DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR. Por Edimilson Santos Silva Movér

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Subsérie: Experiências cruciais dos humanos

 

(ANASTOMOSE CEFALOSOMÁTICA)

UM MÉDICO ITALIANO PROPÕE O TRANSPLANTE DE UMA CABEÇA PARA OUTRO CORPO, ESTE É O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO COM O NOME POMPOSO ACIMA! ISTO SERIA POSSÍVEL?

 

Por Edimilson Santos Silva Movér

 

PEQUENA INTRODUÇÃO A UMA ABORDAGEM FILOSÓFICA DO TEMA TRANSPLANTE, E DE SUAS CONSEQUÊNCIAS “MÍNIMAS” DIANTE DOS MÚLTIPLOS CONCEITOS HUMANOS DO “EXISTIR”.

Saibam que este ensaio desde já, será “ad hoc” uma mesclagem de alguns comentários que farei a respeito da “anastomose cefalosomática” proposta pelo Dr. Sergio Canavero, com os estudos sobre o meu eu interior, e farei esta mesclagem de forma velada e sutil. Assim! Forçosamente, neste sucinto ensaio, me referirei livremente aos estudos sobre a minha consciência. E naturalmente sobre a consciência de todos os animais que a possuam. Só entenderá holisticamente as implicações que esta cirurgia terá na estrutura do paradigma humano atual, aquele que entender o que seja esta “coisa” chamada de paradigma! Pois, é certo que, este inusitado procedimento, (cirurgia), intentado pelo cérebro humano, exigirá daquele que o pretenda entender, um “mínimo” de conhecimento do que seja este mesmo paradigma e o seu desenvolvimento ao longo da história da humanidade. Por outro lado, com relação à cirurgia, um procedimento desta magnitude, se bem sucedido, iria no “mínimo” alterar algumas crenças, princípios e valores criados pela própria espécie através dos últimos milênios. Para o homem comum, aparentemente, esta será somente mais uma nova cirurgia, mas, para o homem perspicaz, (como veremos neste ensaio), estes, serão uns dos procedimentos médicos que mais trarão mudanças nos velhos conceitos arraigados na sociedade humana. É sabido que o homem saiu do neolítico adotando o sedentarismo, e o fez em torno do VIII milênio (aC.). Entendamos que, só conseguiu adotar o sedentarismo, ao praticar a lavoura e a domesticar os animais em larga escala. Pois, só assim, o homem adotou o sedentarismo, e só depois de estacionar grandes agrupamentos humanos, é que lhes sobrou o ócio “tempo” e de posse desse tempo ocioso, ele conseguiu inventar a escrita. Conseguindo com a escrita acumular o conhecimento adquirido por sucessivas gerações! Surgindo realmente nessa época, a moderna sociedade humana. A partir destes procedimentos, com esta nova mudança de comportamento, ele estabeleceu novos valores, novos princípios e novas crenças que perduraram até o fim do sXV e início do sXVI. Então, nos séculos seguintes, com o advento do iluminismo, deu-se início à estruturação da ciência, entre o sXV e o sXX, havendo neste intervalo uma explosão de luz no saber humano. Neste período, desenvolveu-se e aperfeiçoou-se o saber! Com maior relevância nos setores da medicina, da química, da física, da astronomia, da matemática, da mecânica, etc. no sXIX, Maxwell, de posse das equações de Faraday desenvolveu as leis do eletromagnetismo. E segundo Einstein, foi o que nos possibilitou chegar simultaneamente a física relativista e a física quântica. Nestes seiscentos anos, ou seja, neste intermezzo, alguns destes antigos valores, princípios e crenças começaram a ser questionados! E alguns deles caindo em descrença foram abandonados! Perdurando até hoje em dia, somente aqueles que a episteme humana, já bastante desenvolvida, admitiu como leis científicas. Aqueles que a ciência não conseguiu entendê-los ou explicá-los são mantidos na imensa “gaveta das dúvidas”, como por exemplo: O que é a enteléquia humana? Qual é a sua origem e sua essência? O que é e, qual é a origem do universo como um todo? E também, o que seria a matéria escura e a energia escura existentes no cosmos, ambas, descobertas recentemente, mas, permanecendo até hoje como completos mistérios. E, sobretudo! O que existe depois da radiação de fundo? Desconhecemos até mesmo qual seria a essência da gravidade! Sabemos como calcular as interações gravitacionais e seus efeitos, mas, nunca se conseguiu comprovar a existência das partículas chamadas de grávitons, e o que estas partículas seriam? Além destes! Por toda existência humana perdura um número muito grande de questionamentos nunca elucidados, e que talvez nunca o sejam.

