Assuntos como violência de gênero, racismo, intolerância religiosa e oportunidades na gestão pública serão discutidos, até a próxima sexta-feira (13), no Gran Hotel Stella Maris, em Salvador, durante a 4ª Conferência Estadual de Política para as Mulheres.
O evento foi aberto, na noite desta quarta-feira (11), e teve a presença de autoridades e representantes de entidades civis. Esta edição é realizada pela Secretaria de Política para as Mulheres do Estado (SPM), em parceria com o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM).
‘Mais direitos, participação e poder para as mulheres’ é o tema da conferência. No evento vai ser votado um regulamento com base em quatro eixos temáticos. Uma deles refere-se à contribuição dos conselhos dos direitos da mulher e dos movimentos feministas para a efetivação da igualdade de direitos e oportunidades para as mulheres em sua diversidade e especificidades.
Os outros eixos são melhores estruturas institucionais e políticas públicas desenvolvidas para mulheres no âmbito municipal, estadual e federal; a construção de um sistema político com maior participação de representantes femininas; e novas recomendações para o Sistema Nacional de Política para as Mulheres.
Desafio século 21
“Esse é o desafio do século 21. Nós ainda vivemos em uma cultura patriarcal, que indiretamente autoriza todos os tipos de violência contra a mulher. Isso desde a discriminação salarial até à violência física. Isso é muito preocupante”, disse a secretária de Política para as Mulheres, Olívia Santana.
Ela afirmou ainda que “estamos lutando contra tudo isso. A mulher tem que continuar buscando seu espaço na sociedade, inclusive nas estruturas que tomam as decisões, como o Congresso [Nacional]”.
As demandas aprovadas na Conferência estadual serão apresentadas como propostas na 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, marcada para março de 2016.
Ainda nesta semana, serão eleitas as 157 delegadas que representarão a Bahia no evento em Brasília, no próximo ano. A expectativa é que, em apenas três dias, passem pelo Gran Hotel Stella Maris cerca de 1.300 mulheres de diversas partes da Bahia baiano para participar das decisões.
“As propostas vão subsidiar o debate nacional. A Bahia vai fazer toda a diferença nesse processo. Essa diversidade mostra a cara do Brasil. Essa já é a 4ª Conferência, e pode até parecer uma repetição desnecessária, mas não é. Na verdade é um aperfeiçoamento. Temos necessidade de ampliar a democracia. Os temas que serão debatidos são justamente para enfrentar uma conjuntura que necessita de avanço”, afirma a secretária executiva de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Rosali Scalabrin.
Repórter: Leonardo Martins
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