Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo sul da Bahia denunciou a falta de providência das autoridades
A motivação do crime que tirou a vida de dois jovens indígenas, na terça-feira (17), em São João do Monte, entre Itabela e Itamaraju, no extremo sul da Bahia, seria a demarcação de terras na região. De acordo com o Cacique Renato Pataxó, o crime teria sido cometido por pistoleiros contratados por fazendeiros.
Nawir Brito de Jesus, 17 anos, e Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25, eram membros da comunidade indígena de Barra Velha, em Porto Seguro. “O motivo do crime é a questão da autodemarcação do território. O povo Pataxó vem sofrendo diversos ataques e ameaças desde maio do ano passado”, comentou o cacique ao Correio*.
“Nas últimas semanas, as lideranças indígenas, preocupadas e temendo por suas vidas e comunidades, vinham denunciando e comunicando a todas as autoridades, a presença de um grande grupo de pistoleiros na Fazenda Brasília, de um proprietário denominado de ‘Gaúcho’’, revelou a Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo sul da Bahia (Finpat) em nota.
A entidade continuou com a denúncia: “Diariamente, pistoleiros fortemente armados com aparato de guerra, faziam ataques a tiros a uma comunidade indígena, localizada na Fazenda Condessa, usando arma de grosso calibre, deixando a casa totalmente perfurada a balas”.
Ainda segundo a Finpat, as autoridades não tomam providências: “Pouca atenção e providências foram tomadas para conter essas ameaças, muito menos medidas e operações policiais para o desarmamento e prisão de pistoleiros e milícias instaladas nos territórios indígenas”.
Em tempo, a ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sônia Guajajara, foi às redes sociais para cobrar que o crime seja investigado. o governador da Bahia, Jerônimo
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