Vamos adiante! Segundo a paleontologia a duração das espécies animais no planeta normalmente alcança alguns milhões de anos, e no mínimo 2,5 milhões para sofrer uma grande transformação e se tornar uma nova espécie animal. A antropologia nos ensina que o primata que deu origem a espécie humana há 4,5 milhões de anos sofreu uma notável mudança, pois, nesta época sendo um animal quadrúpede transformou-se em um animal bípede. Ao tornar-se bípede teve os membros anteriores liberados, e que, com o passar dos tempos, suas extremidades (patas), se transformaram em ferramentas preênseis, (mãos), o que deu origem ao “homo faber”, este, ao fabricar ferramentas de caça, conseguiu aumentar sua ingestão de proteínas, o que viria transformar seu cérebro de poucos cm³ “no máximo, 400”, no cérebro atual de 1400cm³ condição “a priori e necessária” para transformá-lo no “homo sapiens sapiens” d’agora.

(1) INICIEMOS NOSSA ANÁLISE DA TÃO FALADA, DISCUTIDA E PROMETIDA ANASTOMOSE CEFALOSOMÁTICA.

Não posso deixar de chamar a atenção do leitor para o fato de que, um procedimento desta envergadura envolve todas as áreas da medicina. E, que só será tentado devido à existência do aparato tecnológico eletrônico médico moderno de suporte a vida. Naturalmente contando com os avanços na área dos transplantes, notadamente os da área da rejeição.

 

 

(2) A EXPERIÊNCIA.

Quando a experiência de um transplante de corpo ou de cabeça, “que isto seja somente um eufemismo”, for realizada com êxito! Nossas crenças, evidentemente serão postas à prova, quanto a premissa da existência do espírito. Isto esclarecerá se o espírito tem sua morada em todo o nosso organismo, ou se somente em nossa cabeça, ou mesmo se ele existe ou não! Ou talvez nossos espíritos (se é que existem!) não morem dentro de nossos organismos, e cheguemos a conclusão proposta pela Ressonância Mórfica do Rupert Sheldrake, de que nossos organismos é que têm sua morada dentro de nossos espíritos. (Este parágrafo de nº dois me põe diante de um de meus paradigmas! Onde digo e creio que o universo seria feito unicamente de dúvidas).

(3) O QUE SERÁ TRANSPLANTADO, O CORPO OU A CABEÇA?

Sobre o assunto, “transplante”! O que a mídia nos transfere, e o que nos propõe textualmente é o transplante de cabeça! Será  que o parâmetro tomado como mais importante seria o volume do órgão? Onde o de menor volume seria o transplantado?  Ora! Um corpo (mesmo vivo), sem a cabeça é algo secundário, se comparado com a importância de uma cabeça, (viva), tendo esta, um corpo deficiente, mas vivo! Portanto, transplanta-se o corpo para a cabeça e não o contrário, a pergunta é a seguinte! Quem é o doador? O dono do corpo, ou o dono da cabeça? Quem permanecerá como “Ser” depois da cirurgia, creio que será o dono da cabeça! Será que isto encerra a discursão? Quem vai continuar vivo, o dono do corpo ou o dono da cabeça? Quem continuar vivo com memória retroativa existencial, “com certeza” não terá sido o doador! Mas sim o receptor da doação. E então, será o cidadão resultante da anastomose cefalosomática. Entenda porém, que as pessoas responsáveis pela inserção destas noticias na mídia, são de uma burrice incomensurável. Ou será mero eufemismo utilizado para não tirar as esperanças dos familiares do dono do corpo já com morte cerebral diagnosticada? Não creio! Ora! Convenhamos! Nenhuma família doadora de um corpo seria tão simplória assim! E intuitivamente saberia que quem vai continuar vivo é o dono da cabeça. Que eles deem ao ato cirúrgico o nome que quiserem! Transplante de cabeça, ou transplante de corpo, nada mudará com relação ao cidadão resultante desta cirurgia.

(4) ESTABELECENDO QUEM É O RECEPTOR E QUEM É O DOADOR.

