Décimo sexto ensaio da obra 21
UMA DIVERTIDA PREVISÃO FUTURISTA, NADA MAIS QUE ISTO…
Este ensaio não é, e nem poderia ser uma real predição de eventos futuros, sendo tão somente um ensaio de um ensaio futurista, no entanto, devido à insensatez da atual humanidade as predições aqui delineadas são passíveis de acontecer. Ora! Partindo do pressuposto de que esta seja a quarta humanidade, então, esta não seria a primeira vez que uma humanidade desapareceria do planeta… O que denomino de CAOS é uma sequência de nefastos eventos climáticos resultantes da emissão de moléculas de CO2 lançadas para a atmosfera oriundas da queima dos combustíveis fósseis, e da queimada das grandes e pequenas florestas em todo o planeta. Que, em última instância é a “causa maior” do que chamam de efeito estufa. Não há como saber se o CAOS terá uma duração de 1, 5, 10, 20 ou 50 anos. A lógica nos indica que o início deste período turbulento se dará quando estivermos próximos do fim da queima das últimas reservas dos combustíveis fósseis. Portanto daqui a 30 ou 50 anos. Parte do que aqui está escrito não representa nem meus princípios nem minhas crenças, assim, este ensaio nada mais é que a resultante de uma projeção da análise da atual realidade climática planetária, transformada em uma predição, ou numa ficção, ou mesmo numa utopia…
O GOVERNO MUNDIAL.
Durante o CAOS sucumbirão todos os povos, nenhuma nação ficará de pé como nação organizada. Do que restar de todas as nações será instituído um Governo Mundial, com regras duríssimas, para conseguir controlar o caos social daí advindo. Eis algumas destas regras… Todos os povos terão uma única LÍNGUA, o planeta terá uma única MOEDA, serão extintas todas as BOLSAS DE VALORES, o CAPITALISMO será extinto para sempre da face do planeta, o crescimento das empresas será limitado e controlado pelo estado, ou não haverá estabilidade na economia, não haverá recalcitrantes, a população será submetida e otimizada à metralha, grandes computadores controlarão o planeta e sua economia, que será um misto de todas as experiências econômicas que a civilização que passou já inventou. Na terra, nos céus e nos mares, a liberdade será cerceada, aos homens foi dada toda a liberdade e não souberam usá-la. O CAOS assim o exigirá, após o CAOS a lembrança do CAOS estará para sempre presente na memória da humanidade, por isso todos se submeterão às novas regras. Todos erraram e sabem que erraram, portanto o novo governo não será imposto nem pela influência do clube BILDERBERG, nem pelos ILUMINATTIS, nem pela COMISSÃO TRILATERAL, nem tão pouco pelo CLUBE DE ROMA, (há uma grande probabilidade de que nenhum dos participantes destas sociedades de “pressupostos mandões” esteja vivo após o CAOS, e isto é uma simples constatação estatística). O Governo Mundial será imposto pela derrocada de todas as nações do planeta, o Governo Mundial será uma tentativa de salvar o que restou das nações e dos povos esfacelados pela fúria da natureza. Nem os mais pessimistas dos futuristas pessimistas seriam capazes de retratar os acontecimentos futuros. Não haverá tecnologia capaz de frear a natureza em pleno descontrole, dez anos de fúria do clima planetário reduzirá a nada, dez milhões de anos de paciente construção da natureza e do que a civilização construiu