Em 2 de Julho sem confronto, Neto vai para os braços do povo e Rui evita polêmica

 

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Alice não abandonou o vermelho mas trocou afagos com Neto | Foto: Leitor BN
Nunca na recente história política da Bahia se viu um 2 de Julho tão distensionado às vésperas de uma eleição municipal. O confronto político foi deixado um pouco de lado devido às circunstâncias. Com 90% de aprovação e navegando num quadro eleitoral tranquilo, o prefeito ACM Neto falou sobre a escolha do seu vice, sem deixar de valorizar a atual, Célia Sacramento. Mas o que Neto fez mesmo foi se misturar com o povo e colher em forma de calor humano o sucesso dos seus três anos e meio de trabalho à frente da Prefeitura de Salvador. O clima estava tão ameno que no encontro com a única candidatura posta até agora, a de Alice Portugal (PC do B), foi um momento de sorrisos, abraço e beijos na face. Rui Costa, bem avaliado com 63% de aprovação, fez papel que se espera de um governador e disse que não era hora de falar em eleição, e também não quis polemizar sobre as recentes atrações do Réveillon anunciadas por Neto. Disse que não era de bom tom. A aprovação ótima de Neto e boa de Rui são resultado da briga saudável (para a população) para ver quem trabalha mais pela cidade – e talvez se deva a isso o clima amistoso do desfile. Como a oposição orgânica (PC do B, PT, e PSB) ainda não chegou a um consenso, até a candidatura fantasma de Juca Ferreira (PT) foi lembrada. Na turma dos atingidos pelo impeachment, o ex-tudo Jaques Wagner disse que o processo de julgamento de Dilma atrapalha a escolha da oposição em Salvador. Mas ter o poder nem sempre é doce. Que o diga os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima. Na posição que ocupam no governo federal eram presença certa no desfile. Mas não deram as caras, talvez porque o governo Temer ainda não tenha se firmado da forma como eles esperavam. Um 2 de Julho de novos tempos na Bahia.
por Ricardo Luzbel