Bom! Esta experiência de transplante já está agendada, e já existe o receptor, que seria uma pessoa com o corpo em atrofia, mas, com a cabeça perfeita, (talvez, nem tão perfeita assim!). Faltando somente o doador do corpo, que atenda uma das muitas exigências básicas de tal procedimento. A primeira exigência é, que o corpo doado tenha sofrido morte cerebral irreversível, e naturalmente com um corpo perfeitamente apto a doação, e com a mais completa compatibilidade orgânica, entre doador e receptor.

(5) DATA DA OCORRÊNCIA CIRÚRGICA E O NÚMERO DA EQUIPE DE TRANSPLANTE.

O receptor do corpo já existe, é um simpático e sorridente senhor de origem russa de nome Valery Spiridonov, de 30 anos de idade, e que segundo se expressou, não tem pressa com referência a data para a operação, e nem tem medo, diz ele! O procedimento teve sua execução já pré-confirmada pelo neurocirurgião Sergio Canavero, do Grupo Avançado de Neuromodulação de um hospital de Turim na Itália. A cirurgia será realizada no mês de dezembro de 2017 na Universidade Médica de Harbin, na China. Portanto, daqui a dois anos. Esta doença chamada de Atrofia Muscular Espinhal, também conhecida como síndrome de Werdnig-Hoffmann, é uma doença genética degenerativa que impede os movimentos de todos os membros, com a exceção das mãos e da cabeça. Segundo o Dr. Sergio Canavero a equipe de transplante será em torno de cento e cinquenta pessoas altamente qualificadas, o sincronismo das ações cirúrgicas devem atingir ou estarem próximas da perfeição.

(6) ALGUMAS QUESTÕES FILOSÓFICAS E ÉTICAS.

Mas, agora vamos aos fatos que nos interessam, eu não sou mecanicista, nem materialista, nem mesmo “monista”, onde neste último, o nosso corpo material e a nossa enteléquia seria uma “coisa” só. Não vejo o homem como um ser “uno” em que sua enteléquia tenha origem na matéria de que o mesmo é constituído. Vejo grande verdade na teoria do Rupert Sheldrake, Caso alguém queira conhecer a teoria da Ressonância Mórfica pode acessar o site abaixo e traduzir o seu conteúdo. A tradução pode ser feita facilmente na própria internet, com o tradutor do Google. Acessar:  www.sheldrake.org

Nesta teoria se propõe o intrigante fato de que, não só o animal “homo sapiens sapiens” possua uma enteléquia com origem externa ao corpo material, através dela, (a teoria do Sheldrake), tomamos conhecimento da proposta de que os seres vivos, em seus distintos graus de evolução possuem uma central  de decisão externa. Esta central a teoria a denomina de ressonância mórfica. Diferentemente do monismo onde se propõe que nossa enteléquia ou espírito tenha origem interna, em algo material tipo “um cérebro” com um punhadinho de 100 bilhões de neurônios. Se esta cirurgia for realizada com sucesso, ficará demonstrado que a nossa enteléquia ou espírito não possui as qualidades apregoadas há milênios pelas religiões. Um feito desta envergadura praticado pela medicina será, e terá um grande significado dentro das áreas da neurologia, filosofia, psiquiatria, psicologia, e abalará principalmente a burrice humana, tendo a frente as religiões e a sua teologia, com suas crenças e proposições de que o humano é um ser único e completo, feito à imagem e à semelhança de Deus. As cirurgias de transplante têm nos demonstrado ao longo do tempo, que partes de nosso corpo convivem tranquilamente com, e em outros corpos e naturalmente com outros espíritos, (se é que eles existem). O tema “espírito” é complexo e pouco conhecido e, portanto, ainda não elucidado pela ciência, e nem mesmo pelas religiões. Mas, é bom lembrar que nas maiores universidades do planeta ensina-se uma ciência chamada de “psicologia transpessoal”, aquela do Stanislav Grof, que tem como fundamento maior, exatamente, as “memórias de vidas passadas”, o que seria destes ensinamentos? Qual o impacto disso dentro da ciência ortodoxa?

(7) COMPLICAÇÕES PREVISTAS E DECORRENTES DESTE TIPO DE PROCEDIMENTO MÉDICO.

