Estudo da FGV encomendado pelo Sebrae mapeou principais áreas de negócios com o Mundial
Mapear oportunidades, identificar requisitos necessários para concretizá-las e capacitar pequenas e médias empresas tendo a Copa de 2014 como caminho para traçar esses objetivos. Com este intuito o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) lançou na manhã desta terça-feira (29), no Rio de Janeiro, “O Mapa das Oportunidades nas Cidades-Sede da Copa de 2014”.
O estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do Sebrae pesquisou nove setores da economia a serem explorados, nas 12 cidades-sede, que podem gerar oportunidades de negócios antes, durante e após o evento. Construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo, abrem a lista de setores prioritários que serão trabalhos pelo Sebrae. Os demais –comércio varejista, serviços em geral, vestuário, madeira, imóveis e agronegócios– serão trabalhados a partir de maio.
Os quatro setores, segundo dados do Sebrae, oferecerem 448 oportunidades de negócios (128 na construção civil, 98 no turismo, 117 na produção associada e 105 em tecnologia da informação) extraídas de uma lista de atividades nas quais essas empresas podem empreender com chances de sucesso. O serviço tanto pode ser de compras governamentais e negócios diretamente com o mercado, que, segundo o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, representam a maior parte das oportunidades. “Vamos identificar grandes obras, por exemplo, que necessitem de trabalho terceirizado, que é o grosso dos serviços, e focar neste nicho”, afirmou.
Segundo Barreto, cada cidade-sede irá identificar suas atividades promissoras, levando em conta as aptidões locais. O programa receberá até 2013 investimentos de R$ 79,3 milhões. Os recursos serão aplicados em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados.
Através do programa, o Sebrae trabalha com a ideia do legado, que consiste em permitir que as PMEs ocupem um espaço maior na economia, não só até 2014, mas no longo prazo. Segundo Barreto, atualmente 99% das empresas brasileiras são micro ou pequenas. Ele espera ver o PIB das pequenas e médias empresas crescer acima dos atuais 20%. “Em países como a Alemanha, a participação do PIB chega a 40%”, diz.
Segundo o Sebrae, haverá ainda seminários setoriais que irão contar com a participação de empresários (fornecedores e compradores de produtos e serviços), associações de classe, bancos de financiamento e outras entidades. Serão 12 encontros, um em cada cidade-sede, que devem começar no primeiro semestre, pelo Rio de Janeiro.
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