nestes últimos dez mil anos de desenvolvimento, das obras da civilização só restarão escombros e nada mais. Todos os sistemas de transportes serão irremediavelmente danificados em suas estruturas básicas, principalmente devido ao não uso por décadas, assim veremos as estradas em todo o mundo serem destruídas. Os aeroportos ficarem paralisados e a grande maioria deles se tornarem imprestáveis ou serem destruídos pela fúria da natureza. As aeronaves de todos os portes, dentro e fora dos hangares virarão um monte de lixo, todos os portos ao redor do mundo serão seriamente danificados, 100 por cento dos navios estarão nos fundos dos mares ou em cima dos cais. Restarão no planeta muito menos de cem milhões de seres, e todos em condições lastimáveis. Nenhuma nação sairá incólume, todas as máquinas governamentais paralisarão por falta absoluta de pessoal qualificado e de meios, (material humano e dinheiro), para funcionar, não subsistindo como organismos administrativos. Assim todos os governos deixarão de existir, todos os povos serão atingidos. Os sobreviventes não entenderão porque sobreviveram. Passarão décadas até que se organize um Governo Provisório. Numa assembléia geral do pouco que restar dos governos de todo o planeta será instituído unanimemente, como melhor solução, um Governo Mundial. A net será quase que totalmente destruída, e várias décadas após o CAOS será reconstituída, dois séculos serão necessários para se reorganizar a humanidade nos moldes atuais. Não haverá espaço para a religião, que por sinal será proibida para todo o sempre. Toda esta destruição foi fruto da insensatez, da ganância, do orgulho, e da falta de senso de uma humanidade falsamente religiosa. Os denominados pelos Céticos de néscios, loucos e idiotas, como: ambientalistas, futurólogos, cientistas, e homens de boa vontade; todos estes advertiram e gritaram! Só os Céticos não moveram uma palha! No sentido de mostrar às suas empresas poluidoras, o erro em que estavam incorrendo! A queima descontrolada dos combustíveis fósseis nos aniquilará, mas ninguém deixará seu veículo na garagem, inconseqüentemente ninguém deixou de consumir! Nos dias de hoje já possuímos mais de um bilhão de veículos. Da maior indústria do planeta restarão como testemunho da insanidade humana, 7 ou 8 bilhões de carcaças de veículos automotores paralisados por absoluta falta de combustível, se ainda restasse um litro de combustível, a insensatez humana ainda tentaria rodar com alguma destas velhas carcaças!!!… Daí advém a necessidade de um controle tão brutal do que restar da humanidade! Por não possuírem a índole de obedecer, nada mais restará fazer, a não ser submetê-los ao controle ou abandoná-los á própria sorte. A nova humanidade será uma sociedade de seres obedientes, a seleção será brutal e necessária, aos poucos se criará uma sociedade factível de conviver de forma pacífica com o novo meio ambiente, a duras penas restabelecido. Estabelecer-se-á uma dura maneira de estabilizar o crescimento demográfico, inimigo maior da perpetuação da espécie. A espécie humana aí então poderá ser chamada de espécie do “Homo Sapiens Sapiens” pois aprendeu a ferro e a fogo a saborear a sabedoria. Nunca entendi porque denominaram a espécie mais selvagem do planeta de “Homo Sapiens Sapiens”.
