA
A atual campeã do carnaval do Rio encerrou o desfile do Grupo Especial com uma viagem pelos símbolos, personagens e lendas da Suíça. A comissão de carnaval, formada por Mauro Quintaes, Carlos Carvalho, Annik Salmon, Hélcio Paim e Marcus Paulo, mergulhou fundo na pesquisa sobre lendas da Suíça como a da flor edelweiss e do arqueiro Guilherme Tell. O país também foi lembrado pelas suas inovações tecnológicas, das caixinhas de música ao acelerador de partículas atômicas. O carnavalesco Clóvis Bornay, filho de pai suíço e lendário campeão de fantasias de luxo do carnaval carioca, foi a figura escolhida para ser o elo entre o Brasil e o país patrocinador do desfile. (leia o relato completo).
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