Com 1.229 alunos com deficiência, a Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Secretaria Municipal de Educação, tem dado especial atenção a essa parcela de alunos. A capacitação dos professores é realizada de forma continuada para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), pois eles convivem com alunos com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), altas habilidades e superdotação. O objetivo do Governo é que eles estejam permanentemente qualificados para ensiná-los de acordo com as particularidades de cada um.
Os alunos com deficiência da Rede Municipal de Ensino frequentam a sala de aula no mesmo turno dos demais alunos e participam de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos, que caracterizam o AEE organizado e planejado para cada tipo de deficiência, no turno oposto ao das aulas regulares. Por isso, foram implementadas as salas multifuncionais, que privilegiam o desenvolvimento dos alunos e a superação dos limites intelectuais, motores e sensoriais.
Nessas salas, os alunos são atendidos individualmente ou em pequenos grupos, separados por deficiência, e realizam atividades que podem permitir diferentes estágios de evolução conceitual e manifestar suas diversas possibilidades de aprendizado. Todos os alunos com deficiência têm apresentado pequenos, médios ou grandes avanços a partir do trabalho realizado nesse espaço.
A história do menino Kaique – Com apenas 9 anos, Kaique Andrade Santos tem paralisia cerebral e a parte esquerda do cérebro – responsável pela coordenação motora – comprometida. Cursando o 3º ano do Ensino Fundamental, na Escola Municipal Pedro Francisco de Moraes, o menino é prova da importância da escola.
Para a professora de AEE, Sueli de Oliveira Gomes, o avanço de Kaique é notório. “A chegada de Kaique à escola foi igual à das outras crianças. Ele veio para nos ensinar a trabalhar de uma forma diferenciada. Todo dia para a gente é um dia de descobertas, Kaique aprende até com o barulho do ventilador. Sempre pesquisamos para saber de que forma podemos fazer com que cada um dos nossos 35 alunos com deficiência avance, tanto na integração com os colegas quanto no desenvolvimento cognitivo”, contou.
A mãe de Kaique, Eliede Souza, comenta a diferença do filho antes e depois da escola. “Antes ele não interagia, só eu entendia. Tinha o corpo muito mole, agora melhorou. Aqui o convívio com as crianças e a interação com os brinquedos já representam avanços. Muitas pessoas acham pouco, mas para uma criança especial é muito. Têm crianças com paralisia cerebral que nem se movem, mas ele já está avançando. Estar dentro da escola é importante para mostrar que ele é como os outros alunos”.
Outra conquista de Kaique foi a produção de um livro de histórias, ilustrado com suas impressões digitais. A obra é motivo de orgulho para dona Eliede. “Quando vi o livro foi muito emocionante. Por mais simples que pareça, foi um trabalho em que ele se envolveu e que o ajudou a desenvolver a parte motora e a psicológica”.
PMVC
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