A ex-presidente Dilma Rousseff pode ter “furado a fila” do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para garantir sua aposentadoria um dia após sofrer o impeachment. De acordo com a revista Época, pouco depois da decisão do Senado de afastar a gestora, o ex-ministro da Previdência Carlos Eduardo Gabas foi a uma agência da Previdência Social e, com uma procuração em nome de Dilma, conseguiu obter o direito da petista de ter renda mensal de R$ 5.189,92, teto permitido pelo sistema previdenciário. A ex-presidente teve 40 anos, nove meses e dez dias contabilizados de contribuição – dos quais 13 anos foram em cargos do governo federal – e tinha acabado de perder seu salário de R$ 30.900. Segundo a Época, não havia agendamento no sistema do INSS que garantisse o atendimento dela nem de alguém com uma procuração em seu nome. A aposentadoria “relâmpago”, afirma a publicação, foi organizada pelo chefe da agência, Iracemo da Costa Coelho, em uma reunião reservada. O tempo médio de obtenção do benefício na Previdência é de 74 dias. Em resposta, Dilma e Gabas garantiram que não houve privilégio ou tratamento diferenciado e que a reunião já estava agendada há alguns meses, mas teve que ser adiada para um dia após o impeachment. A revista aponta que o processo para garantir a aposentadoria da petista teve início oito dias após o ex-presidente da Câmara dos Deputados, o ex-deputado Eduardo Cunha, aceitou o pedido de impeachment. Em apenas um dia, foram registradas 16 alterações na ficha laboral de Dilma, em que foram validades, alterados ou excluídos vínculos trabalhistas desde 1975. Três auditores e técnicos da Previdência, consultados pela Época, informaram que o procedimento foi “incomum” ou “excepcional”. O presidente do INSS, Leonardo Gadelha, afirma que determinou que os fatos sejam averiguados
Deixe seu comentário