por Patrick Moraes – 12.07.2018
Quais são os desafios que a nossa juventude vem passando? O que a gente está construindo para o futuro? Esses e outros questionamentos fazem parte das discussões abertas nesta quinta, 12, no campus de Vitória da Conquista. Organizado pelo Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial (Nedet) da Uesb, em parceria técnica com a Logos Consultoria, o Seminário “Perspectivas para a juventude” abre um diálogo multissetorial pensando em ações que possam melhorar a vida desses jovens.
Uma roda de conversa abriu as atividades com a presença de autoridades sobre o assunto e organizadores da iniciativa. O papel da universidade e a inserção do jovem nesse espaço foram defendidos pelo professor Luiz Otávio de Magalhães, reitor da Uesb, em sua fala de abertura. Para ele, o acesso dos jovens ao Ensino Superior público precisa ser ampliado, visto que a universidade é uma das melhores perspectivas em termos de ascensão social e garantia de cidadania.
Painéis temáticos – O primeiro dia do Seminário foi estruturado em painéis, nos quais quatro eixos temáticos serão discutidos com representantes de instituições responsáveis pela área abordada. Além disso, o espaço é também para que jovens exponham suas experiências e posicionamentos a respeito de questões como políticas públicas, trabalho, cultura, lazer e educação.
A proposição das questões abordadas durante o evento foi fruto das discussões levantadas pela Câmara Temática da Juventude do Território do Sudoeste Baiano. Segundo Arley Novais, vice-presidente da Câmara, esse é um espaço no qual será possível discutir e despertar o jovem para a busca de seus direitos. “Tivemos a oportunidade de visitar mais de 80% dos municípios do território. A partir da visualização das necessidades da juventude desses municípios, foi possível sinalizar quais seriam as temáticas importantes a serem debatidas”, explicou Novais.
Mapeamento e inclusão – No segundo dia, será o momento de estabelecer um diagnóstico com dados e reflexões obtidas nos painéis e, assim, poder mapear a rede de proteção dessa juventude. “A ideia é reunir todos que desenvolvem trabalho para juventude e, juntos, fazer um planejamento de ações que possam mudar ou interferir de alguma maneira em nossa realidade”, defendeu a professora Fernanda Viana, membro do Nedet.
Entre as perspectivas pensadas no evento, está a inclusão de jovens com deficiência. É o caso de Jéssica Abreu, estudante do Ensino Fundamental no município de Belo Campo e deficiente auditiva, que sonha em fazer faculdade de Moda. Segundo sua mãe, Creusa Carvalho, os principais desafios enfrentados pela jovem estão relacionados à questão estrutural na educação. “A maior complicação que nós temos em termos de estudo é a capacitação estrutural das escolas. Como chegar à faculdade sem ter uma educação de base em uma escola com estrutura?”, questionou Carvalho.
O Seminário também criou espaços para manifestações culturais e artísticas de jovens da região. Apresentações de música, dança e teatro, por exemplo, serão feitas ao longo da programação, que segue até esta sexta, 13.
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