Saiba tudo sobre essa doença – http://www.aids.gov.br/
Segundo
levantamento do Centro de Atenção e Apoio à Vida Dr. David /Caav, a cada semana
são diagnosticados dois casos de HIV/AIDS em Vitória da Conquista e região. Em
2010 foram 91 casos e este ano, até outubro, foram registrados 83, sendo que
43% das pessoas diagnosticadas já estão com o vírus há cerca de oito anos.
Como o portador do vírus HIV não apresenta sintomas, a pessoa passa boa parte
da vida sem saber que está infectado; por isso, a importância da realização do
exame de HIV.
O objetivo do Governo Municipal é trabalhar a campanha de 2011 do Dia Mundial
de Luta contra Aids, que acontece em primeiro de dezembro, com foco principal
na testagem e com o tema: “Fique sabendo: faça o teste de AIDS”. Até o final do
mês várias ações serão realizadas.
A programação começou com a participação da equipe do Caav no evento 16 Dias de
Ativismo, em comemoração da Lei Maria da Penha, promovido pela Secretaria de
Desenvolvimento Social. Está sendo realizada hoje uma capacitação de teste
rápido de diagnóstico de HIV no auditório do Caav, para profissionais de
maternidade de municípios da região. O evento é promovido pela Coordenação
Estadual de DST/AIDS, LaçoSociaids e Prefeitura de Vitória da Conquista.
No dia 1º de dezembro será realizada uma Ação de Mobilização e Testagem de HIV
na Praça 9 de Novembro. No mesmo dia, a Equipe de Saúde da Família I do
Conveima também realizará teste e palestra para os usuários da unidade.
Laço
Vermelho: durante a campanha de 2011, Vitória da
Conquista fará a adesão ao Laço Vermelho, que é uma iniciativa do Departamento
de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, da Associação
Brasileira de Municípios/ ABM e do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre
HIV/Aids/ Unaids. Estes estão promovendo mobilização para que os 5.565
municípios do Brasil participem colocando laços vermelhos na cidade.
Este ano o Governo Municipal colocará quatro laços em pontos variados da
cidade. O laço vermelho foi escolhido como símbolo na luta contra a doença em
1991, em Nova York. Os autores inspiraram-se nas faixas amarelas que
condecoravam os veteranos da Guerra do Golfo. A cor vermelha expressa uma
relação com o sangue, o amor e a infecção pelo HIV. O símbolo foi criado como
forma de homenagear os mortos pela doença e também para ajudar na
conscientização sobre a seriedade da epidemia.
CAAV: localizado na Praça João Gonçalves, S/N, Centro, presta
atendimento multiprofissional especializado e assistência social a pessoas
vivendo com HIV/Aids e portadores de outras DST. O centro também realiza
campanhas educativas, distribuindo preservativos masculino e feminino, exames
de diagnóstico para HIV/sífilis e é polo formador para profissionais de saúde e
educação. Com atendimento integral sigiloso e humanizado, o Caav promove a
qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/Aids e atua na prevenção de novos
casos, principalmente com adolescentes e jovens. Em 2011, o centro distribuiu 550
mil preservativos e realizou 15 mil testes até o mês de novembro.
O que é HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo.
Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para
continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos
soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver
a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais
desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe
para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre
importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Biologia – HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae.
Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de
incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença,
infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do
sistema imune.
Veja também:
Tipos de exames
Os testes para diagnóstico da infecção por HIV são produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, e realizados gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento
(CTA) e em outras unidades das redes pública de saúde, incluindo um
grande número de maternidades. Ligue para o Disque Saúde (0800 61 1997)
e veja o melhor local para fazer o teste.
De laboratório
Teste Elisa
É o mais realizado para diagnosticar a doença. Nele, profissionais de
laboratório buscam por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente.
Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é
fornecido para o paciente. Caso seja detectado algum anticorpo anti-HIV
no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste
confirmatório. São usados como testes confirmatórios, o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o imunoblot. Isso porque, algumas vezes, os exames podem dar resultados falso-positivos em consequência de algumas doenças, como artrite reumatoide, doença autoimune e alguns tipos de câncer.
Nesse caso, faz-se uma confirmação com a mesma
amostra e o resultado definitivo é fornecido ao paciente. Se o
resultado for positivo, o paciente será informado e chamado para mais
um teste com uma amostra diferente. Esse é apenas um procedimento
padrão para que o mesmo não tenha nenhuma dúvida da sua sorologia.
Independentemente do resultado do exame, positivo ou negativo, o paciente é encaminhado ao aconselhamento
pós-teste – conversa com o profissional do CTA ou do posto de saúde que
orienta sobre prevenção, tratamento e outros cuidados com a saúde.
O Elisa é feito com uma placa de plástico que contém
proteínas do HIV absorvidas ou fixadas nas cavidades em que cada
amostra de soro ou plasma (que são frações do sangue) será adicionada.
Após uma sequência de etapas, em que são adicionados diferentes tipos
de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura óptica, em um
equipamento denominado leitora de Elisa.
De custo elevado, o western blot é confirmatório, ou seja, indicado em
casos de resultado positivo no teste Elisa. Nele, os profissionais do
laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da aids.
Para a realização do Western Blot, utiliza-se uma
tira de nitrocelulose em que serão fixadas proteínas do HIV. O soro ou
plasma do paciente é adicionado, ficando em contato com a tira de
nitrocelulose. Depois da adição de vários tipos de reagentes, o
resultado é fornecido por meio de leitura visual, pelo profissional do
laboratório.
Teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1
Também confirmatório, o teste de imunofluorescência indireta para o
HIV-1 permite detectar os anticorpos anti-HIV. Nele, o soro ou plasma
do paciente é adicionado a uma lâmina de vidro que contém células
infectadas com o HIV, fixadas nas cavidades. Após uma sequencia de
etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o
resultado é fornecido por meio da leitura em um microscópio de
imunofluorescência.
Teste rápido
Possui esse nome, pois permitem a detecção de
anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos.
Por isso, pode ser realizado no momento da consulta. Os testes rápidos
permitem que o paciente, no mesmo momento que faz o teste, tenha
conhecimento do resultado e receba o aconselhamento pré e pós-teste. O
teste rápido é preferencialmente adotado em populações que moram em
locais de difícil acesso, em gestantes que não fizeram o acompanhamento
no pré-natal e em situações de acidentes no trabalho.
Veja também
Dicas para aderir ao tratamento
Os serviços de saúde possuem equipe multiprofissional,
geralmente composta por médicos, psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos
e assistentes sociais, para darem resposta às dificuldades que possam
surgir ao longo do tratamento. Nesses lugares, há diversas atividades
que ajudam o soropositivo a seguir as recomendações médicas:
grupos de adesão, rodas de conversa e atividades de salas de espera.
Além disso, o paciente pode receber orientações sobre os remédios, alimentação e como lidar com os efeitos colaterais, em consultas com mais de um profissional.
Algumas atitudes tomadas dentro de casa facilitam a adesão do soropositivo:
- Porta-pílula: as caixas porta-pílula servem para
organizar as doses diárias ou de um período determinado (uma ou mais
semanas). São úteis em casos de viagem e quando se quer manter o sigilo
do tratamento. - Diário: anotar em um caderno cada dose tomada,
ajuda a não esquecer ou pular doses. É muito útil também para controlar
o aparecimento de efeitos colaterais e não esquecer as dificuldades e
dúvidas em relação aos remédios. - Alarmes: evita o esquecimento e ajuda a
estabelecer uma rotina para o uso correto dos medicamentos.
Despertadores, relógios de pulso e telefones celulares podem ser
programados.
Veja também
Deixe seu comentário