Não é de agora que o estado de preservação e utilização de imóveis históricos está em pauta. Em entrevista ao Jornal Metropole no Ar desta segunda-feira (13), o presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Ernesto Marques, afirmou que o aproveitamento desses espaços históricos é mais do que necessário. Ele aponta que o edifício Ranulfo Oliveira, que sedia a ABI, é um claro exemplo, pois conta com teatro, auditório, painel de iluminação natural, entre outros espaços. Marques também critica os proprietários que não cuidam dos imóveis históricos da sua responsabilidade.

“Eu não vou citar o nome de ninguém para não ficar parecendo que eu estou depreciando o patrimônio dos outros. Acho que essas edificações, esses proprietários, precisam ser primeiro cobrados, porque é a responsabilidade do proprietário conservar seu imóvel mesmo. Inclusive e principalmente, quando são imóveis que se encontram em uma área de preservação rigorosa, como é o nosso caso aqui. Então, nós somos um proprietário, eu digo isso já que está sem me gabar de ninguém, mas, infelizmente, nós somos a ABI, a Associação Baiana de Imprensa, um ponto fora da curva do Centro Histórico do Salvador, porque luta para preservar o seu imóvel [Edifício Ranulfo Oliveira], e faz isso com muita dignidade.”, declarou o presidente da Associação Baiana de Imprensa.

Além disso, em exemplo do cuidado que os proprietários de imóveis históricos devem ter, Marques diz que a reforma do edifício que sedia a ABI envolveu a substituição da rede de encanamento, que, após mais de 60 anos, estava corroída, gerando vazamentos constantes. Ele ainda revela que foram trocados os quadros de distribuição e os circuitos de proteção, que estavam desatualizados, com mais de 50 anos de uso. Para Marques, a prioridade é garantir a segurança do prédio, que abriga as Secretarias de Comunicação e do Governo, a poucos metros do gabinete do prefeito, destacando a importância da obra para a Prefeitura de Salvador.

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