Ensaio Filosófico – DA SÉRIE: ENSAIOS QUE NOS LEVAM A PENSAR (NOSSOS RACIOCÍNIOS) Autor: Edimilson Santos Silva Movér

 

(Nossos raciocínios possuem seguramente quatro premissas distintas: eles podem ser: abstratos/simples, abstratos/complexos, concretos/simples e concretos/complexos.

É bom observar logo no princípio deste arrazoado, que aqui não trato do que seja um raciocínio, ou do que seja nossa consciência. No momento, disto cuida a moderna neurologia nas grandes universidades do planeta. No fim deste ensaio farei breve abordagem da visão que a moderna neurologia tem sobre do tema.

Antes de tudo, vejamos a acepção que aqui é dada aos quatro termos que tomo como premissas de um raciocínio qualquer: concreto, abstrato, complexo e simples:

“Abstrato”: que não é concreto; que resulta da abstração, que opera unicamente com idéias, com associações de idéias, não diretamente com a realidade sensível. Não material, não físico…

“Concreto”: ligado à realidade, ao que é palpável, que é físico; ao que pode ser captado pelos sentidos, podendo muitas vezes não representar uma “coisa” ou função material…

“Complexo”: de apreensão muitas vezes difícil pelo intelecto e que geralmente apresenta multiplicidade de aspectos.

“Simples”: que não apresenta qualquer embaraço para sua compreensão, que é elementar.

Estas são as acepções lexicográficas atuais que melhor definem os sentidos aqui aplicados a estes verbetes, dentre as muitas existentes em nossa língua.

 

Conceituar o que são nossos raciocínios, concretos e abstratos, ou o que sejam tais raciocínios; “complexos ou elaborados”, e separá-lo dos raciocínios não elaborados, “simples ou comuns”! Normalmente nos parece à primeira vista algo extremamente difícil! O que na realidade não representa uma verdade axiomática. Pois, é justamente ao produzi-los que os tornamos diferenciados, e devido a isso nos tornamos aptos para diferençá-los. Vamos exemplificar e simplificar; quando dizemos que o céu é azul; conceituamos um raciocínio concreto/simples ou comum, mas, quando dizemos que o azul do céu é conseqüência da refração da luz solar nas moléculas de que é composta a atmosfera terrestre, elaboramos um raciocínio abstrato/complexo e bem diferente do exemplo do raciocínio simples, entretanto, podemos tornar mais elaborado ainda a última proposição complementando-a assim: o azul do céu é conseqüência da refração da luz solar nas moléculas de que é composta a atmosfera terrestre, pois, a luz na faixa visível possui a propriedade de se decompor num leque de cores, indo do infravermelho ao ultravioleta, sendo a cor branca a presença de todas as cores do espectro e a cor negra a ausência das mesmas. Como bem o demonstrou Newton como o seu disco no sXVII, mesmo assim este raciocínio pode ser mais complexo ainda. Se entrarmos no mérito do “por que” do espectro na faixa da cor azul que está próxima do violeta possuir prevalência na cor geral da atmosfera terrestre, aí então daremos uma conotação bem mais complexa ao raciocínio abstrato simples, que então tornar-se-á um raciocínio abstrato complexo. Sendo que os raciocínios complexos podem conter raciocínios concretos e abstratos, já os raciocínios simples são sempre concretos ou abstratos, nunca as duas coisas ao mesmo tempo, isto por conter sempre uma única premissa ou diretiva, os raciocínios simples nunca contém múltiplas, ou mesmo duas premissas ou diretivas.

