O Ministério Público (MP-BA) vai pedir à Justiça que os 12 policiais militares acusados pela morte de sete pessoas no bairro do Pero Vaz, em março do ano passado, sejam julgados por um júri popular.
O promotor Davi Gallo Barouh disse, nesta segunda-feira, 7, durante depoimentos de parte dos acusados, que já possui provas suficientes para pedir a pronúncia dos réus (julgamento através de um júri composto por populares).
O tenente Raimundo Barroso, que comandava a guarnição da Rondas Tático Motorizadas (Rotamo), acusada de participar da ação que resultou na morte das sete pessoas, foi um dos PMs ouvidos nesta segunda, à tarde, na 2ª Vara do Júri Sumariante.
Também prestou depoimento o soldado Antônio Petrúcio. Os militares Jorge Batista e André Ricardo Gonçalves também estavam designados para ser interrogados, além de quatro testemunhas arroladas pela defesa.
O promotor disse que já existem provas nos autos suficientes para pedir a pronúncia dos 12 acusados. Mas o advogado de defesa dos PMs, Bruno Bahia, discorda. “Não existem provas de que foi uma execução. Os policiais se envolveram numa troca de tiros”, rebateu o defensor.
Mas o MP sustenta que os laudos periciais apontam que não houve troca de tiros. Peritos do Departamento de Polícia Técnica concluíram que os militares atiraram contra as vítimas sem que elas reagissem.
Marcelo Brandão l A TARDE
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