O volume de depósitos na poupança superou o de saques em R$ 2,327 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês desde 1995, o que foi provocado pela boa situação financeira das famílias e pelo fato de as cadernetas estarem se destacando em rentabilidade.
“Acredito que as famílias estão com a renda real mais alta, com maior capacidade financeira e uma disponibilidade maior de recursos”, afirmou o professor de Economia e Mercado Financeiro da Trevisan Escola de Negócios, Alcides Leite.
O resultado positivo da poupança foi alcançado justamente em um mês em que normalmente a situação financeira das famílias está mais complicada, devido às compras de final de ano e ao pagamento de impostos, como IPTU e IPVA.
Para se ter uma ideia, em fevereiro de 1998, a poupança registrou uma captação líquida negativa de R$ 3,183 bilhões e, em 2003, de R$ 1,607 bilhão.
Rentabilidade
Outro motivo para o resultado positivo da poupança é que seu rendimento – fixo em 0,5% ao mês mais TR (taxa referencial) – tem sido bom, se comparado com outras aplicação, que perdem em rentabilidade com a queda da taxa básica de juro.
Características da modalidade também se destacam: “ela tem uma liquidez grande e o investidor pode usar o recurso no curto prazo, para não perder valor real. Ela ainda tem
isenção de imposto”, destacou Leite.
De acordo com ele, a poupança deve continuar a ter resultados positivos nos próximos meses dependendo do movimento da taxa básica de juro. “Se ela subir, talvez os investidores migrem para a renda
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