por Mauricio Leiro / Matheus Caldas
Pré-candidato do PDT à presidência da República, Ciro Gomes defendeu a administração de ACM Neto, à frente do DEM. Na visão do pededista, que concedeu nesta quinta-feira (10) entrevista coletiva a veículos de imprensa na Bahia, a situação vivida pelo ex-prefeito de Salvador, presidente democrata, só não é vivenciada no PT, onde, na visão de Ciro, apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a palavra final.
Ciro se referiu a problemas enfrentados por Neto desde o início do ano. Atacado sistematicamente pelo ex-ministro da Câmara e ex-aliado Rodrigo Maia (leia mais aqui), ele também viu o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, deixar o DEM para se filiar ao PSDB – este movimento, inclusive, fez com que Neto criticasse o governador paulista, João Doria (PSDB) (leia mais aqui).
“O ACM está administrando uma situação complicada na casa dele. Ele tem um pedaço do DEM aderido ao Bolsonaro, e Bolsonaro quer tomar um DEM. Neto tem esse primeiro flanco. O Dória pegou o vice-governador e filiou ao PSDB. Quer ganhar o DEM por fora e criou grandes tensões. O Rodrigo Maia leu errado o esforço de Neto de procurar a unidade e rompeu de forma agressiva e gerou tensão”, analisou.
“É normal no momento. Todos os partidos, à exceção do PT, que Lula manda e todos calam. Não tem uma fala, uma discussão. São de esquerda porque são, mas zero ideia”, acrescentou.
Ele ainda afirmou que respeita a possibilidade de o DEM, em vez de apoiá-lo em 2022, lance o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta como candidato ao Palácio do Planalto.
“Há uma pretensão do DEM de Lançar Mandetta. Não gosto de invadir a casa alheia, pois assim acho que se faz política. Lula está destruindo o PSOL, o Freixo, o Boulos. O velho Lula de sempre que conheço, que repete coisas vergonhosas”, criticou, apesar de admitir que os partidos mantêm diálogo (leia mais aqui).
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