Outra maneira de processarmos um raciocínio elaborado é detalharmos nossos raciocínios de forma técnica, não importando se o raciocínio refere-se à área dos conceitos fenomênicos físicos ou dos conceitos numênicos, abstratos, que no kantismo é o que é pensado ou raciocinado, e que é o oposto do fenômeno físico “acontecente”. “Sendo aquele, o mesmo (nooúmena) abstrato de Platão, idéia, pensamento, raciocínio etc”. Se os dissecarmos até suas bases ou suas partes mais simples, quaisquer raciocínios podem ser analisados de forma simples ou complexa, isto, conforme sua base de elaboração.  Os raciocínios simples ou comuns estão ao alcance da maioria dos humanos, no entanto, um raciocínio elaborado ou complexo, com premissa normalmente abstrata requer de quem o elabora, ou o interpreta, conhecimentos específicos da área de que trata o raciocínio, e principalmente conhecimentos profundos da língua em que é escrito ou expresso este raciocínio. Ficando explicitado que estes “conhecimentos específicos” são adquiridos através de longos estudos “continuados” a que chamamos de aprendizado. Assim, quem não possuir conhecimentos básicos da área de filosofia dificilmente entenderá filósofos como Kant, Hegel ou Nietzsche e outros, pois suas abordagens filosóficas tratam “sempre”, todos os conceitos de premissa abstrata ou concreta, de forma complexa, mesmo em seus raciocínios mais simples. Sendo necessário interpretá-los dentro do tempo e do espaço e do assunto de que trata tais raciocínios. A maior dificuldade que se nos apresenta para que façamos a “leitura” dos raciocínios da maioria dos grandes filósofos: é o seguinte: As línguas costumam alterar os conceitos das palavras ou verbetes à medida que o tempo passa. Numa mesma língua, muitas vezes, não só as palavras, mas, frases inteiras mudam de sentido em curto espaço de tempo. Assim torna-se de importância capital um profundo conhecimento dos leitores e dos tradutores em cada área do conhecimento humano.  A “coisa” só tende a funcionar bem quando filósofos traduzem filósofos, e cientistas traduzem cientistas, naturalmente que isto ocorre em cada área da ciência. Médicos traduzem melhor assuntos de medicina, e engenheiros traduzem melhor assuntos de engenharia, assim por diante; generalizando: só é possível uma boa leitura e uma boa tradução quando “traduzidos” e “tradutores” são da mesma área da episteme  humana. Mesmo assim, quando não são contemporâneos e os séculos os separam, quase sempre a “coisa” anda por caminhos ínvios. “Via de regra”, nisto está o fundamento da existência das excelentes e das péssimas traduções.

 

