A corregedora-nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou
nesta segunda-feira ao G1 que recebeu com “surpresa” a decisão do
ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, de conceder
uma liminar que limita os poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ )
para investigar juízes suspeitos de irregularidades. Com a liminar
(decisão provisória), Mello se antecipou ao julgamento do caso pelo
plenário da Corte, que só ocorreria em fevereiro, após o recesso de
janeiro. “Foi uma surpresa para todo mundo. É uma decisão que seria do
colegiado e que foi antecipada. Imediatamente meus assessores me
passaram a informação. Estou lendo e avaliando”, disse. A ministra
destacou que a decisão é “provisória” e pode ser revertida pelo plenário
do Supremo. “Liminar é sempre uma decisão provisória. Vamos aguardar”.
Indagada se teria “esperanças” de que o colegiado revertesse a decisão
de Marco Aurélio, a ministra disse: “Não tenho perspectiva. O Supremo é
sempre imprevisível, como foi imprevisível essa liminar.” Em viagem à
Bahia, Eliana Calmon não quis emitir opinião sobre a decisão de Marco
Aurélio Mello. (G1)
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