“A humanidade evolui e a Igreja Católica insiste em certos preceitos como o celibato; a verdade é que os padres questionam cada vez com mais veemência até que ponto a sexualidade interfere em sua vocação”.
O voto de castidade clerical obrigatório provoca no indivíduo, apesar da fé, solidão, depressão e pode levar ao alcoolismo para fugir dos problemas causados pela abstinência sexual. Por que o homem casado não pode servir a Deus e constituir família, como fazem os protestantes? Este é um questionamento de muitos cristãos católicos que vê nessa condição uma aberração que contraria a natureza. Seguramente, ninguém é o dono da verdade, ficando a critério das facções a interpretação do texto que lhe diz respeito, com o rigor de seu pensamento.
O que dizer sobre as polêmicas com relação à camisinha, o aborto, célula tronco, etc. A Igreja se posiciona contra o aborto alegando a defesa da vida, sendo contra a assistência do Estado às várias mulheres que, por motivos econômicos e outros, desejam interromper uma gravidez indesejada. A liberdade religiosa é uma questão fundamental do ser humano. A cada um, cabe, segundo o seu livre arbítrio, o direito de se manifestar: contra ou a favor desse ou daquele assunto.
O batizado no catolicismo, geralmente, é realizado em pessoas que não têm uso da razão para discernir o que querem, devido à tenra idade. Os pais, na sua maioria, batizam os filhos por questões sociais e não religiosas; pretexto para declarar a fé católica que não praticam.
A questão da mulher sacerdote, no conceito bíblico, ela não pode exercer o sacerdócio. A Igreja católica proíbe a ordenação de mulheres. Antifeminismo?
Há de se comentar também sobre a idolatria uma condenação bíblica e que a Igreja Católica insiste em venerar imagens sob diversos pretextos, além das canonizações feitas sem nenhum respaldo que os justifique do ponto de vista religioso.
Leia: (Deuteronômio 5.8).
Uma crítica dos protestantes é a adoração da Virgem Maria, que não representa a intermediação entre o homem e Deus. Somente Jesus Cristo tem esse poder, é o único mediador e o caminho da salvação. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida: ninguém vai ao Pai, senão por mim”. (João 14.6).
Com relação ao descanso semanal, o descanso sabático, conforme preconiza os Judeus apoiados na orientação bíblica e algumas seitas adventistas, (Deuteronômio 5.12), a Igreja Católica impôs e oficializou o domingo através do Papa Constantino, em 1703, constando da história, por motivos econômicos. Os muçulmanos guardam a sexta-feira, não havendo unanimidade entre as religiões monoteístas, conforme determina o Decálogo. Com relação a esse assunto há divergências de orientação entre o Velho o e o Novo Testamento.
Por que muitos cristãos celebram o Natal em 25 de dezembro, se não foi nessa data que Cristo nasceu? Essa data foi escolhida pela Igreja Católica Romana. Devido ao domínio de Roma sobre o mundo “Cristão” por séculos, a data se tornou tradição por toda a cristandade. Há, portanto, uma divergência quanto ao assunto, segundo os exegetas bíblicos que alegam os diversos calendários.
A pedofilia na Igreja é tema de discussão que envolve membros católicos que a Igreja acobertou sem que houvesse punição, a tempo, dos envolvidos. “O crime que não se castiga aprova-se; a verdade que não se defende oprime-se: não castigar os maus, podendo, é favorecê-los…” (Sebastião de Meneses)
A inquisição é um capítulo triste. “Houve uma perseguição implacável aos judeus e muitos foram seviciados e mortos em nome da intolerância religiosa. As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena”. (wilkipedia).
Católicos, Mulçumanos e Judeus têm em comum um único Deus e em nome dele vivem se matando. Uma guerra homicida de incoerência inefável. Reflexão: Inquisição (católicos), Guerra Santa (muçulmanos), crucificação de Jesus – deicídio – (Judeus), cada um querendo impor os seus conceitos e a sua verdade.
A eleição do Papa, por exemplo, é dotado de um requinte exuberante, um luxo de paramentos e ornamentos pomposos. A liturgia dos membros da Igreja Católica é incompatível com a simplicidade e humildade de Cristo que pregou e praticou a modéstia. Calvino e Lutero se rebelaram por discordarem dos ritos da Igreja Católica impostos pelos papas, se norteando por um rumo reformista aos preceitos enunciados.
A Igreja Católica promove procissões e cultos cujos veneráveis não foram inspirados pelo Espírito Santo, portanto, sem nenhum poder de intermediação ou salvação. Diante de todas essas incongruências e, outras não mencionadas, como as festas patrocinadas, afirma-se que a Igreja Católica está perdendo fieis, o que leva ao crescimento do protestantismo, pondo em dúvida a verdade católica. (I Timóteo 2.5).
O bom senso deve prevalecer. O radicalismo religioso de qualquer seita não pode prevalecer. Há de se enquadrarem quanto aos avanços dos novos tempos, sem imposições ou preceitos de qualquer natureza, se adaptando e/ ou adequando às circunstâncias.
Tudo na vida se transforma e evolui. A única coisa que não pode mudar é o amor por Cristo e o seguimento de seus ensinamentos de vida, como humildade, serenidade, tolerância e compreensão, além do compromisso cristão de obedecer a seus Mandamentos.
Com o avanço tecnológico, as igrejas cristãs, (todas) precisam observar os critérios científicos, sem abalar a fé, um dos pilares cristãos do homem, paradigma do ato consciente do ser humano. O que era factível na antiguidade, no presente pode ter outras conotações. Há, contudo, a necessidade de se atentar para os conceitos religiosos, espirituais, morais e éticos em conformidade com o que a Igreja deve ensinar, observando-se as determinações do Novo Testamento. A fase do “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”, (Êxodo 21.24), está superada com a vinda de Cristo que anunciou Novo Mandamento.
Estamos “… na era da responsabilidade; a dos deveres e dos direitos; vale dizer, terá chegado o momento de começar definitivamente a era da evolução consciente”. (Revista Logosófica).
“Pela primeira vez, um Papa admite o uso do preservativo. Em um livro que será lançado na terça-feira na Alemanha, o Papa Bento XVI considera que o uso do preservativo é aceitável “em certos casos”, “para reduzir os riscos de contaminação” do vírus HIV. A declaração foi entendida como uma flexibilização da postura severa da Igreja a respeito do tema”. Disse o diretor do programa Unaids – uma organização da ONU para combater a propagação do vírus da AIDS.
Declaração do Papa Bento XVI: “Pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo, a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer”.
Essa abertura pode ser o passo inicial para a reformulação e renovação da igreja consoante aos tempos de hoje, contudo, há controvérsia de entendimento sobre o pronunciamento do Sumo Pontífice Bento XVI.
As críticas aos demais cultos tem uma resposta que traduz o sentimento da fé de cada um segundo a sua concepção de religião: no mundo espiritual a igreja católica, evangélica, espírita e outras, têm os mesmos objetivos que é a salvação da alma. A interpretação, o ritual pode ser diferente, mas todas possuem muito mais pontos semelhantes do que diferenças.
A liberdade de escolha da religião pressupõe-se o critério dos costumes e tradições culturais de cada povo, desde que se identifique religiosamente com o dogma apresentado, respeitando-se as demais, inclusive os ateístas, as crenças indígenas conforme a sua intuição cognitiva.
Tudo é uma questão de livre arbítrio e a escolha de cada um deve ser respeitada sem qualquer imposição, pois ninguém é o dono da verdade. A sabedoria popular diz: “Cada povo com seu uso, cada roca com seu fuso”.
Antonio Novais Torres
Brumado em
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