O EFEITO DA DINÂMICA E DA SEMÂNTICA DIACRÔNICA NAS PALAVRAS

Devido ao dinamismo e ao diacronismo semântico das línguas, o sentido das palavras naturalmente tende a mudar através dos tempos! Em especial as que encerram conceitos abstratos, um bom exemplo é o substantivo grego “dialektikós”. Que nos deu a palavra “dialética”, esta, possui sentidos distintos, no platonismo, no aristotelismo, no kantismo na sua dialética transcendental, no hegelianismo, e mesmo na gramática da língua portuguesa moderna. A palavra “dialética”, no seu sentido mais amplo e geral, pode diferentemente do que ocorre nos conceitos filosóficos acima enumerados, ser entendida como a arte da perfeita ou da boa argumentação. Por uma questão óbvia, os maiores sucessos literários do mundo moderno são as obras científicas de difícil entendimento para a maioria das pessoas; quando escritas numa linguagem chã, leiga, comum e fluente. O que vem demonstrar a sede de saber existente dentro da grande massa humana destituída de conhecimentos científicos básicos. Para um melhor entendimento do leitor não afeito às nuances da elaboração e da interpretação dos raciocínios complexos vejamos como os mesmos podem ser “lidos” ou entendidos como vários raciocínios simples. Um conceito múltiplo variado e lógico dado a uma frase a que chamamos de complexa, na realidade o que ela contém em si, são vários raciocínios simples e encadeados, pode-se, sem maiores dificuldades fazer sua leitura decompondo-a em vários raciocínios simples, normalmente atribui-se a um raciocínio de fácil entendimento, se “conhecido” seu sentido, como um raciocínio simples, se “desconhecido” como um raciocínio complexo, o que não representa a verdade! A complexidade de um raciocínio advém do encadeamento dos seus vários raciocínios subjacentes e implícitos, normalmente simples, que ao serem entendidos como um só raciocínio, então, torna-se “um raciocínio complexo”. Pois, as partes do “todo” serão sempre componentes simples. No entanto, existe realmente dificuldade na interpretação dos raciocínios abstratos, não importando se simples ou complexos. Os raciocínios concretos por sua vez oferecem maior facilidade de “leitura”. Isto pode ser devido ao fato de que a espécie humana desde os primórdios tenha raciocinado sempre empregando conceitos concretos, e de terem adotado o uso dos conceitos abstratos somente depois da saída do neolítico. Os primeiros humanos a saírem do neolítico e entrarem na idade dos metais, o fizeram entre sete e dez mil anos atrás. Somente depois de o homem tornar-se sedentário é que então, lhes sobrou tempo para iniciar a elaboração de raciocínios absolutamente abstratos. Na atualidade o raciocínio abstrato tornou-se inerente ao homem, independentemente de sua idade em anos, ou seu grau cultural, todos os humanos raciocinam abstratamente. Este aprendizado é feito durante o aprendizado da fala, mesmo antes do uso da fala, todos os infantes do planeta já raciocinam abstratamente. È interessante observar que os raciocínios abstratos prevalecem em número sobre os raciocínios concretos. É crença geral nos altos estudos da aquisição da fala de que a espécie só adquiriu a fala rudimentar, após o domínio do raciocínio concreto, e só adquiriu a fala complexa após o domínio do raciocínio abstrato. Portanto, no princípio do uso da fala os homens mais “grunhiam” que falavam. Mesmo os que viveram no período paleolítico, inferior e superior e até no neolítico. É de se esperar que “concretamente” e “substantivamente”, sua fala, “possivelmente” não era dotada das nuances da fala moderna, como pronomes, verbos de ligação, artigos, interjeições, etc. Salvo raríssimos termos utilizados nas advertências e nos chamamentos, principalmente as palavras que expressassem os raciocínios ou pensamentos abstratos.  Isto se observa até hoje nalgumas línguas dos povos chamados indevidamente de “selvagens”.

AS ACADEMIAS DA ESCRITA E DA LEITURA

A dificuldade de se entender alguns raciocínios, ditos complexos, principalmente os raciocínios abstratos esvazia parcialmente as academias da leitura e completamente as academias da escrita. No Blog do Paulo Nunes, no (ENSAIO SOBRE UM RACIOCÍNIO QUALQUER), que hoje está na minha 2ª página no Blog acima, e não na segunda página do Blog. Ali eu disse que: Na realidade, escrever qualquer coisa, é como levar o cérebro, (espírito ou entendimento), para a academia da escrita, e ler é levar nosso cérebro, (espírito ou entendimento), para a academia da leitura, só que a academia da escrita tem poucos frequentadores, e a academia da leitura anda sempre “quase” lotada, eu disse “quase”, porque na academia da leitura por certo que cabe toda a humanidade. São nestas duas academias que são projetados todos os atos responsáveis pelo desenvolvimento de toda a humanidade. Estes atos a que me refiro, são os novos raciocínios que levam os falantes a novos raciocínios, que por sua vez amplia de forma exponencial o desenvolvimento humano.

Até aqui a abordagem sobre o conceito do que seja um raciocínio abstrato/complexo e concreto/simples é leiga, intuitiva e heurística, vejamos o que nos diz o ramo da ciência chamado de neurologia sobre a origem dos nossos raciocínios. Nas grandes universidades do mundo existem inúmeros e modernos laboratórios dedicados exclusivamente à pesquisa e ao estudo do que seja nossa consciência. Ente responsável por nossos raciocínios, laboratórios estes, dotados da mais alta tecnologia.

