Representantes da Empresa Cidade Verde, e da ATUV – Associação das Empresas do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Vitória da Conquista reuniram-se com jornalistas, radialistas e blogueiros que atuam no município para expor a verdadeira situação enfrentada pela empresa e, consequentemente pelo sistema de transporte coletivo de Vitória da Conquista vivencia no atual momento. O evento aconteceu na sala de reuniões do edifício sede da ATUV, na manhã de quinta-feira, 14 de fevereiro.
A Cidade Verde sinalizou a possibilidade de não continuar dando suporte ao lote 2, deixado pela empresa Vitória, e entre outras medidas administrativas de contenção de custos, incluindo a dispensa de estagiários e funcionários contratados. Segundo a empresa, os itinerários que não estão cobrindo nem as despesas de combustível, principalmente aqueles os que estavam sob responsabilidade da Viação Vitória. Outro problema apontado foi a perda considerável dos passageiros de ônibus para as VANS, UBER e carros de passeio.
Enquanto o bate papo com os representantes da imprensa acontecia na sede da ATUV, auditores, técnicos e a direção Cidade Verde tentavam restabelecer um planejamento estratégico para cobrir os déficits que a empresa vem acumulando de forma progressiva na cidade.
Os representantes da empresa afirmam que o número de passageiros transportados diariamente caiu de forma expressiva, e a soma dos resultados no final do mês, não é o suficiente para cobrir os custos. Isso está obrigando a empresa a requerer aporte financeiro do grupo a qual faz parte para honrar seus compromissos com seus colaboradores e fornecedores.
As condições enfrentadas pela Cidade Verde estão incomodando os acionistas que cobram por resultados de eficácia e eficiência dos atuais gestores, no sentido de resguardar os compromissos estabelecidos com a permissionária e com a própria população, visando a desenvolver um serviço de qualidade e segurança, com a garantia do direito social ao transporte público.
Segundo dados apresentados pela empresa, existem 450 vans que ainda não foram regulamentadas pela Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista; 1.200 UBERs e cerca de 350 carros de passeio que pegam passageiros na Vila Serrana e viaduto da Régis Pacheco, no centro da Cidade – o que estar quebrando o sistema de Transporte Público de Vitória da Conquista.
A soma de todos estes veículos que atuam de forma clandestina na cidade reflete na perda de passageiros. “unindo três linhas em uma não está dando meia linha. Unindo as linhas perimetrais, somadas dão menos de um passageiro por KM ou IPK (Índice de Passageiros por Km), que deveria ser 1.6 passageiros. Três linhas juntas não da 1 passageiro por Km.”Em resumo o que se pode constatar, dadas as evidencias desse momento crítico em que a única empresa que opera na cidade estar sofrendo, demonstra-se, portanto, a necessidade da resolução da situação de forma urgente urgentíssima.
O poder Executivo, que é o permissionário, precisa assumir as suas responsabilidades e encarar a realidade e não medir esforços para resolver o problema. Ao invés de se fazer de vítima e buscar culpados, deveria buscar soluções nas instâncias que se fizerem necessárias para resolver a situação.
Comendador Gildásio Amorim Fernandes
Deixe seu comentário