Segundo a explanação do Dr. Sergio Canavero este procedimento, “anastomose cefalosomática”, terá num futuro muito próximo uma importância nem imaginada no momento. Por exemplo: poderemos clonar um corpo com material genético do próprio dono da cabeça, eliminando a rejeição porventura esperada, e, o mais importante, criando a possibilidade do rejuvenescimento completo de um organismo, (digamos com 60 anos), onde o corpo seria clonado e a cabeça seria rejuvenescida por um complexo de cirurgias plásticas. Ninguém citou! Mas, o problema maior reside nos cem bilhões de neurônios residentes no córtex cerebral. Como rejuvenescê-los?

(8) UMA NOVA VISÃO DA CIÊNCIA SOBRE O COSMOS E A VIDA.

Naturalmente algumas pessoas ligadas às ciências possuem uma visão atomista/mecanicista da existência, mas, temos que observar que outros cientistas ocupam dentro das grandes universidades do mundo posições de destaque, a maioria são MSc, PhDs e muitos possuem o Nobel. No entanto, quanto menor e mais sem importância as universidades, mais seus pares mais ilustres e em evidência, se pronunciam a favor do determinismo, do monismo, do mecanicismo e do atomismo. Não se pode, e não é aconselhável citar nomes, sob o risco de sofrer uma ação judicial pedindo indenização por danos morais, e “coisas e tais”. Para estes tipos de “Seres”, Pessoas do quilate de James Ephraim Lovelock, (1919-  ), Karl Ludwig von Bertalanffy, (1901-1972), Stanislav Grof (1931 –   ), António Rosa Damásio, (1944 –   ), Rupert Sheldrake,  (1942 –  ), são pessoas sem nenhuma importância. No geral, é muito difícil para pessoas sem importância perceber a importância das pessoas realmente importantes. O que seria do “holismo”! O que seria da ideia de que “gaia é viva”! O que seria da ideia de que todo no universo são sistemas! O que seria da ideia de que a mente humana possui memórias adquiridas noutros espaços e noutras vidas. Que seria da afirmação de que nós desconhecemos completamente o que seja nossa enteléquia! Estes cinco cientistas conhecem e defendem estes pontos de vista. Pontos de vista estes, que não são levados a sério por algumas pessoas ao redor do mundo. Por outro lado, qual seria a visão desses defensores do determinismo, do monismo, do mecanicismo e do atomismo. Frente à realidade da passagem de uma só partícula por duas fendas ao mesmo tempo nos experimentos da física quântica.

(9) ALGUNS QUESTIONAMENTOS E DÚVIDAS.

Surgirão muitos questionamentos, refiro-me aos suscitados por estes tipos de procedimentos cirúrgicos propostos pela medicina, é o esperado, sendo que estes questionamentos partirão da sociedade em geral, principalmente das sociedades religiosas, onde campeia a burrice e a falta de senso, e serão em grande número. Vou elencar uma pequena fração das questões que no momento me parecem mais lógicas:

