Diante da constatação de que o novo coronavírus também manifesta sintomas não relacionados à pneumonia, a Academia Espanhola de Dermatologia e Doenças Venéreas (AEDV) associou cinco manifestações cutâneas ao vírus que provoca a Covid-19. No estudo, liderado por Cristina Galván Casas, os pesquisadores encontraram uma relação entre o tipo de complicação dermatológica e a gravidade da contaminação pelo coronavírus.
Segundo o El País Brasil, que verificou o artigo publicado no British Journal of Dermatology, o trabalho reuniu informações de 375 pessoas diagnosticadas com a doença durante duas semanas. Esses pacientes apresentavam alterações cutâneas concomitantes, sem uma causa conhecida. A partir disso, eles coletaram as informações sobre o estado de saúde das pessoas e fotografaram os casos.
Veja o resultado:
A manifestação mais frequente são as erupções máculo-papulares. Elas foram observadas em 47% dos casos e em pacientes graves. É um quadro semelhante ao de outras infecções virais.
Foto: Reprodução / El País Brasil
Na sequência, a manifestação mais observada é a formação de erupções que se parecem com geladuras nas áreas dos pés e das mãos. A nota explica que esse tipo de lesão foi detectado em 19% dos casos, em pacientes mais jovens e já nos estágios finais da doença, com duração de 12,7 dias. É um sintoma associado a um prognóstico menos grave.
Foto: Reprodução / El País Brasil
Também detectada em 19% dos casos, as lesões urticariformes estão associadas a casos mais graves. Elas aparecem, principalmente, no tronco ou espalhadas pelo corpo e geralmente produzem coceira intensa.
Foto: Reprodução / MSD Manuals
Menos frequente, as erupções vesiculares foram observadas em 9% dos casos. Ela estão associadas a uma gravidade intermediária e são mais frequentes em pacientes de meia-idade.
Foto: Reprodução / El País Brasil
Em menor grau, apenas 6% dos casos, se observou livedo-reticularis ou necrose por obstrução vascular, que são marcas na pele parecidas com uma rede. Elas são percebidas em pacientes mais velhos e mais graves, com taxa de mortalidade de 10%.
Foto: Reprodução / Repórter Beto Ribeiro
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