O QUE NOS DIZ ATUALMENTE A CIÊNCIA DA NEUROLOGIA…

SOBRE NOSSA CONSCIÊNCIA

 

O número de cientistas que cuidam dos avançados estudos neurológicos da consciência é muito grande, nominá-los seria inútil. Estes cientistas nos dizem taxativamente que: não existe nenhuma explicação lógica e suficientemente satisfatória para a neurologia definir como se processam os mecanismos da consciência em nosso organismo. Sendo que a consciência humana sempre se nos apresenta como um fenômeno unitário, e que todo este fenômeno é constituído de emoções, pensamentos, percepções e principalmente a noção de reconhecimento do “eu” e do “existir”. O fenômeno da consciência se processa sempre de forma “una” e em um determinado momento. Portanto não temos simultaneamente; duas percepções, duas emoções, dois pensamentos. Como todos estes “momentos” e suas percepções só podem ser percebidos pelos nossos sentidos, assim como nós percebemos o tempo, como um fluxo “lamelar”, vemos fluir constantemente tudo em nossa volta, como o retrato da nossa consciência, e não o oposto. Nós não fazemos o retrato do mundo como consciência, nós somos a consciência do retrato do mundo, onde estamos inclusos neste retrato, Movér.    Se você tiver a capacidade de conseguir uma boa concentração no seu “eu” interior, verá que é o universo circundante que interpenetra em nossa consciência, e não nossa consciência que interpenetra no universo, e só assim conseguimos nos sentir abarcando nosso universo circundante e cognoscível! O que nos diz que somos o próprio universo. O problema é que nossa consciência só reconhece nosso “eu” se este “eu” estiver em estreita relação com o universo que nos circunda, universo imediato ou o universo do nosso conhecimento subjetivo e abstrato, não importando o grau de conhecimento do “Ser”. Como se o universo estivesse dentro da nossa consciência.  Assim! Quando percebemos uma das setas do tempo de cada vez, se é a seta do futuro ou do passado, veremos que o nosso presente é conceitualmente estático, e só o percebemos como um presente dinâmico imediato! Isto, unicamente porque sentimos a seta do passado e a seta do futuro fluindo por nosso presente estático, é quando o presente estático se transforma num presente dinâmico. É a soma da velocidade das duas setas do tempo que nos dá a sensação de dinamicidade do presente. Tente compreender esta proposição, considerando um ínfimo de tempo para o presente estático, como as duas setas possuem sentidos opostos, o tempo se dilata no presente, e o sentimos dinâmico. Nós vemos nossa consciência fluir permanente no presente sempre na direção do futuro. Só percebemos a seta de o tempo fluir na direção do passado através de nossa memória, sendo que a seta do tempo na direção do passado só flui na forma pontual, pois nossa memória é pontual, e assim, só a sentimos fluir para o futuro como um fluxo “lamelar”, e isto o percebemos inconscientemente. O verbete “lamelar” aqui utilizado possui o mesmo sentido e conceito do “lamelar” dos fluxos dos líquidos na hidráulica. Assim, só temos consciência de nós mesmos, se tivermos estreita relação com nosso passado através de nossa memória, portanto, todo aquele que perde a memória perde também a consciência de si próprio. Deduzimos assim, que somos: “único e exclusivamente” nossa memória. Um verdadeiro morto/vivo é aquele que sofre de amnésia total, que: por não reconhecer a si próprio, termina não existindo. Eis o que nos diz a moderna neurologia na sua busca do que seja a consciência humana, nas palavras de um dos maiores neurologista da atualidade, Dr. António Damásio, eis o que nos diz Damásio: – “É difícil encontrar um desafio mais instigante para um cientista”. Afinal, o que poderia ser mais fascinante do que conhecer o modo como conhecemos? Eis como o Dr. António Damásio respondeu a esta pergunta de um repórter: “O estudo da consciência humana é um campo da ciência à espera de um novo Newton?” – O problema da consciência é um tema complexo, que tem sido mal abordado. É evidente que é necessário avançar muito mais. Acho que meu livro O Mistério da Consciência traz alguns avanços importantes sobre o assunto, mas não devemos ter a ingenuidade de acreditar que tudo está resolvido. Há imensos problemas à espera de mais investigação e trabalho. Nos próximos dez ou 20 anos, talvez seja possível resolver boa parte deles.