  1. Qual dos espíritos terá prevalência como “Ser”, o do corpo ou o da cabeça, ou ambos? Será que a projeciologia já pensou nisso? Continua a questão! Se for um transplante de corpo, o cidadão resultante será o dono da cabeça? Ou o dono do corpo? Quem herdará a cidadania, Ora! Se for um transplante de cabeça, o cidadão é o dono do corpo? E quanto aos direitos de herança, serão da cabeça ou do corpo, ou de ambos? Proporcionalmente aos seus respectivos volumes.
  2. Quanto a direito de terceiros, a esposa do dono da cabeça terá direito a dormir com o novo corpo? Ou a esposa do dono do corpo é que terá este direito? Aqui não trato nem me refiro especificamente ao caso: (Valery Spiridonov).
  3. E se este “Ser” resultante da cirurgia se tornar bilionário com os direitos adquiridos com reportagens e filmes sobre o assunto da sua “anastomose cefalosomática”, quem serão seus herdeiros, os filhos do dono do corpo, ou os filhos do dono da cabeça? Se prevalecer o princípio do maior volume dos órgãos, os herdeiros do dono do corpo vão ficar ricos, dentro deste princípio se prevalecer a equanimidade percentual, a partilha será de 13% para os herdeiros do dono da cabeça e 87% para os herdeiros do dono do corpo, e estará resolvida a pendenga.
  4. É de se esperar, que os procedimentos cirúrgicos do quilate de uma “anastomose cefalosomática”, gerará hoje, e obviamente, gerará muito mais no futuro, será um vasto universo de implicações e questões na área do direito: Haverá no futuro, quando a técnica já estiver bem dominada, (digamos daqui a cem anos), uma grande procura por este tipo de cirurgia, “principalmente” por pessoa “ricas”, portadores de pênis pequenos! Ora! É só pagar a uma pessoa “pobre“, mas, bem dotada com um pênis de tamanho adequado, para fazer um transplante. Esta cirurgia será de via dupla, onde todo mundo sai vivo! É só trocar as cabeças dos dois corpos. A única implicação neste caso é requerer em juízo a autorização para os cartórios procederem as mudanças dos documentos dos dois cidadãos, como, as impressões digitais das novas identidades. Senão! Vai ser um deus nos acuda com tanto processo na área do direito civil, com relação aos direitos e deveres da cidadania, a área que mais vai gerar processos será a do (direito de herança). Surge aqui mais uma questão! Na realidade, o código civil terá que ser revisto em várias áreas. Creio que cada novo documento de identidade deverá constar o código do novo DNA do novo cidadão. Aí, vem mais uma questão! Código do DNA da Cabeça ou do corpo? Lembrar que ambos sofrerão transplantes, ambos serão receptores e doadores. Viu a confusão que vai ser! Ao que sei, as amostras de material para exame de DNA são retiradas da boca das pessoas. Vão ter que alterar o procedimento. Antes a neurologia deverá estabelecer se o DNA da saliva é oriundo da cabeça ou do estômago do corpo.
  5. Podemos prever que, com cérebros trocados, haverá em cada novo organismo, ao longo do tempo, a possibilidade do novo cérebro criar um novo código genético misto e específico para cada novo organismo. Agora surgiu uma nova dúvida! Quem estabelece e mantém o código do DNA dos organismos é o cérebro ou o sistema endocrinológico existente, “em sua maior parte” no corpo? Com a palavra a moderna genética. Mais uma dúvida, os novos “Seres” resultantes destes tipos de transplantes terão dois DNAs?
  6. O sistema de reconhecimento do cidadão no mundo é fundamentado na foto do rosto, na filiação e nos registros papiloscópicos. Ora! Os novos cidadãos resultantes destas “anastomoses cefalosomáticas”, embora resultem em somente um rosto! Terão dupla filiação? Pois, terão pais diferentes para as cabeças e pais diferentes para os corpos, como os códigos civis dos diversos países lidarão com este imbróglio? Pois, naturalmente as “mãos com os dedos” acompanharão os corpos nos transplantes. E os pais dos corpos e das cabeças continuarão existindo como pais de cada parte? Vixe mariquinha! Não esperava tanto imbróglio.
  7. Vejamos agora as implicações de uma “anastomose cefalosomática” simples, onde o dono do corpo é o “Ser” que sofreu morte cerebral irreversível. Neste caso, o doador do corpo, segundo a lei receberá um atestado de óbito de praxe. Ora! Tem algo de podre neste reino da Dinamarca! Como pode a lei estabelecer e aceitar uma situação de falecimento de uma pessoa, se 87 % dela continua viva, vivinha da Silva, ela vai continuar fazendo tudo que tem direito! Urinando, defecando, peidando, pois, vai continuar processando alimentos em seu estômago, tendo relações sexuais, e obviamente fazendo novos cidadãos para pagar impostos, embora, a contra gosto, mas pagando! Como é que a lei aceitará um atestado de óbito, “mesmo que assinado por um médico”, se o corpo do cidadão continua 87% vivo, e principalmente, fabricando novos cidadãos, obviamente, cidadãos estes, futuros pagadores de impostos! A repetição do nome dado à cirurgia, “anastomose cefalosomática”, é para todo mundo ir se acostumando, porque, se este procedimento cirúrgico der certo, “e eu creio que vai dar”, então, este termo médico vai ser o termo mais falado no planeta. Vai ultrapassar de muito, falar no nome daquilo…
  8. Conforme informações da neurologia. A cirurgia já foi testada em nossos “sabidos” irmãos macacos, a ligação da medula teve um resultado cem por cento positivo, houve pequenos problemas nas ligações de nervos, músculos, vasos, artéria e veias, (segundo a neurologia, todos tem solução). Chamei o nosso irmão macaco de “sabido”! Porque dizem, que macaco não fala de “sabido” que é. Pois, se ele falasse, lhes ensinariam a ler e a escrever, daí, seria um pulo para tirarem sua “carteira de trabalho”, e nunca mais nosso irmão macaco deixaria de trabalhar para o homem, seria um tal de “bater ponto” sem fim! Esta minha mente “escarafunchadoura”, levou-me a pensar, será que algum macaco falante se tornaria um bom cantor? Algo do tipo: Um novo Frank Sinatra, tipo, The Monkey The Voice, eu o imaginei de gravata borboleta, num palco, em plena Broadway, cantando New York New York. Seria o fino, seria a salvação da lavoura para meus irmãos macacos.