A RETOMADA DO CAMINHAR DO HOMEM E A RECUPERAÇÃO DA NATUREZA
Os meios pelos quais a estabilidade do crescimento será conseguida serão cruéis. Aos poucos, com o desenvolvimento da uma nova genética, humanizar-se-ão os métodos para se conseguir uma duradoura estabilidade demográfica. Após a grande “DERROCADA” tratada no ensaio XV. Decorridos dois séculos do início do Governo Mundial, já estarão extintas todas as línguas antigas, todo conhecimento adquiridos pelos antigos povos serão guardados nos bancos de dados para possíveis futuras consultas. Suas bibliotecas serão transcritas para a nova língua planetária os velhos escritos serão destruídos, nada do conhecimento antigo será perdido, mas será proibida de forma radical a criação de novas línguas, uma nova ciência genética cuidará de desenvolver seres com a capacidade de ler a mente humana, assim ficará como coisa do passado, os sete pecados capitais como a gula, a avareza, a inveja, a ira, a soberba, a luxúria e a preguiça, os filhos destes pecados, como a mentira, o engano, a usura e o egoísmo e os maus pensamentos, desaparecerão, pois, como todos lêem as mentes de todos, não haverá como enganar ninguém. Os homens sensatos da antiga civilização gritaram por décadas que a humanidade não poderia crescer indefinidamente e desordenadamente, mas a praga das “religiões” que os governos utilizavam como freio dos instintos bestiais dos homens impedia que se controlasse tal crescimento. Nesta nova sociedade, quando alguns grupos tentarem criar “religiões” estes grupos serão simplesmente condenados a deixar o planeta. Ninguém se arriscará a uma nova burrice. Como todos lêem os pensamentos de todos, será extremamente difícil, senão impossível criar novamente tal estultícia. A humanidade poderá e deverá crer no Deus Cósmico, impessoal, invisível, inalcançável, incognoscível e eterno criador da vida no Cosmos. Portanto, que não interfere com a vida dos seres que ele mesmo criou como parte do universo. Universo este, em que ele não interfere também… Não é tão difícil entender isto! Este regime aparentemente impiedoso durará pelo tempo necessário, até a completa recuperação da natureza. Serão necessários imensos esforços para que a nova sociedade recupere seu parque tecnológico, para poder com total segurança se desfazer da herança maldita de 50 mil artefatos nucleares. Durante trezentos anos a nova humanidade utilizará principalmente da energia renovável da biomassa, das fontes de energias hídricas e eólicas, pois, o pouco que restar dos antigos campos dos combustíveis fósseis serão lacrados para sempre. Cinco séculos após o CAOS o Governo Mundial instituirá, depois da completa recuperação da fauna e da flora terrestre e marinha, um projeto para ser seguido com todo o rigor, e se chamará plano BILHÃO, dentro de mais um século a humanidade terá permissão para atingir o patamar de um bilhão de seres, com o conhecimento científico recuperado e ampliado, a tecnologia do uso do hidrogênio estará plenamente dominada, sendo abandonado paulatinamente o uso da energia das hidrelétricas, da energia eólica, da energia geotérmica e principalmente da energia oriunda da biomassa.
AS TAXAS INFAMES
Neste ínterim o Governo Mundial se verá forçado a impor regras e taxas insanas, que atanazarão a vida de todos com as formas mais esdrúxulas de impostos que pudermos imaginar! Haverá a taxa da existência, e assim, pagaremos por existir. Cobrar-nos-ão uma taxa para podermos sorrir, outra para pudermos chorar por nossos amargores, só respiraremos se pagarmos uma taxa diária de ar, assim usaremos obrigatoriamente detectores de oxigenação do nosso sangue, assim poderão avaliar a quantidade de oxigênio que respiramos e inapelavelmente nos cobrarão por isso. Se amanhecermos com nossa conta bancária zerada, aí então ficaremos sem respirar até que a conta seja suprida. (Não sei como ficaremos sem respirar, possivelmente teremos “reservas técnicas” para suprir estas emergências). Ao abrirmos nossas janelas chips implantados em nosso organismo começarão a contar as horas e a quantidade de lux que recebermos direta ou indiretamente do sol durante o dia, ao fim do mês será descontado em nossos créditos bancários o custo das horas de luz em que fomos iluminados pelo astro Rei. Não sei se nosso peso corporal será considerado somente como o peso do nosso organismo, ou se levarão em conta também o peso de uma infinidade de chips que implantarão em nós desde a maternidade. Ao anoitecer os mesmos chips que contam a luz do dia contarão as horas em que desfrutamos da escuridão da noite, e até isto nos será cobrado. Nossos olhos terão instalados do seu interior chips que registram o tempo em que estivermos vendo as paisagens que nos cercam, e cada paisagem terá seu custo, um muro alguns centavos, uma serrania uns reais, uma cachoeira deslumbrante, muitos reais, uma floresta de ipês floridos é bom não olhar por muito tempo! E assim por diante. Raramente levantaremos nossos olhos à noite para olhar as estrelas, os chips que registram o tempo que olhamos as paisagens registrarão o tempo que olhamos as noites estreladas, e assim pagaremos por isso, e mais nossas contas diminuem. Ao olharmos para a lua cheia por algumas horas fará com que os nossos créditos cheguem a 0 (zero). Um olhar para a Lua Nova terá um custo menor, os quartos crescentes e minguantes custarão quase nada, assim ficaremos menos tentados a gastar nossos créditos olhando a Lua cheia! Satélites nos monitorarão por 24 horas, ao sairmos de nossas casas estaremos pagando a vil taxa de locomoção, pois andar consome mais oxigênio, para podermos reclamar teremos que pagar alguns créditos, esta será a taxa por ocupar e dar trabalho aos órgãos governamentais. Ao morrermos teremos que pagar a mais alta de todas as taxas, que é a taxa por parar de pagar taxas.
