O poeta, escritor e dramaturgo Esechias de Araújo Lima foi o grande ganhador da categoria Ensino Superior da 16ª edição do Prêmio Nacional Assis Chateaubriand de Redação. A premiação é concedida anualmente pelo Jornal Correio Braziliense. Lima foi condecorado pela crônica: A Viuvez da Palavra. Este ano, a premiação homenageou o poeta Carlos Drummond de Andrade. 12 redações de alunos do ensino fundamental, médio e universitário foram selecionadas entre os mais de 3,2 mil trabalhos inscritos. Em formato de crônica, ensaio ou conto, elas relataram, particularmente, vida e obra do escritor mineiro. Os três primeiros colocados de cada categoria — que representam sete diferentes estados do país — receberam prêmios em dinheiro. Juntos, somam a quantia de R$ 35 mil. Além disso, aqueles com residência fora de Brasília ganharam uma viagem à capital da República para receber a honraria. A solenidade de entrega foi realizada na manhã de ontem, no auditório do Correio Braziliense. Ganhadores das categorias Ensino Superior (Esechias Araújo), Ensino Médio e Ensino Fundamental. Bastante emocionado, Esechias Araújo Lima discorreu três páginas de um repertório sobre a importância da poesia para as gerações. Autor da crônica A viuvez da palavra, o baiano tomou a atenção dos presentes por mais de 10 minutos. “Esse prêmio tem um quê de ternura, chega a ser mesmo um afago a este senhor que não consegue perder a esperança inerente às crianças. É afago sim, a este homem que, por trabalho nômade, somente na madureza, estudante sazonal, pôde iniciar um curso superior”, revelou Esechias durante a fala. Aos 61 anos, ele afirma que somente depois de ter visto os filhos crescerem é que resolveu dar o pontapé inicial na vida universitária. “Quando outros estão em estágio de pós-doutorado, cá estou na reta final da minha graduação em Letras. Mas, depois de Deus, a poesia foi uma companheira inquietante, mas deliciosamente fiel”, acrescentou. Criada em 1987, a Fundação Assis Chateaubriand é voltada para os interesses educacionais e culturais do povo brasileiro. Entre muitas promoções de sentido educacional e cultural, a entidade realiza, anualmente, um prêmio de abrangência nacional que também leva o nome do patrono do Grupo Diários Associados. Segundo Esechias Araújo Lima, ele ficou sabendo do concurso em cima da hora, mas resolveu se inscrever. “Acontece que não tinha expectativa em ganhar, pela envergadura que esse prêmio tem. Eu já gostava de Drummond antes de participar. A poesia dele invade as pessoas, pela simplicidade, por falar de coisas prosaicas, do cotidiano. Quando escrevi a crônica, pensei: como Drummond morreu, as palavras ficaram viúvas. Ele conseguia manipulá-las de tal forma que elas conseguiam adquirir um novo significado. Tudo em Drummond é vinho eterno, então, foi fácil, de certa forma, falar sobre ele”, diz. Esechias Araíjo Lima também é autor de vários textos literários e peças premiadas como: Auto da Gamela, Henriqueta.
fonte: vc de conquista
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