(10) A COMPLEXIDADE É INERENTE AO HUMANO.

Como disse: Pode-se notar que as questões suscitadas com estes procedimentos avançados da medicina serão sempre em grande número. Podemos observar que na realidade, o homem é uma complexidade sempre a criar novas complexidades, e isto é inerente ao humano. Por mais que ele tente criar simplicidades em detrimento das complexidades já existentes, ele tão somente e inadvertidamente cria mais complexidades. Tudo culpa da 2ª lei da termodinâmica. (Aqui, estou instigando o leitor à pesquisa). Ora! O homem sendo um sistema aberto, então, nada mais natural que isto seja uma “coisa” natural.

(11) ENTENDENDO O ANACONSCIENTE COLETIVO RESTRITO.

Existem outras questões relevantes a serem observadas e levadas em consideração dentro do escopo deste sucinto ensaio, em que abordo este tema do transplante de uma cabeça do animal da subespécie: “homo sapiens sapiens, já por si próprio, tão complexo e controverso. O desenvolvimento da ciência criada pelo cérebro do homem, parte da premissa de que existe independentemente da vontade e do conhecimento dos cientistas, uma multiplicidade de “propostas” que pairam no ar do universo da ciência aguardando uma definição final de qual a proposta que será tomada como entendimento da “verdade axiomática final”. Buscar no Google, o ensaio do Edimilson Santos Silva Movér:  Digite e, clique: A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DOS FALANTES. Leia o ensaio e, passarás a entender como essa evolução se processa ao longo do caminho evolutivo da sociedade humana.

(12) PRONUNCIAMENTOS DOS CIENTISTAS.