– Ora! Se este é o ponto de vista do Papa da neurologia, é de se estranhar as afirmativas e proposições de outros neurologistas, quando nos dizem; fazendo-nos crer que nossa consciência é o resultado das nossas já conhecidas interconexões neuronais. Atualmente descobriram que as conexões se produzem de cada vez, como grandes pacotes de interconexões, a que chamaram de assembleias neuronais. Ao longo dos séculos e das décadas os cientistas procuraram um local específico no cérebro onde se localizaria a consciência humana, somente para descobrirem assombrados que não havia tal área cerebral específica, e de que ao que parecia a consciência estava espalhada difusamente por todo o cérebro, propondo que a consciência seja ao mesmo tempo: uni-temporal e múlti-espacial, o que quer dizer que o estado consciente se dá a um só tempo, ocupando todo o espaço da nossa massa encefálica. Assim; os neurologistas nos criaram a pergunta: quem determina o local específico destas assembleias neuronais? Com minha infinita burrice e meu infinito desconhecimento, posso dar um “pitaco” ou talvez uma resposta para esta pergunta: Ora meus preclaros cientistas da mente humana! A espécie humana só começou a raciocinar de forma abstrata e complexa, quando deixou de ser colhedor e caçador! E obviamente deixou de ser nômade, sobrando-lhe tempo “ócio” para elaborar raciocínios abstratos e complexos. Isto aproximadamente há oito ou dez mil anos, o que representa um nada na existência do homem. Talvez daqui a 100 (cem) mil anos descubramos o que são realmente os nossos raciocínios e a nossa consciência. No entanto posso adiantar para vocês o tal “pitaco”… As áreas específicas uni-temporais e múlti-espaciais, onde ocorrem estas assembleias neuronais são determinadas por nossos espíritos, aos quais chamo de “Partículas da Consciência Cósmica”, ou energia senciente. Portanto, nossos raciocínios são o resultado da interconexão a “nível quântico” da energia dos nossos espíritos (nossos eus), com o nosso sistema neuronal, única forma do nosso espírito (nosso eu), interagir e tomar conhecimento da sua existência “como Ser”, e do mundo que o cerca, ou seja, do nosso mundo material. Óbvio, só sabemos que existimos através de nossa consciência, e isto só é possível através dos nossos raciocínios. A “coisa” é mais simples do que a nossa vâ filosofia imagina. É o óbvio do óbvio ululante do Nelson… Eu, Movér, esta inútil e desprezível pessoa que vos fala, em minha santíssima “burrice” creio que a vida no planeta possui um sentido e uma história bem diferente do que a nossa ciência imagina. Ora! Já foram encontrados, uma miríade de tipos de “seres” vivendo nas profundezas abissais dos oceanos. E a temperaturas de até 400 graus celcius, recentemente foi descoberto “seres” vivendo dentro das rochas em temperaturas superiores a cem graus celcius, isto a 3.500 (três mil e quinhentos) metros de profundidade numa mina de ouro da África do Sul. Em termos holísticos podemos dizer que “GAIA” é viva. Também podemos dizer que o nosso planeta é um imenso organismo vivo, e de que James Lovelock estava certo. Tudo é vivo no planeta, menos o organismo “político planetário” que desde tempos imemoriais nunca saiu do estado embrionário, vai ser burro assim no inferno. Vão se passar 200 (duzentos) séculos, ou mais, para a insensatez e a burrice abandonar de vez o organismo político planetário. Talvez esta minha momentânea onda de pessimismo sobre o comportamento político/sociológico do homo sapiens sapiens, tenha sua origem na leitura de um livro que ora faço, que o Durval Lemos Menezes me emprestou, já estou nas últimas páginas. De autoria do Henry Thomas, A HISTÓRIA DA RAÇA HUMANA.  O autor retrata a história do desenvolvimento da raça humana através da leitura da biografia de seus pares mais ilustres. Já tinha lido esta obra na minha juventude, quem se dispuser a ler esta obra! Sai da leitura doente! Sai com uma acentuada síndrome de cachorro, pois, descobre que a humanidade é um imenso lixão. Sinto-me um lixo… Um caminhão do lixo carregado de mim… Quanta podridão!!!… Nossos raciocínios nos levam a toda e qualquer parte, até a essência do lixão…

 

Vitória da Conquista, 12 de fevereiro de 2012

Edimilson Santos Silva Movér