Muitos julgarão extremamente pessimistas e exageradas estas predições, no entanto, é possível que estas predições não representem nem um décimo do que está por vir!!!… Portanto não restarão nem dez milhões de sobreviventes e tão cedo não terão meios de implantar um governo mundial e nem tão pouco as taxas aqui preditas, estes dez milhões restantes serão de campesinos com alta capacidade de adaptação e de sobrevivência por longos períodos em meio-ambientes inóspitos, com baixíssima cultura científica, pois, dos citadinos tecnológicos sobrarão muitos poucos, a maioria sucumbirão à fome e às intempéries e a rudeza do meio ambiente. Passadas várias décadas, quando a nova humanidade começar a se multiplicar como ratos, pois, é o que mais sabem fazer. Os homens sensatos talvez nem criem o Governo Mundial, simplesmente todos os governos reinstalados implantarão as medidas aqui previstas.
No lugar da palavra imposto utilizei a palavra taxa, por ser mais palatável, pois todos pagam taxas aos bancos e poucos reclamam. Isto se deve a uma razão semiológica ou semântica!!!… Poucos reclamam das taxas.
Para um planeta habitado por “Seres” egoístas, estultos, sem visão, e inconseqüentes, onde prevalece a insensatez em todos os seus atos. Qualquer previsão futurista é permissível, e provável que aconteça…
Nunca entendi! Nunca entendi! Para que juntar tantas riquezas, particulares e nacionais, se todos contribuem para a construção de um futuro onde reinará o CAOS do CAOS, não entendo! Não entendo… Parece-me que toda a humanidade passou pela famosa caverna de Platão. Um dos temas mais fascinantes e fáceis para se escrever um ensaio é o futuro, pois, o tema não exige do autor muito compromisso com a realidade, futuro é futuro, portanto desconhecido, talvez devido a isso, este grande número de erros nas obras de que escreve sobre o futuro. Na década de 30 o escritor e filósofo inglês, Aldous Huxley nos brindou com a obra: Admirável Mundo Novo, um sucesso na época, pouco ou quase nada acertou. Já Geoffrey Hoyle no seu livro “2010 – Vivendo o Futuro”, um livro de futurismo tecnológico “muito acertou”. Por outro lado George Orwell no seu romance “1984” foi um desastre “nada acertou”. Na “A Terceira Onda” de Alvin Tofller, ele propunha que no futuro o principal capital seria o conhecimento (que seria a terceira onda), que “de certa forma” poderia ser utilizado e partilhado por todos! De “certa forma” ela estava certo. Teve também um futurista de Nome Hermann Khan, muito respeitado na área de estratégia, foi dele a proposta dos grandes lagos, nunca mais se ouviu falar dele. Diferentemente destes Senhores, minhas previsões futuristas estão estribadas na burrice humana, não escapa ninguém! Todos nós somos responsáveis pelo futuro da humanidade deste insubstituível planeta azul…
Vitória da Conquista, 25 de dezembro de 2008
Edimilson Santos Silva – Movér
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