Cientistas das maiores Universidades do planeta, ainda hoje! São discordes quanto a uma infinidade de questões científicas. Vejamos o caso da conscienciologia (ciência moderna que se dedica ao estudo da enteléquia e do pensamento humano, e obviamente da sua consciência). Enquanto o Dr. Antònio Damásio da “University of Southern California, USA” nos diz que: – “É difícil encontrar um desafio mais instigante para um cientista”. Afinal, o que poderia ser mais fascinante do que conhecer o modo como conhecemos? – Eis como o Dr. António Damásio respondeu a esta pergunta de um repórter: – “O estudo da consciência humana é um campo da ciência à espera de um novo Newton?” – O problema da consciência é um tema complexo, que tem sido mal abordado. É evidente que é necessário avançar muito mais. Acho que meu livro “O Mistério da Consciência” traz alguns avanços importantes sobre o assunto, mas não devemos ter a ingenuidade de acreditar que tudo está resolvido. Há imensos problemas à espera de mais investigação e trabalho. Nos próximos dez ou vinte anos, talvez seja possível resolver boa parte deles. – Segundo outro grupo da conscienciologia, a existência de nossos pensamentos ou de nossa consciência teria como base, a tríplice estrutura com que são montados nossos sonhos, 1) a consciência, frente ao universo exterior e interior, 2) a nossa memória e 3) e ainda a nossa pouco estudada intuição! Isso é de uma lógica transcendental, qualquer pessoa comum, intuitivamente, percebe e sabe disso… E obviamente, através da nossa consciência analítica o percebemos. Sendo que nossa consciência diária, às vezes se replica em nossos sonhos de forma estranhamente real, como em todas nossas intuições e atos correlatos. (Nossos sonhos, que nada mais são, que outro grande mistério que permeia nossa existência). Qualquer de nossos sonhos possui assim, numa diferenciada dosagem, (consciência, memória e intuição!) Aqui o que nomino de consciência analítica! Seria nossa capacidade de analisar e comparar, o que acontece nos nossos sonhos com os atos pertinentes e “acontecentes” ao longo da nossa existência diária. Temos realmente esta ânsia de analisar e comparar! E o fazemos imediatamente e inconscientemente ao sairmos do sono e dos sonhos, isto, quando os recordamos. Talvez isto seja motivado pelo fato de que ao sonharmos, estejamos de certa forma, “inconscientemente conscientes”. Se você bem observar, mesmo nos sonhos recorrentes, não deixamos de fazer a comparação e a análise. Um observador perspicaz, nota de imediato que em nossos sonhos dentro do nosso “sono” construímos paisagens completas complexas e perfeitas, e até cidades completas, complexas e perfeitas, isto, arquitetonicamente falando! Como isto é possível? Se a maioria de nós, somos incapazes de desenhar a fachada do edifício em frente, ou mesmo fazer um esboço do nosso quarteirão! Ora! Deve existir latente dentro de nós uma consciência maior e abrangente a todo conhecimento existente no universo. A neurologia descobriu há tempos que: O sono é composto de ciclos, chamados de NREM e REM, ou seja, NREM (Non Rapid Eye Movement ou “Movimento Não Rápido dos Olhos”); e REM (Rapid Eye Movement ou “Movimento Rápido dos Olhos”). Sabemos que o ciclo NREM se compõe de 4  estágios, aqui só nos interessa o 4º estágio: Assim nos é descrito o estágio 4 pela neurologia: Primeiro vem 40 minutos de sono profundo, depois retornamos ao 3º estágio por cinco minutos, passamos ao 2º estágio por mais quinze minutos, e entra-se no sono REM. Este 4º estágio NREM do sono caracteriza-se pela secreção do hormônio do crescimento em grandes quantidades, promovendo a síntese proteica, o crescimento e reparação tecidular, inibindo, assim, o catabolismo. O sono NREM tem, pois, um papel anabólico, sendo essencialmente um período de conservação e recuperação de energia física. Ora! Qualquer estudante de medicina sabe que: O metabolismo é normalmente dividido em anabolismo e catabolismo, e que reações anabólicas são reações químicas que produzem a matéria orgânica nos seres vivos, que com moléculas simples sintetizam moléculas complexas com o consumo de energia sob a forma da ATP, o catabolismo e o anabolismo nos organismos precisam estar em equilíbrio dinâmico ou em estado de homeostase. Eis um dos motivos porque não podemos viver sem dormir, não importa se o costume foi adquirido devido ao ritmo circadiano adquirido por nossos organismos, temos que dormir para vivermos. Nestes simples fatos denota-se a sabedoria na estrutura dos organismos vivos sujeitos ao ciclo circadiano. Lá no fundo do sono mora um grande segredo da manutenção da vida. Esperamos que o cérebro do nosso amigo Valery Spiridonov, há trinta anos comandando o seu organismo com massa muscular específica, se adapte ao novo corpo, que com certeza terá massa muito maior que a do seu já tão atrofiado corpo. Faço votos para que a homeostase seja uma constante em seu novo organismo. Que assim seja!

(13) IMAGINANDO A MEDICINA DO FUTURO.

Nenhum homem, (atualmente), possui o dom de fazer previsões ou leituras acertadas do futuro, (arte ou ciência que chamamos de futurismo), mas, pelas propostas da medicina deste início de século XXI pode-se imaginar como será a medicina do século XXX. É de se esperar que todos trabalhadores braçais do futuro sejam androides. E que transplantes de cabeças para outros corpos e para máquinas seja algo corriqueiro, sendo feito no hospital da esquina do quarteirão.  Se tudo der certo! Será uma dúvida a menos no universo de dúvidas deste imenso universo feito de dúvidas. Pelo menos saberemos onde moram os espíritos, se nas cabeças ou se nos corpos. Se não der certo! Ficaremos sabendo que a “coisa” chamada de “anastomose cefalosomática”, foi somente mais um sonho do “homo sapiens sapiens.

(14) DEIXEI POR ÚLTIMO O QUESTIONAMENTO MAIS BANAL.

Num pronunciamento o Dr. Sergio Canavero tornou público o custo previsto para a anastomose cefalosomática a ser executada em dezembro de 2017. Ela terá um custo de 13 milhões de dólares, custo que segundo ele será custeado por grandes filantropos, como os donos da Microsoft, do WhatsApp e outros.

 

Edimilson Santos Silva Movér

Vitória da Conquista-Bahia

02/10/2015

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