Conquista acontece: Em entrevista, João Gabriel revela que show do FIB marcará sua trajetória musical

Para quem pensa que o cantor João Gabriel começou “ontem” na carreira artística, está enganado. Incentivado pela família, aos oito anos de idade o carioca já cantava em barzinhos e bailes em Niterói, cidade onde nasceu. De lá pra cá, com o apadrinhamento da dupla Leandro e Leonardo, ele teve a certeza que a música sertaneja era o seu estilo e já gravou seis discos ao longo da carreira.

 

No faro desses nomes que estão despontando no cenário musical brasileiro, os realizadores do Festival de Inverno Bahia decidiram dar um plus na grade de 2013 com uma atração a mais. João Gabriel encerra a noite de sábado (24) e promete fazer, junto com sua equipe, o melhor trabalho possível. “Tenho certeza de que este será um show inesquecível, que ficará marcado na minha trajetória”, revela o cantor sertanejo.

Confira abaixo entrevista na íntegra.

 

Festival de Inverno Bahia – Você começou bem cedo na carreira artística. Com quantos anos? Sua família sempre te apoiou?

 João Gabriel – Comecei aos oito anos cantando em barzinhos e em um baile da terceira idade que meus pais me levavam. Com certeza tive muito apoio deles desde sempre. Eles me faziam freqüentar locais onde estivesse rolando música ao vivo para que pudessem pedir que eu também cantasse. Assim, eu ganhava experiência nos palcos e matava a minha vontade já crescente de cantar em público.

 

FIB – Você é carioca e cantor sertanejo. A gente geralmente associa o cantor sertanejo à região centro-oeste do país. A música sertaneja te escolheu ou você escolheu a música sertaneja?

JG – As duas coisas. No carro, meu pai sempre escutou muita música romântica, mas principalmente sertanejo. Íamos para a fazenda dos meus avós, no interior do Rio de Janeiro, escutando canções sertanejas e eu cantava por cima do som. Em uma dessas viagens, a dupla Leandro e Leonardo se hospedou em um hotel perto de onde estávamos. Fomos ao hotel para tentarmos conhecê-los, já que eu sempre fui muito fã. No corredor, meu pai, em conversa com alguém da produção do Leandro e Leonardo, mostrava recortes de jornais que eu saía e este produtor pediu que eu cantasse uma canção da dupla. Comecei a cantar “Eu juro”, quando fui surpreendido pelo Leandro abrindo a porta do seu quarto na minha frente. Ele me convidou para entrar em seu quarto com a minha família. Lá ele puxou o violão e cantou comigo. Em seguida, me convidou para subir ao palco na cidade de Cordeiro (no Rio de Janeiro) e cantar uma música. Cantei duas e ali mesmo, no palco, recebi o convite para cantar no Canecão com eles. Dali em diante, aos nove anos de idade, tive a certeza de que a música sertaneja era o meu estilo.

 

FIB – Quantos discos gravados? Por gravadora ou produção independente?

JG – Hoje já são seis discos gravados. O primeiro pela MCA (Universal Music) aos 10 anos de idade. O segundo teve distribuição da Sony e os outros foram produções independentes.

 

FIB – Entre os sucessos gravados por você, tem Tuntitunti, que foi tema da novela Balacobaco. Como você classifica o ritmo da música?

JG – Acho que podemos dizer que pela energia e agitação da música, o Tuntitunti seria um “Baladão”. Mas, analisando a musicalidade, o ritmo é uma vaneira muito animada.

 

João Gabriel gravou clipe do Tunti Tunti com convidados especiais (Foto: Bruno Dantas)

 

FIB – Você curte um sertanejo mais tradicional? Quem são seus ídolos?

JG – Curto muito. Ouço bastante o Trio Parada Dura, Tião Carreiro e Pardinho, Chitãozinho e Xororó, Sérgio Reis, Roberta Miranda, entre outros. Meus ídolos são Leandro e Leonardo, Roberto Carlos, Fabio Júnior e Alexandre Pires.

 

FIB – Nas horas de lazer, qual tipo de música você curte?

JG – Sou muito eclético. Gosto de estilos variados, desde sertanejo de raiz, que ouço muito, até Cold Play e Jason Mars.

 

FIB – Para quem vai curtir o show do Festival de Inverno Bahia, vai ouvir o que? Como você monta o seu repertório?

JG – Organizo o meu show e meu repertório com minha equipe. Escuto a todos. Meu maior foco é agradar ao público, levar diversão e muita emoção para quem vai aos meus shows. Passo muito tempo interagindo com o público. No repertório, estão as músicas mais pedidas e escutadas pelo público, recordações de canções que se transformaram em hinos, além de canções minhas que tiveram destaque.

 

FIB – No mesmo dia que você se apresenta no FIB, tocam no mesmo palco Zélia Duncan, Titãs e O Rappa. Como é tocar para um público de Festival, é diferente?

JG – Deverá ser uma experiência diferenciada, mas estou me divertindo com esta nova oportunidade de levar o meu som também a pessoas que não se identificam com o sertanejo. O tempo de estrada como artista me deu um certo jogo de cintura (risos). Mas vai ser uma grande responsabilidade dividir o palco e a noite com estes grandes ídolos do nosso país e inclusive meus, que já fazem parte da história da música brasileira. Muito feliz em poder cantar também para o público deles.

 

FIB – Você está bem antenado com as redes sociais, em uma relação estreita com seus fãs. Qual a importância você dá à internet na sua carreira?

JG – A maior possível. A conectividade online e o imediatismo das informações fazem com que o nosso contato com o público possa ficar quase em tempo real, mesmo quando não estamos no palco ou dando uma entrevista ao vivo. As redes sociais são de extrema importância na carreira de qualquer artista hoje em dia. Essa proximidade com o fã, com o que ele pensa e quais são seus anseios faz com que o trabalho artístico seja lapidado a cada crítica, a cada avaliação que fazem de você. Isso sem falar na delícia que é receber o carinho deles todos os dias acompanhando e torcendo pelo nosso trabalho.

 

FIB – Para o público do Festival de Inverno Bahia,  o que você tem a dizer?

JG – Tenham certeza de que eu e minha equipe faremos o melhor trabalho possível, sempre pensando em vocês. Agradeço a linda recepção que tenho tido nessa linda terra do axé e de tantos os santos. Tenho certeza de que este será um show inesquecível, que ficará marcado na minha trajetória. Estou muito feliz com a receptividade desses baianos tão acolhedores, que têm se identificado com minhas canções, com meus shows e com a grande energia que quero trazer para esse povo.

 

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