A Direita brasileira e o jornalista Luiz Carlos Azenha
O Brasil tem diversas direitas. E é bom que as tenha. Precisamos delas, pois servem como parâmetros de avaliação e comparação com as ações da nossa Esquerda. Temos a Direita Velha, a Velha Direita, a Direita Nova e agora a Nova Direita. Por incrível que pareça a Direita Nova e a Nova Direita permanecem doutrinariamente fiéis ao fundamentalismo previsto no Evangelho da Direita Velha e aos capítulos mais ortodoxos da Velha Direita.
Claro que em relação à Esquerda, temos também prá todo gosto [ou desgosto]. Mas o que nos interessa agora é uma breve apreciação de nossa Direita. Um político conquistense muito admirado, ao me apresentar a um amigo em certa ocasião, disse que eu era um sujeito medianamente bom embora fosse da Direita. Fiquei sem entender, mas não retruquei meu amigo. Eu da Direita? Será? Não sei se sou da Direita, mas para o meu espírito o que a Direita defende não me seduz nenhum pouco. Confesso ficar meio confuso sobre minhas “inclinações” políticas. Como sou meio anarquista (isso é inaceitável para a Direita), considero que a melhor opção é eu mesmo me esquecer como ser político.
Mas a nossa Direita agora achou um prato cheio para o jantar: O filme sobre o presidente Lula. O tal filme, que eu não assistirei, está sendo servido como iguaria principal ao discurso raivoso de nossa Direita. O jornalista Luiz Carlos Azenha, que confessou não haver assistido o filme, ficou perplexo com o ódio dessa Ala Política em relação à película. Eis sua fala: “Eu sabia da existência do ódio de classe no Brasil. Mas nunca imaginei que poderia chegar a esse ponto. Eles não só odeiam o Lula. Eles odeiam qualquer coisa que passe perto do Lula. Não basta dizer que foi tudo sorte, foi tudo por acaso, que os oito anos de Lula foram apenas continuação de FHC, que Lula apenas esquentou a cadeira para José Serra”.
“É preciso matar, salgar e enterrar. Se os pobres brasileiros odiassem os ricos tanto quanto os ricos odeiam os pobres, o Brasil viveria um banho de sangue. Em não sendo assim, ficamos restritos a este espetáculo de manifestações explícitas e implícitas de preconceito de classe”.
“O filme pode até ser ficção grotesca. Mas provocou algo mais grotesco ainda, por ser real e revelador. Essa gente precisa, urgentemente, de um divã”.
É isso mesmo que você leu. Tem uns camaradas por aí que odeiam os pobres. Não conseguem compreender a irracionalidade de se viver em uma Nação injusta. Os caras tem uma mente plutocraticamente voltada para a ganância. Tudo é prá eles, tudo é deles, tudo deve lhes pertencer, nada lhes satisfazem. Querem sempre mais; Inclusive a alma e a mente dos pobres para que não fiquem pensando em suas condições de miseráveis. Triste daquele que tentar fazer alguma coisa pelo pobre no Brasil: É populista, puxa saco e idiota. Pobre tem que morrer, pobre tem que se lascar. É essa a mentalidade de nossa burguesia maluca (tem burgueses por aí que não são malucos, ainda bem…). Azenha chegou a escrever no blog VI O MUNDO que “se o pipoqueiro que estiver em frente ao cinema onde o filme de Lula estiver sendo exibido começar a vender maconha, logo essa Direita, vai anunciar aos quatro cantos que o Sapo Barbudo está estimulando o consumo de drogas”. Não tenho a menor dúvida. Logo aparecerá esse tipo mau caráter para propagar maluquices como esta. Deus há de salvar o Brasil…!
Dona Canô e Lula
O presidente Lula ligou para dona Canô (mãe de Caetano Veloso) e bateu um papo com a matriarca dos Veloso. O Presidente pediu para que ela ficasse tranquila, pois ele, Lula, gosta muito de Caetano. Ela disse que estava aflita com o pronunciamento infeliz do filho (dona Canô tem em sua sala duas fotografias abraçada com o Sapo Barbudo). Rodrigo, irmão de Caetano, disse que conversou com o compositor e este lhe disse que falou sem pensar. Concluindo, disse Rodrigo: “São maluquices de Caetano”. De minha parte digo eu: Todo mundo comete gafes. O Lula há poucos dias confessou a um amigo que em 2006, quando visitou a Inglaterra, ficou hospedado no Palácio de Buckingham, falou prá dona Marisa uma asneira sem tamanho ao sair do banheiro: “E eu aqui fazendo cocô no Palácio da Rainha”. O Sapo foi de uma vulgaridade… Com essa eu me despeço! Adeus mundo maluco…!
Por Paulo Pires –
Deixe seu comentário